O Presente

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Sara, mãe de Steve, se encantou por Natasha e pela notícia da gravidez apesar de não aprovar o método irresponsável do qual aquele bebê foi concebido. Mesmo assim a notícia de um novo membro na família alegrou muito a senhora, que já assumiu a responsabilidade de costurar o enxoval.

Apesar do dinheiro herdado pela parte da empresa do falecido marido, Sara vivia uma vida simples em uma casa aconchegante num bairro residencial em Boston. É a casa onde Steve cresceu e ela não quis se desfazer, quando o marido morreu, logo depois do luto planejou a mudança de volta para o aconchego de sua vizinhança onde tinha muitos amigos.

Já Dodger, o motivo da repentina viagem, ficou muito animado ao encontrar o dono, logo derrubando-o no chão. Se deu muito bem com Natasha também, que ficou encantada com a beleza do animal e ao mesmo tempo chorosa pela história dele. Dodger foi adotado por Steve quando estava doente no canil, ele quem pagou o tratamento do animal e ainda deu uma boa quantia ao abrigo em respeito ao trabalho, o qual continuava a ajudar mensalmente como tantos outros.

Por conta da viagem cheia de enjoos, decidiram adiar a volta optando por passar uma noite em Boston. A casa tinha apenas três quartos, tendo Sara removido a mobília de um deles onde montou um pequeno studio de artes para passar o tempo pintando quadros. Pela conveniência, Carol dormiu junto de Sara e Natasha se juntou a Steve em seu antigo quarto de infância, mas agora com uma cama de Casal. O homem insistiu para dormir no chão, mas após o último argumento de Natasha que dizia "nós fizemos um bebê juntos, mais intimidade que isso impossível", ele se deu por vencido e se juntou a mulher na cama.
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Já era 1h30 da manhã e Natasha não conseguia dormir. Se remexia na cama, mas sem encontrar uma boa posição, até que por fim se deu por vencida e se levantou. Foi até a janela onde tinha uma ótima vista já que estava no segundo andar, em sua frente havia um lindo parquinho iluminado pela luz da lua e dos postes. Podia claramente ver as crianças de manhã brincando ali e imaginou seu filho junto em uma das visitas a avó, se sentiu triste por não ter ninguém do seu lado para apresentar, seus parentes moravam na Rússia e já não tinham mais contato. Os parentes maternos a negavam, não aceitaram o relacionamento da mãe de Natasha com um russo.

- Natasha?

- Eu te acordei com a janela aberta? Desculpe. – disse se virando na direção do homem que a olhava com olhos semiabertos.

- Eu tenho o sono fraco, não se preocupe. Por que está acordada?

- Não consegui dormir.

- Vem cá, você precisa descansar pra amanhã.

Natasha caminhou até a cama, onde se enfiou debaixo das cobertas. Steve logo a aninhou junto ao seu peito e beijou-lhe o topo da sua cabeça, fazendo um casulo de aconchego e levando a mulher ao sono rápido.

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Natasha acordou sem tempo nem para se situar de onde estava, alguém já estava lhe desejando bom dia. Correu para o banheiro e colocou toda a janta maravilhosa que Sara havia preparado pra fora. Como sempre Steve apareceu rapidamente ao seu lado a apoiando. Parece que mesmo com o repouso a viagem de volta seria difícil.

- Quando esses enjoos passam mesmo?

- Lá pro 3º mês.

- Não aguento mais. Me ajuda a levantar?

- Claro. – Steve a levantou e a escorou contra seu corpo para que ela pudesse escovar seus dentes. Depois de vomitar se sentia muito fraca e muitas vezes tonta.

Logo já estavam com tudo pronto para irem embora. Sara separou algumas frutas para Natasha comer durante a viagem, já que não havia tomado café da manhã. Na despedida, Sara chorou, não por ver o filho ir embora e sim pelo cachorro. Aquela casa era muito solitária. Minutos depois já estavam na estrada novamente em meio ao silêncio, mas dessa vez fizeram 6 paradas. O recomendado por Peggy foram apenas 3, mas Steve a dobrou, fazendo inclusive uma parada para almoçar, onde a mulher foi quase obrigada a comer.

The Best MistakeOnde histórias criam vida. Descubra agora