17. Um génio realmente

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— Akemi, filha.

— Sim mãe? – Akemi murmurou preguiçosamente sem tirar os olhos do livro.

— Eu preciso de você.

— Diga.

— Olhe para mim.

— Tô olhando.

— Para o livro. – Ayumi resmungou.


A filha bufou e baixou o livro, virando a cabeça em direção da mãe que descansava contra a porta.


— Então, - Ayumi se sentou na cama da filha com um sorriso nos lábios – eu preciso que você dance comigo.

— O quê? – Akemi arqueou a sobrancelha. – Dançar?

— O Hospital decidiu fazer uma atividade para os funcionários que consiste em dançar até não aguentar mais.

— Isso não é meio perigoso? O Hospital a querer que os seus empregados sofram de lesões. – Akemi murmurou sem conseguir evitar dar uma risada.

— Aceita? Se disser sim é para ir ao limite.

— E porque tenho de ser eu? O Kakashi não se importaria.

— Porque a equipa tem de ser formada pelo funcionário e um dos familiares.

— E vocês ganham algo pelo menos?

— Claro.

— O quê?

— Um cartão-presente para a livraria.


Os olhos da Akemi se arregalaram e Ayumi sorriu. Touché.


— Livraria?

— E vinte bebidas grátis em qualquer bar de Konoha.

— Claro que é para bebida. – Akemi resmungou. – Conte comigo mãe.

— Ótimo, é amanhã. Não faça nada que prejudique os seus pés. Amanhã lavaremos o chão com o sangue dos nossos oponentes! – Ayumi gritou entusiasmada, saindo do quarto da filha com as mãos no ar.

— Exagerada. – A ruiva sorriu e voltou a ler o seu livro.


Ela não esperava que a sua mãe levasse aquele evento tão a peito até no dia seguinte se deparar com a ruiva mais velha com um traje desportivo a fazer alongamentos no meio da sala.


— Mãe?

— Ninguém vai ficar com aquelas bebidas. – Ayumi murmurou enquanto fazia a espargata. – Ninguém.

— Tá... - Akemi bocejou, abrindo o frigorifico. – Não há leite, vou comprar leite. – A ruiva se arrastou para a entrada, prendendo o seu cabelo bagunçado.

— Vai assim?

— No máximo a senhora Chika fala novamente sobre as minhas pernas. Ninguém que é saudável tá acordado às seis da manhã.

— Você tá. – Ayumi sorriu.

— Você me acordou. – Akemi resmungou e pegou na bolsa da mãe que estava perto dos sapatos, retirando umas moedas. – Vou indo, não se lesione.

— Nunca.


As loucuras de Ayumi alegravam Akemi por mais que ela se mostrasse irritada ou chateada. Ela não conseguiria imaginar uma vida com uma mãe diferente e muito menos conseguia pensar em outra pessoa que fosse capaz de a salvar quando o seu pai morreu. Ayumi era o ponto cego de Akemi apesar de ela nunca vir admitir isso em voz alta.

I WANNA BE YOURS // shikamaruOnde histórias criam vida. Descubra agora