vinte e três: atração e retração.

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Atenção: esse capítulo contém Jk e física de mãos dadas, um pouco de boiolagem, um +18 de leve e uma reviravolta que pode surpreender. Aproveitem sem moderação e não me matem por estar enooorme!

Boa leitura!

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Poesia de número cinco desde que conheci Jk. (obs: o que são esses sintomas? seria eu me adaptando a ele?)

"Como a teoria de Darwin.
Esse sentimento me consome.
É como uma seleção natural.
Tudo sobre você foi como uma mutação em meu peito.
Me mudou.
Metamorfoseou.
E evoluiu.
Me tornou uma versão melhor.
Evoluída.

Me mostrou que um sentimento hospedeiro.
Incomum.
Pode se tornar parte da gente.
Como se fosse algo rotineiro.
Um mal necessário.
Vital.

Como dizia Darwin.
Só sobrevive o mais forte.
E esse sentimento invasor.
Se tornou mais apto a continuar em mim.
Mais forte que eu.
Mais capaz de destruir.
Eclodir.
Expandir.

Isso me tirou da minha zona.
Como na biologia, meu habitat.
E deu origem a uma versão mais madura de mim.
Como na teoria de Darwin.¹"

Vante.

***

Pelos deuses, Taehyung! Você não está prestando atenção? Estou te dizendo, a viagem no tempo é um paradoxo. Qualquer fagulha fora do lugar, pode aflingir a linha temporal!

A única coisa que mexia em mim eram meus olhos, que piscavam em confusão com o que Jk dizia há mais de uma hora.

Ele parecia querer se descabelar ou até mesmo tacar o livro de física ao seu lado na minha cabeça, na esperança de que assim a matéria entrasse no meu cérebro.

— Mas, o que isso tem ver com o que estamos estudando, afinal?

Eu estava frustrado, deitado com os pés para cima em minha cama, com Jeongguk deitado da mesma forma ao meu lado, com a barriga para baixo.

Era quarta-feira e, como combinado, Jk estava me ajudando com a matéria da prova de sexta.

Não havíamos falado sobre o ocorrido de dois dias atrás, quando, aparentemente, o meio irmão dele nos perseguiu. Ele apenas havia pedido para que matassemos o tempo perto do parque, numa parte escura, para garantir que realmente havíamos despistado o tal Hoseok.

E isso foi feito num silêncio ensurdecedor, com ele olhando pra qualquer lugar que não fosse e eu e eu o olhando fixamente como se não tivesse pra onde me virar. E, então, ele apenas sorriu pra mim como se nada tivesse acontecido e disse:

— Não se preocupe, Taehy, eu vou dar um jeito nisso.

E saiu do carro, me mandando ir para casa, pedindo para que eu mantivesse apenas entre a gente.

Com isso, era mais um segredo que eu guardava.

Não falou mais sobre isso, nem ontem depois do reforço, quando fomos tomar sorvete com Jimin e Baekhyun — que se alfinetavam a cada dois minutos, me fazendo temer ter que ouvir um monólogo de Jimin de como ele odiava Baekhyun também — e nem hoje, quando me esperou depois da aula para vir estudar comigo, até a minha casa.

JK. {kth + jjk}Onde histórias criam vida. Descubra agora