Ele só consegue ir até a entrada da cafeteria antes de perceber que não consegue correr mais.— Droga — murmura para si mesmo apoiando as mãos nos joelhos.
Sua respiração está pesada e o tempo nublado, os sons da cafeteria estão abafadas e Harry fica parado por um minuto, ouvindo os barulhos provocados pelos ventos e decidindo o que fazer.
Harry então caminha, amarra seus cadarços e passa a mão pelo cabelo antes de respirar bem fundo e começar a andar. Eventualmente ele chegará em casa, com sorte antes de Draco.
Ele definitivamente não quer encontrar com Olhos Azuis. O plano é trancar a casa e se esconder embaixo da cama.
Quanto tempo levará até alguém ligar para a emissora e dizer onde Harry mora?
Porra, ele ainda não está preparado para encarar Draco. Os acontecimentos se embaralham em sua mente, Draco está apaixonado por ele, certo, mas e quanto aquele garoto? Quando Draco percebeu que gostava de Harry?
Meu Merlin, essas perguntas realmente importam?
Harry suspira e coloca um pé na frente do outro, ele para por um segundo, perguntando-se se pode dar-se o luxo de sentar por alguns minutos. Ele sabe que não.
— O pé direito na frente do esquerdo, o esquerdo na frente do direito e depois repita, lentamente, até chegar lá — murmura para si mesmo até as palavras perderem o sentido e isso é tudo que ele consegue pensar.
🌪️
A rua está deserta, as luzes apagadas e Harry pode jurar que ele e o garoto sentado nas escadas em frente a porta da frente, são as únicas pessoas do Universo.
Ele gira o boné de Harry nas mãos olha para baixo, tão concentrado pensando, que só repara que não é a última pessoa do Universo quando Harry para na calçada em frente a ele.
— Puta merda — sussurra Harry, ele não chegou a tempo.
Draco ergue a cabeça e seus olhos encontram os de Harry. Ele sorri, parece tão aliviado que Harry consegue ver a tensão sair de seus ombros.
— Você esqueceu seu boné — diz sem jeito, erguendo o objeto em direção a Harry.
— Você poderia... pode ficar com ele — responde Harry dando um passo em direção a Draco — ainda estou com seu relógio.
— O relógio é seu — responde ele gentilmente.
Harry olha seu pulso e mexe no relógio, ajeitando-o em seu braço.
— Quem contou onde eu moro? — Questiona Harry, tentando afastar as perguntas importantes até saber o que fazer.
— Sua vizinha, Sra. McGonagall — diz Draco colocando o boné de Harry.
Fica bem em Draco, como se sempre tivesse pertencido a ele, e, se o coração de Harry já estava afetado, agora ele está pronto para sair de dentro dele. E, droga, ele precisa parar de pensar nisso.
As palavras de Draco finalmente começa a fazer sentido, Harry ri e nega com a cabeça, é óbvio que foi sua vizinha. Ela deve ter entendido o que aconteceu entre ele e Draco mais rápido do que Harry fugiu da cafeteria.
— Harry, eu sinto muito — começa Draco se levantando e descendo as escadas — quando percebi quelle você non estava mais lá, tentei te alcançar, mas era tarde demais — ele faz uma pausa, suspira e dá outro daquele sorriso aliviado — non te achei e fiquei desesperado.
Draco espera por uma resposta, mas Harry nem ao menos levanta o olhar, cutuca o chão com a ponta de seu all-star e pensa se aquilo é verdade, torcendo para Draco não escutar os sons de coração.
— Eu nunca menti para você — continua Draco — e eu sinto muito quelle meu ex achou quelle seria legal dar um show e aparecer na télévision. Nós terminamos muito antes do furacão chegar e... — ele respira fundo — eu estou apaixonado por você.
Silêncio, silêncio e mais um pouco dele.
O que supostamente Harry deve fazer com tudo isso que Draco lhe disse?
— Reconhecer quelle foi tudo um mal-entendido e vir comigo até minha casa? — Sugere Draco e Harry se dá um tapa mental.
Ele vai começar a andar com uma fita na boca, é isto.
— Ir até a sua casa? — Pergunta Harry franzindo o cenho, não era isso que ele esperava.
— Minha famille quer conhecer você — diz Draco sorrindo todo fofo e gentil, lentamente se aproximando de Harry.
— Ah, eu acho que... hum, melhor não? — Diz Harry desconfortável.
Quando os dois saíram do bunker, Harry estava preparado para conhecer a família de Draco, mas agora ele é um poço de incertezas.
Ok, ele reconhece que não pode perdoar Draco tão rápido, tem a questão da dignidade e não ser otário (dois tópicos que Harry desconfia estar em extrema crise).
Meu Merlin, Draco Malfoy, está ali, na frente dele, dizendo ter sentimentos por ele, que foi tudo um mal-entendido e convidando-o para conhecer sua família, não há como Harry não o perdoar.
O quão idiota Harry será se beijar Draco agora?
— Eu não quero complicar as coisas — começa ele, reunindo tudo que pode para manter seu olhos nos de Draco, sua voz sai baixa e hesitante, desconfiada — parece bem simples: você não mentiu, seu ex é um idiota e as coisas entre nós podem voltar ao que eram.
— Non quero quelle as coisas voltem a ser como eram antes — interrompe Draco tão próximo de Harry que poderia tocá-lo se quisesse — eu quero mais — sussurra ele. Harry sorri e Draco puxa-o para perto.
Quando Draco se inclina para beijá-lo, tudo que Harry faz é passar os braços ao redor do pescoço dele, pensando que sim, as coisas não precisam ser sempre complicadas.
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(✪㉨✪)
( Essa história não é de minha autoria, é uma adaptação, dou todos os créditos para a obra original de evolvelarry. )
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Tradução:
Quelle = que
Non = não
Télévision = televisão
Famille = famíliaBeijos de luz..:)
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me, you, the bunker and the storm
FanfictionHarry Potter está fugindo de um furacão. A cidade foi evacuada e ele deixado para trás. Sua única chance é - literalmente - correr até a cidade vizinha. O plano dá errado e tudo estaria acabado para Harry se não fosse pelo garoto desconhecido que o...