— Draco, você tem certeza quelle quer fazer isso? — Pergunta seu pai pela milésima vez, as mãos ao redor de seu rosto, segurando-o ali e forçando Draco a olhar em seus olhos.Ele sorri e tenta passar tranquilidade quando diz:
— Sim, eu tenho.
Seu pai não parece convencido, ele olha para o carro da família e suspira. Draco coloca suas mãos sobre as dele.
— Algo me diz que precisarão da minha ajuda, você cresceu no bunker assim como eu, sabe que é seguro — argumenta Draco, eles já tiveram aquela discussão pelo menos trinta vezes desde que o furacão foi anunciado.
— Me promete que se for uma pessoa suspeita não deixará entrar? Você sabe como as pessoas podem ser maldosas. — diz sua mãe preocupada.
— Não acho quelle alguém tão pervers vive nessa ilha — diz ele numa tentativa de aliviar a tensão.
Não alivia.
— Maman, apenas idosos vão passar aqui, fique tranquila.
Narcisa estreita os olhos quando Draco diz "maman", ambos sabem que ele está querendo ganhá-la, por fim, ela cede.
— Seu avô ficará tão orgulhoso — diz seu pai abraçando Draco.
— Eu amo você, nós vemos em alguns dias — diz sua mãe também o abraçando apertado.
Sua mãe hesita ao entrar no carro e o irmão de Draco revira os olhos, sua irmã sorri ao abanar a mão, ela só tem dez anos, ainda não entendeu as proporções daquela catástrofe. Draco acena com o mesmo entusiasmo.
Ele observa o carro da família seguir em direção a rodovia, cada vez menor, até ele só enxergar carros aleatórios.
— Draco! — Grita alguém, chamando sua atenção, ele desvia o olhar da rodovia e caminha até o carro verde musgo parado em sua frente.
— Oi — cumprimenta ele sorri casualmente para o carro lotado de estudantes.
— Você vai mesmo ficar no abrigo? — Pergunta uma garota de pele bronzeada e olhos escuros sentada no banco da frente.
— Já disse que o nom é bunker — diz Draco para sua melhor amiga.
— Se quiser vir conosco eu tiro alguém — diz ela sorrindo e Draco nega enquanto tenta esconder o sorriso.
— Será que Draco tem um namorado secreto e vai aproveitar que ficarão sozinho para...
— Mon Dieu, cale a boca, Blaise — diz Draco para o motorista do carro — não tem ninguém e eu provavelmente ficarei sozinho.
— Boa sorte, Dray — diz a garota.
— Bon voyage — responde ele.
🌪️
Faltam poucas horas para o furacão chegar e Draco conferiu tudo no bunker umas cinquenta vezes. Vai dar tudo certo, ele continua repetindo a si mesmo.
Draco está tão cheio de adrenalina e ansiedade que dificilmente conseguirá dormir, o que é bom, considerando que passará a noite vigiando a rua.
As horas se arrastam, ele troca mensagens enquanto a bateria de seu celular dura, ele ouve música e assiste Netflix também.
Quando o sol começa a nascer fraco por trás de nuvens pesadas, Draco acredita que ficará sozinho, e agora é tarde demais para ir embora, não que ele queira realmente, mas ficar sozinho pode tornar as coisas mais sufocantes e entediantes.
E é então que ele ouve.
Passos pesados na rua, alguém correndo.
Draco levanta dos degraus do bunker que estava sentado e olha para a rua, há um garoto correndo em sua direção, ele parece determinado em sua corrida, como se estivesse muito atrasado. E provavelmente está.
— Hey! — Grita Draco vendo ele se aproximar — você precisa de ajuda? — Continua ele, mas o garoto não escuta, talvez por ainda estar há duas casas de Draco, talvez por estar concentrado demais.
— Você deveria entrar! — Grita ele novamente, apontando para o bunker.
O garoto finalmente para e o encara, confuso, surpreso em vê-lo.
— Entrar! Você deveria entrar! — Repete Draco.
O garoto sorri para Draco, parece automático, arruma o boné e de repente Draco é muito sortudo.
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ლ(◕ω◕ლ)
( Essa história não é de minha autoria, é uma adaptação, dou todos os créditos para a obra original de evolvelarry. )
ლ(◕ω◕ლ)
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Tradução:
Quelle = que
Pervers = perverso
Maman = mãe
Nom = nome
Mon Dieu = meu Deus
Bom voyage = boa viagem🌺.................................................................🌺
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me, you, the bunker and the storm
FanficHarry Potter está fugindo de um furacão. A cidade foi evacuada e ele deixado para trás. Sua única chance é - literalmente - correr até a cidade vizinha. O plano dá errado e tudo estaria acabado para Harry se não fosse pelo garoto desconhecido que o...