me, you, the bunker and the storm

Capítulo 5: Furacão Katia

Demorou para eles conseguirem sinal via rádio. Era um aparelho velho, Regency TR-1, segundo Draco, foi o primeiro dos rádios transistorizado, a ser comercializado, a partir dele, foi desenvolvido os circuitos integrados. Harry não entendeu nada e já estava aceitando o fato de que não conseguiria avisar sua família que estava bem. Mas um chiado, ainda mais alto do que estavam ouvindo até então, tomou conta do lugar e uma voz feminina foi ouvida.

— Tem alguém aí? Como podemos ajuda-lo?

Draco olhou para Harry e sorriu largo, levando o pequeno microfone quadrado e preto aos lábios.

— Oi, meu nom é Draco Malfoy, sou da ville de Slytherin, Condado de Durham — diz ele apertando um botão e o soltando logo em seguida, olhando para Harry, o qual assente incentivando-o a continuar — estou em um bunker, caso algo de errado, podem vir nos ajudar a sair? Depois que o furacão passar?

A resposta parece demorar uma eternidade para chegar.

— O lugar é seguro? O furacão Katia... escala cinco... momento não podemos... resgata-los... poderemos ajudar depois... está sozinho?

A mensagem chega toda cortada, mas é o suficiente para Draco ficar apreensivo.

— Sim, é seguro, estou com... — ele faz uma pausa e olha para Harry, soltando rapidamente o botão. — Qual seu sobrenome?

— Potter.

— Legal — e apertando o botão ele diz: — estou com Harry Potter, poderiam avisar nossas familles que estamos bien?

Sem esperar por uma resposta, Draco diz o  nome de seus pais, em seguida Harry fala o nome de seus tios, mesmo que eles tenham ido sem ele, devem estar preocupados, e com certeza vão estar no jardim da frente dos Malfoy quando os dois saírem dali, esperando por Harry. Depois Draco informa seu endereço, a moça deseja que eles fiquem bem, pelo menos é o que Harry supõe, o sinal cai antes dela terminar de falar.

— Harry, onde estão seus pays?

O silêncio que segue é brutal. Harry sente os olhos azuis fixo nele, mas finge analisar cada mínimo detalhe dos monitores e equipamentos que há ali. No total são quinze telas, apenas sete acesas, com informações que Harry não entende.

Encolhendo os ombros ele se afasta em direção a uma das cadeiras da cozinha. — meus pais morreram em um acidente de carro quando eu era apenas um bebê, desde então moro com meus tios. E honestamente, não sei onde meus tios estão, disseram algo sobre irem para Diagon Alley e ficar na casa da irmã do meu tio. — Eles não disseram isso a ele, foi uma conversa as escondidas que Harry ouvira, porque para ele, não falaram nada.

— Odeio Diagon Alley.

— Eu também — concorda Harry sorrindo para a referência, esquecendo de sua família por um breve momento.

— E por que não foi com elles? Não faz sentido você ter ficado aqui sozinho.

Muitas coisas não fazem sentido. Como um garoto lindo esperando por alguém antes de se trancar a dois metros abaixo da terra, como um furacão chegar cinquenta anos do previsto, como as palavras "aceitamos você" soaram estranhas e sem significado, mesmo que na hora não fosse indentificavel.

Harry considera se deve ou não contar tudo que aconteceu desde que saiu do armário, o anúncio do furacão chegando e todas as merdas em decorrência a declaração de Harry. Suspirando ele encara suas mãos, antes de voltar a falar.

— Será que podemos falar sobre isso depois? — Draco olha triste para Harry e ele se arrepende de ter falado aquilo, por que simplesmente não mentiu?

— Sinto muito, me perdon se toquei em um assunto delicado. — Diz ele encarando Harry do outro lado com grande e pesarosos olhos azuis feito tempestade.

— Tudo bem, quero conversar sobre isso, mas não... agora.

— Bien, sabe onde me encontrar — responde Draco sorrindo de lado, tentando brincar, mas seus olhos ainda sentem por Harry, como se soubesse toda a história. — Passei a noite toda em claro, vou dormir agora, você vem?

Harry pensa em como passou a madrugada sentado perto de sua janela, olhando ao longe e pensando se conseguiria ver o furacão se sua casa seria destruída e se sua família estaria bem. Quando finalmente conseguiu cochilar, acordou duas horas depois, assustado e atrasado, pegou sua mochila, enfiou um monte de coisas aleatórias e saiu correndo, percorrendo casas e pensando como acabou daquele jeito.

— Claro. — Responde ele seguindo Draco e tentando passar a sensação de estar tudo bem.

Puxando sua mochila da cama de cima, Harry decide que não vai ficar em baixo, vai que a outa cama cai em cima dele? Não há escadinha para subir, então ele apoia os pés no colchão de baixo e impulsiona os braços para cima.

— Mudou de ideia?

— Pois é, acho que as chances de cair são menores que bater a cabeça.

— Bien, sendo assim... — Draco puxa o colchão embaixo de Harry e coloca no chão - para o caso de você cair durante a noite.

Eles se encaram por um momento, Draco com os pés no colchão, e Harry sentado na cama, com as perna esticadas. Depois da piscadela e da frase suspeita sobre ficar em cima, Harry considerou que talvez Draco estivesse algum interesse nele, mas logo descartou a ideia. Mesmo que ele tenha ficado atraído rapidamente, Draco nunca olharia para alguém como Harry se não houvesse apenas os dois na cidade e presos em um bunker.

Mas ele olhou, e continua olhando.

— Boa noite, Draco — murmura Harry antes que desça daquela cama e agarre Draco. Forças do Universo, ele nem ao menos sabe se Olhos Azuis gosta de garotos, ele pode ser apenas extrovertido e engraçado.

É bom que pare de pensar em suas mãos tocando cada parte da pele de Draco antes que enlouqueça. Eles podem passar semanas ali, e é vergonhoso apenas considerar se tocar pensando em Draco com o mesmo a menos de dois metros de distância.

— Bonne nuit, Harry.

Normalmente Harry ficaria horas pensando sobre tudo que aconteceu e procurando pistas, mas ele está tão cansado fisicamente de correr e psicologicamente de pensar em seus tios, que dorme antes mesmo de Draco apagar as luzes, e acorda assustado quando ouve um estrondo alto.

Katia chegou.

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( Essa história não é de minha autoria, é uma adaptação, dou todos os créditos para a original de evolvelarry. )

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Tradução:

Ville = cidade
Familles = família
Bien = bem
Pays = pais
Nom = nome
Elles = eles
Pardom = desculpe
Bien = bom
Bonne nuit = boa noite

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POR FAVOR VOTEM SE ESTIVEREM GOSTANDO DA HISTÓRIA, NÃO SEJAM LEITORES FANTASMAS...

Beijos ...