Quando Harry acorda algumas horas depois, seu celular ainda nem despertou. Ele teve um sono inquieto e pesadelos com seu tios sendo levados pelo furacão em diferentes cenários.Ele caminha até a janela e espia a rua, seus vizinhos estão todos do lado de fora, alguns com os carros cheios e outros ainda de pijamas.
A boa notícia é que existem muitos carros para levar Harry para longe do furacão.
— Vamos lá, Harry, você tem idosos para ajudar — murmura para si mesmo afastando-se da janela e procurando alguma roupa para vestir ao invés dos pijamas.
Menos de cinco minutos ele aparece na calçada devidamente vestido e com uma banana nas mãos, ele sorri para sua vizinha da casa em frente a sua e atravessa a rua.
— Kendra! — Diz Harry sorrindo — bom dia, precisa de ajuda com alguma coisa?
— Harry, querido, o que está fazendo aqui? Achei que sua família já tinha ido embora.
— Eles foram — diz Harry dando uma grande mordida na banana, ele não quer explicar a situação, mas não há como fugir, Kendra pode ser bem insistente quando quer — eu fiquei, falando nisso, você pode me dar uma carona? — Pergunta ele mudando de assunto rapidamente.
— Oh, querido, sinto muito — diz ele, como se soubesse exatamente o que aconteceu — você pode ir conosco sim, mas preciso ver se terá lugar, Percival quer levar muitas coisas.
— Certo, obrigado.
E então Harry passa a manhã inteira ajudando os dois, ele carrega caixas e mais caixas pela casa e depois até o carro, quando e relógio marca meio-dia, Harry sabe que não caberá.
Os dois estão levando um monte de coisas inúteis, mas o carro é deles e Harry não pode julgar o valor sentimental que as coisas têm para as pessoas.
Ele se despede e deixa o quintal deles minutos depois de perceber que ele não cabe e os idosos não estão interessados em deixar alguma coisa para dar lugar a Harry.
— Você vai encontrar uma carona! — Exclama Kendra, mas Harry nem ao menos olha para trás, apenas continua andando para a casa ao lado.
Harry sorri para os vizinhos e oferece ajuda. Todos querem ajuda, mas ninguém quer ajudá-lo. Isso é ruim, péssimo, ele está fodido.
Os ônibus não estão funcionando e Harry não tem dinheiro para alugar um carro. Merda, o que ele vai fazer se ninguém deixar de ser egoísta e largar alguma coisa para trás?
Aquele é um bairro agradável, Harry tem certeza de que seus vizinhos conseguiriam repor tudo de mais importante em suas casas . E, além disso, o furacão não passará naquela área com muita força, as casas sobreviverão.
Harry se pergunta o que irá acontecer com os trailers e as pessoas dos lugares que estão fadadas a destruição.
Ele suspira e caminha até a casa ao lado da sua.
— Precisam de ajuda? — Pergunta ele sorrindo fraco.
Aqueles vizinhos são novos, Harry não os conhece. O moço nega com a cabeça e entra no carro.
— Estamos bem obrigado.
Harry passa as mão pelos cabelos e vai na última casa que ainda não disse não e os donos ainda estão ali.
— Posso ajudar em alguma coisa?
— Pode sim, obrigado — diz o homem enquanto enfia coisas de bebê no porta-malas — as pessoas ficam tão generosas nessa época, obrigado mesmo.
—Sem problemas — responde Harry, mas ele quer mesmo é perguntar se a carona vai acontecer ou não.
— Me ajuda a colocar essas cadeirinhas no carro.
Harry caminha até a entrada da casa e pega duas cadeirinhas antes de se aproximar do carro, ele entrega-as ao seu vizinho.
— Obrigado — diz ele ajeitando uma terceira cadeira — você não vai embora?
— Vou, mas não tenho carona e os ônibus não estão funcionando — explica Harry casualmente.
— Droga, você não vai caber no meu carro — diz o moço e ele parece realmente mal, Harry nem ao menos sabe seu nome — eu tenho que colocar as crianças nas cadeirinhas, eu sinto muito.
— Sem problemas — diz Harry e ele sente um amargo na boca, ele tem isso desde cedo, mesmo que tenha problema sim. — Posso pegar carona com outra pessoa.
Os dois olham ao redor, para a rua deserta e casas vazias.
— Um grupo de resgate estará na cidade de Hogwarts amanhã de manhã, você deveria ir até lá, posso te dar carona antes de irmos.
— Obrigado, mas acho que vou sozinho, alguém ainda pode me dar carona e se eu chegasse lá hoje, não teria onde dormir.
— Tem certeza?
— Tenho.
Ele não tem.
Harry então se afasta e vai embora, entra em sua casa e tenta não entrar em desespero. Ok, ninguém pode dar uma carona, mas não está tudo perdido. Harry vai até a cidade vizinha e será resgatado, não é muito longe, dá para ir a pé.
A porta a frente fica destrancada e Harry sobe as escadas com os ombros um pouco caídos. Ele não troca de roupa por mais confortável, apenas senta-se perto da janela e espera.
Ele não sabe exatamente o que está esperando, mas não consegue se afastar da janela, Harry observa seu vizinho colocar as filhas no carro, depois a mãe das meninas entra e por fim ele, olhando para a casa de Harry por um segundo antes de entrar no carro e ir embora.
A noite avança e Harry continua ali, pensando em tudo que aconteceu nas últimas horas e em como sua vida é uma merda.
Eventualmente ele adormece, apenas para um cochilo rápido antes de acordar e perceber que deve ser muito tarde. Seu está sem bateria e ele não tem relógio, mas Harry chuta que deve ser muito cedo, se ele correr, vai conseguir chegar em Hogwarts.
Ele pega objetos aleatórios e enfia em sua mochila, Harry deveria ter feito isso antes. Por fim ele pega um boné e veste de qualquer jeito.
Droga, droga, droga.
Harry desce as escadas tão rápido que quase cai, ele entra na cozinha e procura algo para comer, mas é claro que não há nada.
— Vamos pegar a farinha.
Ele derruba a farinha.
— Ah, mas que inferno — murmura ele pegando o salgadinho nojento de Dudley e enfiando na mochila.
Do lado de fora o tempo está fechado e Harry não acredita que realmente tem um furacão vindo. Ele quer trancar a porta, mas não sabe onde as chaves estão, não há tempo para ficar procurando.
Harry bate a porta da frente, ajeita seu boné e óculos e começa a correr.
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(♡ω♡ ) ~♪
( Essa história não é de minha autoria, é uma adaptação, dou todos os créditos para a obra original de evolvelarry. )
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*DUDLEY = DUDA
* KENDRA E PERCIVAL DUMBLEDOREATÉ A PRÓXIMA...
BEIJOS DE LUZ...
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me, you, the bunker and the storm
FanfictionHarry Potter está fugindo de um furacão. A cidade foi evacuada e ele deixado para trás. Sua única chance é - literalmente - correr até a cidade vizinha. O plano dá errado e tudo estaria acabado para Harry se não fosse pelo garoto desconhecido que o...