me, you, the bunker and the storm

Capítulo 16: Harry

Quando Harry acorda, ele não tem a mínima ideia do que fazer. Em algum momento ele terá que encarar Draco, mas tudo que ele quer fazer é ir embora do bunker e nunca mais ver Olhos Azuis.

Ele fica deitado por uns bons minutos depois de acordar, ouvindo Draco fazer alguma coisa na cozinha. O estômago de Harry ronca e ele se amaldiçoa por ser um humano idiota.

De qualquer forma, ele não pode ficar deitado ali para sempre, Harry precisa ir ao banheiro e comer alguma coisa. Ele salta do alto do beliche e seus pés tocam algo macio. Merda. O colchão.

Por que Draco tem que ser tão gentil? Harry tem certeza que aquele colchão não estava ali, Draco havia levantando-o e colocado contra uma parede quando acordou depois da noite em que eles ficaram bêbados.

Harry arrasta seus pés silenciosamente em direção ao banheiro, ele não vê Draco, mas consegue ouvi-lo cantar uma música triste quando passa perto da cozinha. Sua voz é tão doce e Harry quer tanto odiá-lo.

O reflexo de Harry o encara com pena. Ele tem dois roxos, um no maxilar e outro no pescoço, seu cabelo enrolado está começando a ficar comprido e ele parece pálido demais. Harry suspira e desvia o olhar.

Ele deixa o banheiro e caminha em direção a cozinha, Draco ainda está lá e Harry sente-se um intruso, mas ele não pode esperar que caia comida do céu, ele não está nos Jogos Vorazes. Harry abre o armário e torce o nariz para os mantimentos, ele não aguenta mais comer aquelas coisas.

Draco está sentando na cadeira em frente aos monitores e Harry tenta ao máximo fingir que ele não está ali.

— Harry, eu preciso conversar com você — começa Draco levantando-se da cadeira e Harry congela.

— Já ouvi suas desculpas ontem, não precisa falar de novo — corta Harry agarrando com força uma embalagem de carne seca e uma garrafa de água pela metade.

— Preciso sim — diz Draco se aproximando — eu gosto de você Harry, não quero quelle pense que eu me arrependi.

Tarde demais.

— Eu sei — diz Draco e Harry quer dar um tapa em si mesmo por sempre dizer o que pensa em voz alta quando deveria guardar para si.

Ele ergue o olhar e observa Draco, seus olhos azuis acinzentados estão envoltos de olheiras e um pouco inchados, parece que ele não dormiu nada. Draco também parece um pouco triste.

E Harry sabe que ambos estão sendo idiotas.

Meu Merlin, Harry precisa fazer alguma coisa, ele realmente pensou que conseguiria fugir daquilo? Ele coloca sua comida em cima na mesa e avança em direção a Draco.

— Eu vou te contar sobre os meus tios — diz ele puxando Draco para perto — sobre como me abandonaram porque "não cabia no carro", mas eu sei que é porque eu sou gay.

É a segunda vez que Harry diz aquilo para alguém e a maneira como Draco olha para ele com pena deixa tudo pior.

— Haz, eu sinto muito — diz Draco — você não precisa me contar isso se não se sentir preparado.

— Mas eu preciso — diz Harry segurando Draco pela cintura e colocando o rosto em seu pescoço — você também cheira bem — diz sem ergue o olhar.

— Merci — murmura Draco com a voz esganiçada e Harry sorri contra o pescoço dele antes de encara-lo.

— Preciso conversar com alguém sobre isso, e mesmo que não estivéssemos sozinhos aqui, ainda escolheria você — confessa Harry olhando bem fundo nos olhos de Draco, naquele azul, eles tem uma sombra prateada única e Harry deseja poder fotografar aquilo.

— Tudo bien — sussurra Draco.

— Agora eu vou beijar você, muito. Depois vou contar o que houve entre eu e meus tios e então nós vamos transar, de acordo?

Draco engole em seco e assente. — Sim.

Harry sorri e Draco retribui. E então eles se beijam.

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( Essa história não é de minha autoria, é uma adaptação, dou todos os créditos para a obra original de evolvelarry. )

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Tradução:

Quelle = que
Merci = obrigado
Bien = bem

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BEIJOS DE LUZ...