Le début.

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Le début, vem do Francês e significa "O início".

"Tem que ser muito bem resolvido para não sucumbir à comparação

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"Tem que ser muito bem resolvido para não sucumbir à comparação."

- Ronaud Pereira.

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O substantivo feminino sujeira é usado principalmente para indicar falta de limpeza, sendo sinônimo de imundície, lixo, lixeira, porcaria, chiqueiro, esterqueira, porqueira e desasseio. Pode indicar ainda qualquer mancha de sujidade. Sujeira indica, também, uma ação desonesta, ou seja, uma patifaria, canalhice, sacanagem, sordidez ou velhacaria, bem como uma expressão obscena, como um palavrão ou impropério.

Por volta das 19h de uma quente terça-feira do dia 06 de novembro de 2010, minha virtude foi-me arrancada de forma chula e forçada. Senti-me usada. Senti-me uma imundície e, principalmente, senti raiva. Era o dia do meu aniversário, eu faria vinte e dois anos e, finalmente, iria sair da casa de minha avó. 

Eu sempre morei com minha avó, Cruella. Minha mãe, Jane, filha da fada madrinha, nunca esteve presente. Jane sucumbiu em direção a dor assim que meu pai faleceu, quando eu ainda era um pequeno feto. Mesmo sem conhecer Carlos, sabia que meu pai deveria ser um ótimo homem, pois uma mãe não deixaria uma criança para trás por alguém que não valesse a pena.

Naquela noite, eu decidi que iria para bem longe de Auradon. Naquela noite, eu matei alguém. O homem desconhecido por mim, vestia suas calças com uma expressão plena e sorridente. Ele cospe no chão ainda com seus olhos sobre meu corpo nu e então nega com a cabeça.

—Você nunca vai ser igual a sua avó, então pare de tentar e faça um favor pra si mesma, dê o fora desse mundo!— O asqueroso homem diz.

O homem inicia sua caminhada de volta para sua casa, mal ele sabia que eu o seguia em silêncio. Assim que ele para em frente uma casa verde com a arquitetura medieval, eu bato no lóbulo frontal de sua cabeça, fazendo-o cair apagado sobre o chão. Sem controle, bato a pedra contra a sua cabeça por diversas vezes, até sentir um par de olhos sobre mim.

Uma criança, por volta de nove anos de idade, me encara pela janela da casa verde e então, sorri. Ignorando a estranha reação psicopata da criança, eu me encaminho para o museu, onde a varinha da avó madrinha se mantinha.

Burlando o sistema de segurança, eu entro no museu e dou início a missão. Até enxergar meu reflexo no espelho antigo da rainha má. Eu estava horrenda. Sentia-me excessivamente feia, minha maquiagem tendia a estar horrível, me sentia monstruosa e o pavor era visto pelos globos oculares. Eu me sentia de luto pela minha virtude e pelo o que dizem, o luto tem cinco estágios. Negação, raiva, negociação, depressão e aceitação... Eu havia adicionado mais um quando matei o homem asqueroso, a vingança, mas... O único estágio que não estava listado e que eu com certeza seguiria, era a mudança.

Ignorando o espelho que me chamava, eu pego o cetro da Malévola, junto do antigo caderno de feitiços da rainha Mal e sigo em frente, para apanhar a varinha da fada madrinha. Sou pega de surpresa quando meu padrinho Jay , surge em minha frente.

— Surgiu-se uma notícia que diz que Cruella II foi vista matando o filho mais velho da falecida princesa Tiana.— Meu padrinho diz e encara os materiais mágicos em minhas mãos.— É verdade... E você está fugindo.

— Então o asqueroso tem família. Maravilha.— Digo. Com a ajuda do manual de feitiços da rainha Mal, eu desligo o sistema de segurança e agarro a varinha com rapidez.— Eu estou indo embora e não quero que você se meta em problemas por não me parar, padrinho.

— Pra onde você vai? Eles vão te procurar na ilha. Sabe disso.— Jay diz, se dando por vencido.

—  Eu não sei, acho que só vou... Viajar sem rumo por enquanto.— Falo sinceramente.

— E a sua mãe? Sabe que Jane vai ficar preocupada.— Ela fala, com a preocupação estampada em sua face.— Ela pode não ter sido a melhor mãe do mundo, mas é difícil pra ela ver o quão parecida você é com seu pai. É Claro de Carlos não gostaria de você ser postada de lado por causa da sua morte, mas você tem que entender que somos sua família, Ella.

— Meu nome é Cruella.— Digo, ignorando seu olhar em meus cabelos idênticos ao de minha avó.— Eu serei uma versão melhor da vovó e serei lembrada pelos meus feitos.

— Já vi que não vai mudar de ideia... Pegue a lâmpada.— Ele diz, me fazendo o agradecer em silêncio.— Pegue a lâmpada e use um único desejo, falando exatamente que "Quero estar em um universo em que não me conheçam, quero esquecer meus problemas e dores e principalmente, quero ser eu. Esse é o eu único pedido." Não diga mais nada ou pode tudo dar errado.

Sorrindo minimante, eu dou um abraço rápido em Jay, o agradecendo e o dando adeus. Entro no cômodo do museu em que a lâmpada se encontra e faço meu pedido, adicionando "Quero que os que aqui me conhecem, esqueçam de minha existência".

Uma névoa azul surge da lâmpada, me cercando com toda a sua glória e então, eu ouço um barulho ensurdecedor ao meu lado. Me vejo deitada em uma cama de casal com edredons marrons de pele e sorrio. Havia dado certo e, enfim, eu seria feliz.



Capítulo não revisado.


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