08. O garoto sentado no telhado

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Hoje é sexta-feira e Tsunade aguardava pacientemente por notícias do Jiraiya. Desde que ele partiu em busca de novas informações sobre a família Taiyou a Hokage não conseguiu parar de pensar em como a sua inatividade podia indicar algo desastroso. Ela estava cansada de andar de um lado para o outro, de pesquisar em livros e documentos da biblioteca privada da Torre sobre a aquele sobrenome e nada encontrava. Tsunade começou a cogitar sobre não serem a família que diziam ser, talvez eram espias ou estavam a planear um ataque contra Konoha, porém, o próprio Raikage afirmou que todos os anos que elas lá viveram, nenhum problema foi causado. Talvez ela não se preocuparia tanto se os seus cabelos não fossem ruivos – uma cor incomum no mundo ninja – e se os seus olhos não tivessem uma cor tão peculiar, misturas de verdes e azuis, umas pérolas sem dúvida exóticas e únicas.


— Você envelheceu. – Uma voz masculina a despertou dos seus pensamentos e os seus olhos se dirigiram ao homem de cabelos brancos que a encarava com um sorriso.

— Eu esperei por notícias este tempo todo, Jiraiya. – Tsunade bateu com a mão na secretária, se levantando abruptamente da cadeira. – Onde raios você andou? – Gritou.

— Chame a Ayumi e a Akemi. – Ele respondeu indiferente ao tom eufórico, cruzando os braços.

— Como assim?

— Chame a Ayumi e a Akemi Taiyou, certifique-se que mais ninguém se encontra perto delas. Temos de ser discretos.

— Jiraiya, o que você descobriu? – Tsunade fechou o punho, começando a ficar realmente desconfortável com a situação. Será que ela abrigou inimigos durante três semanas na sua vila? O pensamento a corroía de dentro para fora. – Me fala Jiraiya! Eu tenho de saber com o que irei lidar.

— Relaxe, é melhor você descobrir na altura que eu contar. Elas não são inimigas. Você não poderá contar a ninguém, são informações restritas que só dirão respeito a quem estiver presente nessa sala. Pode chamar o Kakashi que chegou agora da missão, o Yamato e a Shizune se assim preferir. Os conselheiros é melhor ficarem longe desse assunto.


Tsunade suspirou, negando com a cabeça.


— Como queira.


Em minutos, um dos ninjas em serviço, chegou ao hospital e chamou Ayumi que estava na sala de descanso e o outro bateu na janela do quarto da Akemi que se encontrava deitada a ler o segundo livro recomendado por Shikamaru pela terceira vez. As duas mulheres caminharam para a Torre, perguntando-se qual seria o assunto para ninjas da ANBU terem sido colocados ao barulho.

Akemi e Ayumi se entreolham ao chegarem à entrada da torre, mostrando uma confusão clara nos traços faciais.


— Você sabe o que é? – Akemi murmurou, subindo as escadas.

— Nem sei. Bom que seja algo grave. Estava a ler o meu Ich-

— Dispenso detalhes desse livro, mãe. – A garota resmungou, recebendo um sorriso da mãe.

Assim que entraram na torre, cruzaram os olhares com Kakashi.

— Kakashi-san! Por aqui também? – Ayumi sorriu, se aproximando do homem alto. – Você está ferido. – Ela murmurou, tentando tocar no seu rosto no qual Kakashi agarrou o seu pulso suavemente, se arrepiando pela temperatura quente da mulher.

— Não se preocupe. Sakura já me curou. – Kakashi sorriu por baixo da máscara e Ayumi sorriu de volta.


I WANNA BE YOURS // shikamaruOnde histórias criam vida. Descubra agora