Capítulo 11: Mochila

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Harry está entediado, muito entediado. É o seu quarto dia ali e ele estaria surtando se estivesse sozinho, ao menos ele pode observar Draco estudar.

Os dois entraram em uma espécie de rotina; acordam (cada um na sua cama, o que deixa Harry um pouco decepcionado), tomaram café da manhã e tentam falar com alguém via rádio, depois eles almoçam, fazem um inventário sobre os suprimentos (porque não há nada para se fazer ali) e Draco vai estudar, então eles jantam e dormem. Harry não sabe se aguentará mais alguns dias disso.

Ao menos eles não voltaram a flertar um com o outro, para a alegria e tristeza de Harry, que precisa saber se foi sério ou não.

Nesse momento ele está deitado em sua cama, a beliche de cima do lado direito, com os pés descalços apoiados no travesseiro e olhando Draco escrever sem parar em um caderno verde.

A mesa está uma bagunça. Draco sempre arruma depois de acabar os estudos, mas ele sempre volta a fazer um caos ali em cima.

O cabelo loiro platinado está caído sobre seus óculos, como se Draco não pudesse ficar mais perfeito aos olhos de Harry. Então ele fica horas observando o garoto estudar, e Draco nem ao menos percebe, porque ele é uma dessas pessoas super focadas no que estão fazendo.

Harry suspira, alto e como se estivessem sentindo dor, de barriga para cima encara o teto por longos minutos até se lembrar de sua mochila. Ele se levanta em um pulo e salta para fora da cama (ele ficou bom em sair sem cair), pegando sua mochila jogada na cama de baixo e subindo de volta.

A primeira coisa que ele encontrou é seu boné, o qual ele enfiará dentro da bolsa logo que entrou no bunker, Harry coloca-o na cabeça, com a aba voltada para trás e rezando para que disfarce seu cabelo ensebado.

A segunda coisa é um pacote de salgadinhos cheetos, Meu Merlin, Harry odeia aquela merda, Dudley insistiu em comprar e quando Harry foi procurar alguma coisa para levar consigo, só achou aquela droga e farinha no armário. Ele teria levado a farinha se não tivesse caído no chão antes de ele enfiar na mochila.

Depois ele encontra suas roupas, duas camisas, um short e uma calça de moletom furada na bunda, sem problemas, a calça jeans que está usando é muito confortável. Há também um par de meias e duas cuecas. Harry também encontra sua bombinha, o que o faz soltar um suspiro aliviado, tem sido anos desde a última vez em que precisara, mas ele nunca deixou de carregar uma consigo. Seu celular e carregador também estão ali, sendo inúteis para combinarem com o dono.

Os dois últimos objetos fazem Harry querer se jogar de cabeça daquela beliche. O primeiro deles é a porra de um livro de cálculos, e ok, talvez ele tenha mentido sobre fazer faculdade de contabilidade. Harry diz isso para irritar seu tio, o qual acha o curso inútil, ele é engenheiro e acredita que todos são obrigados a saber o mínimo de matemática e se Harry quer trabalhar com números ele deveria seguir seus passos.

Harry é bom em todas as matérias, não um destaque, ele apenas mantém suas notas altas o suficiente para que seus tios não impliquem com ele ainda mais. E o lado ruim disso é que ele não sabe o que fazer, porque nada chama a sua atenção, mas ele definitivamente não irá cursar nada com engenharia no nome.

O que ele vai fazer com aquela droga de livro? A lição para a próxima aula já está pronta e Harry não perderá tempo fazendo de novo só porque está entediado.

O último objeto é a porra de um vidro de lubrificante pela metade. No momento em que Harry tira-o da bolsa e percebe o que é, enfia rapidamente de volta a mochila, olhando para Draco e certificando-se que seu futuro namorado não tenha visto, ele pode entender errado ou sei lá.

Harry não quer correr o risco de envergonhar-se ainda mais. Como se fosse possível.

Ele guarda suas coisas de volta na mochila e pega o pacote de salgadinhos.

— Hey, Draco — diz ele saltando para fora da cama e jogando sua mochila em qualquer lugar embaixo da beliche — quer comer esse salgadinho horrível e jogar alguma coisa.

Draco não ergue o olhar, mas ele sorri quando diz: — claro.

No dia anterior Harry havia vasculhado todos os armários do bunker, de modo que ele sabe exatamente onde estão os jogos de tabuleiro.

Ele abre o armário em frente a sua cama e começa a ler o nome dos jogos disponíveis ali, o único que ele conhece é banco imobiliário, mas Harry não aguenta mais jogar aquilo.

— Vamos jogar monopoly — diz Draco próximo ao seu ouvido, fazendo Harry dar um pulo de susto — perdon — diz Draco ainda muito próximo e segurando uma risadinha.

A boca de Harry fica seca e ele não responde nada, apenas maneia com a cabeça e puxa a caixa do jogo cuidadosamente, para que não derrube a pilha de caixas.

— Perdon não dar muita attention a você — pede Draco enquanto guarda suas canetas e post-it dentro de seu estojo — eu sei como pode ser um porre fica aqui sem nada pra fazer.

Harry sorri para Draco, com seu coração aquecido e acelerado, é legal ter alguém que se importe com ele e Harry ainda não se acostumou com isso.

— Está tudo bem, de verdade, não se preocupe com isso — diz Harry empurrando o óculos para cima — eu deveria ter trazido algo útil.

— Tem certeza que não há nada na sua mochila que seja útil? — Pergunta Draco com aqueles olhos azuis tempestuosos que parecem ler cada um dos pensamentos de Harry.

Ele pensa no lubrificante.

— Não, não há nada, apenas esse salgadinho do meu primo.

— Bien, vamos jogar então _ diz Draco carregando suas coisas para o outro cômodo, provavelmente para a mesa da cozinha, quando ele volta, uma garrafa brilha em suas mãos — você não tem idade para beber, mas quem liga?

Harry aperta a caixa de papelão até os nós de seus dedos ficarem brancos e torce para não ficar bêbado.

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₍₍ ◝( ゚∀ ゚ )◟ ⁾⁾

( Essa história não é de minha autoria, é uma adaptação, dou todos os créditos para a obra original de evolvelarry .)

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Tradução:

Pardon = desculpe
Attention = atenção
Bien = bom

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DESCULPEM PELA DEMORA PARA ATUALIZAR ESTAVA COM MUITAS COISAS PARA FAZER, MAS PROMETO NÃO DEMORAR MUITO PARA POSTAR.

BEIJOS DE LUZ...

me, you, the bunker and the stormOnde histórias criam vida. Descubra agora