Encontro Marcado

239 25 2
                                    

Steve acordou e Nat ainda estava dormindo. Ao longo da noite eles haviam se separado e quando o homem acordou, Natasha estava ao seu lado, completamente encolhida na cama. Ele achava engraçado o modo em que ela estava coberta, apenas com o rosto para fora. Foi arrancado de sua admiração quando ouviu a campainha tocar. Desceu rápido as escadas para não ser tocada uma segunda vez e correr o risco de Nat acordar.

Steve abriu a porta e era o café da manhã que havia chegado. Ele deu uma gorjeta ao entregador e arrumou todo café em cima da mesa de jantar. Ele havia encomendado um café simples, mas se arrependeu quando lembrou da fome que Natasha tinha ao acordar.

Após 20 minutos de mesa arrumada, Steve escutou o barulho da escada e logo apareceu uma loira com rosto amassado, cabelo bagunçado e mau humor matinal.

- Bom dia Nat.

- Hmm. – Resmungou como resposta. Steve caminhou até ela e a envolveu num abraço de bom dia. A mulher apoiou a cabeça no peito do homem e quase pegou no sono novamente.

- Não dorme, vamos tomar café da manhã e eu vou te levar pra conhecer a cidade. – ele sabia que tinha que conversar com ela, mas aquele definitivamente não era o momento.

Ele a levou para mesa e sentou-se ao seu lado. Tomaram café em um silêncio agradável enquanto Natasha ainda despertava. Quando terminaram, ela o olhou e disse:

- Steve... sobre ontem...

- A gente pode conversar sobre isso depois. Não precisa ser agora.

- Você realmente quer conversar sobre isso? Porque olha, definitivamente foi MUITO bom e se a gente conversar eu vou querer de novo e daí eu vou te provocar até você finalmente me dar o que eu quero. Foi muito bom e tudo mais, mas sei que você não quer repetir. Sei que também fez para me agradar e isso é muito fofo da sua parte, mas é melhor não acontecer de novo.

- Você não ficou chateada? Sabe... por eu não ter feito ontem?

- Sim e não. Eu queria, mas entendo seus motivos. Olha Steve, eu não vou mentir pra você, seu que você sente algo por mim e eu também sinto por você. Eu só não sei o quanto do que eu sinto é real e o quanto é pelos hormônios.

- E é por isso que até agora não investi em você, e nem vou tentar. Vou ser sincero também Nat, não te conheço, não conheço a Natasha Romanoff, conheço a Nat grávida. Não sei se o que eu sinto por você agora é a mesma coisa que sentirei quando você não estiver mais com todos esses hormônios, precisando tanto de mim.

- É, eu sou diferente. – disse Nat um pouco triste.

- Ei, eu não falei que não gosto de você ok? Eu falei que não te conheço sem toda essa história de gravidez. Quando o bebê estiver fora da sua barriga finalmente iremos nos conhecer de verdade, você vai me mostrar quem realmente é e sabe de uma coisa? Eu sei que eu vou gostar de você e se eu falar que não, vou estar mentindo pra mim mesmo.

- é que você não está sobre efeito de nada. Você não está drogado né? – o homem viu falando que não. – Então! Eu gosto de você Steve, desse jeito. Eu te conheço e gosto e você não pode dizer o mesmo de mim.

- Você conhece o Steve cuidando da Nat grávida. E quando eu não precisar mais te mimar 24h você ainda vai gostar de mim? A gente não se conhece sem ter uma gravidez girando em torno de nós Nat, então quando o bebê nascer e puder ficar com um dos idiotas que chamamos de amigos, nós vamos sair e nos conhecer de verdade, e no tempo que estivermos juntos, vamos conhecer quem é a Nat mãe e o Steve pai, porque não voltaremos a ser como éramos antes. Não dá!

- Então temos um encontro marcado pra daqui à uns 6 meses?

- Temos, e eu tenho bastante tempo pra preparar tudo.

- Me impressione.

__

- Steve essa casa consegue ser mais linda ainda de dia.

- Foi a única coisa grande que eu comprei porque quis. Todas as outras foram com opiniões, não por opção minha. Essa foi, comprei sem ninguém saber, eu escolhi ela sozinho e me dei o luxo de comprar uma grande. Eu ainda não entendia por que queria tanto uma casa grande, já que sempre gostei das pequenas, mas agora consigo ver claramente nossos amigos aqui, passando o natal juntos, nosso filho correndo por esse quintal cheio de neve.

- Eu queria poder ver isso.

- Mas vai.

- Vou?

- Claro Nat, por que não iria?

- Não seria, sei lá, uma viagem de pai e filho? Ou só você e sua família? Se a gente não der certo e seguirmos nosso caminho separados, esses momentos que você pensa com o bebê ou as viagens tipo essa, eu não vou estar presente.

- Pirou Nat? Mas é claro que vai! A gente vai construir a memória do nosso filho juntos. Vou te trazer todos os anos pra cá até mesmo se você ou eu seguirmos juntos com outras pessoas. As memórias do nosso filho têm que ser conosco juntos, a família dele.

- Steve às vezes eu acho que você não existe e é só algo que minha cabeça criou. – disse Nat indo em direção oposta a casa. Steve sorriu e a seguiu, era hora de conhecer Mammoth.

Foto da casa do steve

- Steve eu não quero ir embora.

- Precisamos ir, vamos perder o voo se não sairmos logo.

- A gente nem conheceu a parte leste da montanha.

- Prometo que te trago de volta aqui ok?

- Promete mesmo?

- Prometo. Vou te trazer quando estiver nevando, nunca vi algo mais lindo. Mas agora precisamos ir.

- Ok. – disse pegando a mão esticada de Steve, mas ainda triste.

- Eu sinto exatamente a mesma coisa quando tenho que ir embora. Nós vamos voltar em breve, prometo. – disse beijando a cabeça da loira e fechando a porta do carro.

Os dois estavam tristes por irem embora, mas Steve programou para saírem bem cedo de casa justamente para dar tempo de fazer várias paradas para apreciarem a estrada, que por sinal era linda.

The Best MistakeOnde histórias criam vida. Descubra agora