30. (In)saniedade

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Gente, esse ficou BEM GRANDE :( Perdoem a minha incapacidade de cortar capítulos. De qualquer jeito, desfrutem! 


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— É adorável ter vocês aqui em casa. – Yoshino sorriu, lavando a louça com Ayumi que não deixava de retribuir o sorriso alegre.

— É legal ver as nossas crianças se dando bem, não acha Yoshino? – Ayumi murmurou feliz, apreciando os dois jovens que estavam no pátio traseiro a jogar shõgi, com a supervisão de Shikaku.

— É mesmo. Acho que a Akemi fez muito bem ao meu garoto, sabe? – A mãe deu uma risada nasal, atraindo a atenção da Taiyou.

— Como assim?

— Talvez tenha sido coincidência, mas desde o momento que ela chegou, ele ficou uma pessoa melhor. Quando nos encontrámos na lagoa eles também ficaram juntos naquela árvore a ler e ele já não reclama quando obrigamos os dois a irem para sua casa. – Yoshino preferiu omitir a presença de Akemi no quarto do filho, ontem à noite. Talvez seria bobo da parte dela, mas ela tinha esperanças de que os dois ficassem juntos.

— Agora que você diz isso... - Ela franziu o cenho, pensando. Akemi também parecia estar ainda mais feliz, hoje não fez aquela cara emburrada como era de costume ao saber do convite em cima da hora. – Akemi sempre se deu bem com os garotos em geral, ainda bem que o seu não fugiu à regra. – Yoshino riu-se. – É verdade, como vai a namorada do Shikamaru?

— Oh isso... - Yoshino suspirou. – Já não estão juntos há alguns meses.

— Poderei saber o motivo? – O seu lado cusco falou mais alto.

— A Temari era uma pessoa adorável, bastante dedicada, uma personalidade forte e gostava de ter controlo sobre as coisas. – Yoshino tentou suavizar a realidade com as suas palavras. – Até que um dia a sua personalidade começou a ser realmente demasiado forte, sufocando o meu garoto. Shikamaru também consegue ser um burro quando quer e por vezes não facilitava as coisas. Uma relação que era bastante bonita passou a ser tóxica e os dois decidiram terminar.

— Oh, entendo perfeitamente. – Ayumi deu um sorriso fraco. – Aconteceu algo parecido com a minha filha.

— De verdade? A Akemi é uma garota muito especial. – A mãe da ruiva deu uma risada, concordando com a cabeça. – O que aconteceu?

— Bem, há detalhes que ela não gosta que eu conte, então respeitarei a sua privacidade. Ela namorou uma garota em Kumo durante um ano e ela deixou-se ir pelas falas mansas e pelos gestos supostamente carinhosos – Ayumi ressaltou as palavras com ironia – até que chegou a um ponto que eu tive de intervir e terminar a relação por ela quando ela me contou o que se passava entre as duas.

— Por Kami, lamento em ouvir isso Ayumi-chan. – Yoshino murmurou chocada com os olhos arregalados. – Mas ela agora está bem, certo?

— Eu acho que ela ainda tem marcas daquele tempo, mas está melhor sim. Foi um dos motivos que nos levou a sair de Kumo. Foi onde nascemos, mas é lá que está a maioria das nossas dores.


A figura masculina parou na entrada para a casa, escutando a última parte do diálogo. Ele não tinha o hábito de ouvir conversas alheias, mas naquele caso ele não soube resistir, Akemi era sua amiga e agora que ele pensava, ele não sabia nada sobre o seu passado, ao contrário dela que foi das pessoas que mais o ajudou na sua relação. Nara queria saber mais, queria que as mulheres continuassem aquela conversa, mas para sua infelicidade, as duas começaram a tagarelar sobre o evento de Shõgi que iria decorrer daqui a uma semana.

I WANNA BE YOURS // shikamaruOnde histórias criam vida. Descubra agora