Capítulo 12: Shots

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Harry fica bêbado.

O que particularmente é uma vergonha, uma vez que estava decidido a não implorar para passar vergonha. Em sua defesa, é tudo culpa de Draco.

Olhos Azuis inventou um jogo de shots, no qual sempre que alguém comprasse uma propriedade, o outro tomava uma dose de tequila, e quem parasse na propriedade alheia, também deveria beber.

Eles deram uma volta no tabuleiro e Harry já perdeu as contas de quantas copos virou, mesmo que ele tenha uma tolerância considerável a álcool, ele já está começando a falar asneiras.

— Você acredita que eu trouxe a porra de um livro de cálculo? Pra que eu vou usar essa merda? — Diz Harry jogando os dados, a soma dos números dá três e ele olha decepcionado para a propriedade de Draco que irá parar.

Draco está com o queixo apoiado na mão, bochechas coradas e cabelo bagunçado, apesar de ter bebido menos, ele está pior que Harry. E é tão lindo como seus olhos estão pastosos e sonolentos, Harry está com vontade de segura-lo como uma criança para protegê-lo desse mundo horrível.

— Você acredita nisso? — Continua Harry depois de virar mais um shot.

Draco enche o copo de novo. -Acho que não.

— Você não mexeu na minha mochila, não né? — Pergunta Harry em pânico.

— Isso seria invasion de privacidade, estou dizendo que o livro não pode ser assim tão horrble — diz ele se levantando — vou pegar mais água, não roube meu dinheiro.

— Eu jamais faria isso — diz Harry erguendo os braços na altura do rosto, tentando parecer inocente.

No momento em que Draco vira para o outro cômodo, Harry pega algumas de suas notas, Draco está tão rico que nem vai perceber.

Ele volta com dois copos, e fica encarando Harry com feições emburradas até ele tomar o conteúdo do copo vazio em cima da mesa.

— Eu menti sobre a contabilidade — diz Harry observando os dados de Draco somarem onze. — Não faço ideia do que vou estudar — confessa ele baixinho.

— Entendo — responde Draco movendo seu peão — eventualmente você vai se encontrar, é na université local que você vai étudier?

Harry assente antes de pegar os dados.

— Nasci e provavelmente morrerei nessa cidade — diz ele.

— Eu estudo lá — murmura Draco e Harry sorri.

— Então eu vou te ver todos os dias? — Diz Harry flertando, e, bem, pelo menos ele tentou não fazer nada idiota.

— Depende do seu bloco, não, mas nós podemos nós ver sempre quelle você quiser.

Draco joga os dados, Harry nem olha os números, ocupado demais sonhando com a universidade e seu namorado veterano, ele só percebe que o garoto está muito próximo quando sente a respiração dele, Harry ergue o olhar e ali está os olhos azuis iguais a uma tempestade próximos do que jamais estiveram.

— Meu peão, ele... — começa Draco explicando sua proximidade, mas Harry está distraído demais olhando para os lábios dele para entender alguma coisa.

— Draco, eu acho que você deveria me beijar — murmura Harry, ainda encarando a boca dele, totalmente fora de si.

Draco inclina-se para frente antes de afastar-se e voltar a sentar, como se por um segundo tivesse realmente considerado beija-lo, ele fica em silêncio antes de beber a tequila.

— Parei na sua propriété — diz ele e Harry malícia porque, bem, ele está bêbado.

— Certo.

me, you, the bunker and the stormOnde histórias criam vida. Descubra agora