I WANNA BE YOURS // shikamaru

33. Lírios roxos e brancos

Shikamaru deixou a casa das Taiyou assim que Ayumi voltou do trabalho. Quando Akemi adormeceu abraçada ao garoto ele caiu em si: aquilo tinha chegado a níveis que não era suposto chegar. Ele não sabia como lidar com o que estava acontecendo. Cada vez que se lembrava do rosto da ruiva sereno, a dormir em cima do seu peito, algo parecia se mover dentro dele.

Ayumi concordou com a ideia de Shikamaru do garoto abandonar a casa e voltar para a sua. Neste momento, era perigoso para qualquer pessoa estar perto da Akemi sem ser ela. Se realmente era Yuna, isso significava que algo de mal iria acontecer brevemente.

A mãe estava sentada na cama, observando a filha a dormir enquanto segurava a carta, reticente. O que ela poderia querer da pequena Akemi?

(...)

Ino fazia o inventario. Já eram seis da tarde, hora de encerrar a loja. A loira estava cansada e só queria voltar para casa, jantar com o seu pai e se despedir dele, já que que o mesmo ia para missão no dia seguinte. Pronta para sair de trás do balcão, mais um cliente adentrou a loja.

Os olhos da Yamanaka inspecionaram a garota alta de cabelos roxos, pele alva e olhos pretos. A sua aparência era tão incomum como a da sua amiga, Akemi.

— Estamos fechados. – Ino informou.

— Me perdoe. Procurava umas flores que só se vendem aqui. – A mulher sorriu amavelmente. – Partirei daqui a uns dias e queria deixar flores para alguém antes de ir embora.

Ino se sentiu um pouco culpa e suspirou, cedendo ao seu lado mais emocional. Como é que ela diria não a uma garota que provavelmente estava a comprar flores para deixar no cemitério?

— Tudo bem, quais são as flores que você procura?

— São lírios roxos com as pontas das pétalas brancas.

Ela arqueou a sobrancelha. Realmente aquela flor era rara e cara. Raramente eram expostas por ninguém as querer comprar, havia quem dissesse que aquela flor era sinal de agoiro. Por esse motivo, nunca deram permissão a Yamanaka para ter essas flores na sua casa, mas era uma das espécies mais bonitas que ela já tinha visto em todos os anos de floricultura.

— Eu adoro essa flor. Irei arranjar para você. Quer quantas?

— Só duas. Obrigada... - A mulher deu um sorriso e arqueou as sobrancelhas, esperando ouvir o nome vindo da loira.

— Ino. Ino Yamanaka. – A loira sorriu. – Me espere aqui.

A garota de cabelos roxos assentiu e observou Ino a entrar provavelmente em algo parecido com uma dispensa, desaparecendo do seu raio de visão. Enquanto apreciava as outras flores, mais uma pessoa adentrou a loja. Um garoto de olhos amendoados, com cabelos pretos amarrados e com o uniforme ninja no corpo. Ela não sabia quem era.

O garoto chamou pelo nome da Ino assim que entrou na loja, olhando para todos os lados até finalmente bater com os olhos naquela menina que ele não fazia a mínima ideia quem era.

— Você viu a Ino?

— Ela tá ali dentro. – A garota se limitou a indicar com o dedo, voltando a examinar as plantas com o intuito de ignorar o olhar do rapaz sobre si. – Há algum problema, por acaso?