24. Amaldiçoada

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Taiyou se amaldiçoou todas as noites que sonhava sobre o que aconteceu no caminho de volta de Suna. O seu toque, os olhos, o cabelo, os seus lábios harmoniosos e rosados próximos da boca dela, a sua respiração e o seu perfume; tudo isto estava a levar Akemi à loucura. Era a terceira noite consecutiva que sonhava com ele. O seu coração batia de forma ridícula e o seu peito estava húmido de suor, tal como as suas pernas e a palma das mãos. Toda aquela situação parecia absurda e problemática para a ruiva.


— Então você anda a sonhar com o Shikamaru. – Ino olhava o teto, parando de lixar as suas unhas. – E você acorda transpirada. – Depois desta frase abriu um sorriso malicioso, fazendo contacto direito com os olhos da amiga. – Você quer transar com ele.

— O quê? – O embaraço da Akemi se tornou alvo de riso para Sakura e Ino. – Estou falando sério, Ino. Eu não sei o que fazer.

— Amiga, mas já pensou que pode ser realmente verdade? Você anda a reprimir o que sente há meses, falo por experiência própria. – Sakura interveio.

— Sim, a testa tem razão. Eu não entendo como vocês ainda não se beijaram com tantas oportunidades. – A loira suspirou, cruzando os braços. – Estiveram juntos há dois dias atrás graças a mim e quase se beijaram. Vocês dois são muito azarados.

— Eu não tenho coragem de dar o primeiro passo primeiro, Ino. – Ela resmungou. – Ele me chamou de amiga, a-m-i-g-a. – Akemi soletrou, gesticulando. – Como é suposto haver coragem depois disso? Se ele não fizer nada, eu também não faço.

— É, nisso você tem razão. – Sakura cedeu, descansando a sua cabeça no ombro da Yamanaka.

— Ele é tão burro, por Kami.

— Ele não é burro por gostar de mim como amiga, Ino.

— Vocês são dois burros. Amigos não se olham da forma como vocês se olham e muito menos quase se beijam duas vezes consecutivas. – Ripostou, observando a vista da janela da Akemi. – Hoje você e ele vão se beijar ou eu não me chamo Ino Yamanaka.

— Bem que pode ir procurando outro nome. Com o azar que a nossa ruiva tem, nem daqui a dois anos. – Sakura murmurou divertida e acabou sendo alvejada por Akemi que lhe jogou um dos seus travesseiros e Ino apenas se ria, ajudando a Taiyou.


(...)


— Foi a Ino que obrigou você não foi? – A mulher ruiva sorria orgulhosa com a aparência da sua filha que calçava desajeitadamente os seus tênis que harmonizavam com os seus shorts pretos e com o seu top decotado azul-marinho, contrastando com os seus fios ruivos ondulados. – Se divirta, coisa linda. Não se esqueça que hoje tenho plantão a partir das três da manhã – Ayumi gritou dando uma risada com as palavras que Akemi resmungava em tom baixo.


Ela não queria ir. O receio daquilo que Ino era capaz de fazer, estava a começar a tomar conta da sua mente já que ela decidiu não abrir a sua boca e pronunciar-se sobre o assunto o resto da tarde. Passando pela casa de Shikamaru, Akemi não pôde deixar de tentar perceber se Nara estava no seu quarto e pelas luzes apagadas indicava que não.


— Finalmente. Feliz por hoje você não estar vestida como estivesse pronta para correr a maratona. – Yamanaka deu um sorriso, abraçando a amiga. – Você está linda.

— Por favor, tenha misericórdia de mim Ino. – Akemi choramingou, pegando nas suas mãos. – Onde está a Sakura? – Ela arqueou a sobrancelha, buscando-a em cada canto.

I WANNA BE YOURS // shikamaruOnde histórias criam vida. Descubra agora