quatro: se a porta está trancada, pule a janela!

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Jk tinha razão; o céu estava deslumbrante naquela noite.

Repleto de estrelas e com uma lua cheia magnífica ardendo em pleno brilho. Isso fazia eu me sentir inspirado, tremenda vontade de escrever me abateu ao vislumbrar o céu pela janela.

Ao meu lado, Jk dirigia demasiadamente rápido, mas com destreza, cantarolando "You spin me round" do Dead or alive, como se estivesse dirigindo por uma região costeira da Califórnia em pleno verão.

— Você é maluco — ele disse, repentinamente, me assustando.

— O que? Por quê? — voltei minha atenção para ele.

— Você largou a gatinha para entrar no carro de um cara que você mal conhece, no meio da noite. Cara, você é piradinho!

Eu ri, dando de ombros. Talvez eu fosse um pouco desbilolado das ideias, mas tampouco me importava. O friozinho na barriga com a chance de, muito provavelmente, estar correndo perigo com Jk, me fazia sentir vivo. Mesmo que eu pudesse morrer com isso.

Adrenalina me fascinava e era isso que eu sentia toda vez que eu via ele. E não planejava parar de sentir isso tão cedo.

— E o que tem de errado nisso?

Jk sorriu de lado, acelerando um pouco mais.

— Você já me viu atirando. Já pensou na possibilidade de eu ainda ter uma arma?

Meu estômago pareceu dar cambalhotas e os pelinhos do meu braço se atiçaram com o jeito que ele falou.

— E você tem uma? — arqueei uma sobrancelha.

Jungkook soltou uma risadinha, esticando o braço para abrir o porta-luvas. Eu acompanhei seu gesto atentamente, como se aquilo me divertisse. Ao abrir, a primeira coisa que eu vi foi uma pistola. De certo, calibre 38, não sei. Isso me fez olhar para Jk.

E, por incrível que pareça, eu não sentia medo.

— Eu deveria me sentir ameaçado?

Jk riu, fechando com tudo o porta-luvas e voltando a mão para o volante.

— O que te fez entrar nesse carro essa noite, Taehyung?

Umideci os lábios, me ajeitando de forma confortável no banco do carona.

— Não sei. Tédio, talvez?

— Tédio? — Jk balançou a cabeça, descrente, com seu sorriso sempre brincando nos lábios — Ah, fala sério! Você estava com uma garota, duvido que estivesse entediado.

— Juliet? — fiz gesto de pouco caso — Não é nada demais, já disse.

— E por que não é nada demais?

— Ela é uma amiga da minha irmã. Já transamos algumas vezes e eu até acho que ela gosta de mim, mas não é nada sério.

Jk me olhou brevemente.

— E você gosta dela?

Apenas dei de ombros. A verdade era que eu não sabia responder a isso. Eu gostava dela ou só gostava de ficar com ela?

Não sei.

Vendo que eu não responderia, Jk voltou a falar:

— Ela parecia bonita. Não faz meu tipo, mas parece fazer o seu.

Eu ri, olhando seu perfil concentrado na estrada.

— E qual é o seu tipo, Jeon Jeongguk?

Dessa vez, quem não me respondeu foi ele. Jk apenas virou o rosto em minha direção, me olhando de cima a baixo. Em seguida, riu.

JK. {kth + jjk}Onde histórias criam vida. Descubra agora