Tessala Velásquez pensou que ao se mudar para uma cidade interiorana boa parte de seus problemas estariam resolvidos. Recomeçar em um lugar onde ninguém a conhecia parecia um plano excelente e livre de falhas.
Bem, isso até que Benjamin colocasse...
Bem de início, eu gostaria de me desculpar por qualquer incoerência que vocês possam vir a encontrar no capítulo a seguir, sinto que estou mais lesada que o normal. É isso, boa leitura!
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A primeira coisa que vi ao olhar através das portas duplas de vidro do hall de entrada do prédio foi Dylan, encostado de forma despreocupada no carro em sua melhor pose de garoto rico e popular.
Se estivéssemos em um filme, seríamos o perfeito clichê adolescente, mas não é esse o caso. Ele sorri acenando ao nos ver e pisca os olhos para mim.
Bonitinho, não nego.
A visão privilegiada que eu tive do moreno foi com certeza de encher os olhos, porém, rapidamente ofuscada pela imagem que me veio a seguir:
Parado de uma forma semelhante ao amigo, entretanto, ostentando uma pose mais altiva e até um tanto carrancuda ele olha para tudo ao seu redor como se fosse bom demais para estar ali.
Nesse momento, penso que, se Dylan é uma tentativa quase certeira de bad boy de filme adolescente, Marco é o modelo, ou melhor, a personificação de tudo isso.
Bad boy, mafioso, gosto...
Mas que porcaria de pensamento foi essa? Uma alucinação talvez, pensando agora, eu não me lembro de ter tomado café antes de sair. Ben se inclinou para em minha direção.
— Espero que não se importe em dividir o esplendor de minha beleza e atenção. — Ben disse voltando seu rosto para mim. — Se bem que, se preferir, eu posso mandá-los embora rapidinho. — A última parte foi dita como uma secreta confidência e arrematada por uma piscadela sedutora.
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Analisei com cuidado o ambiente ao redor e confirmei meu pensamento ao entrar aqui. Tudo nesse lugar exala elegância, desde as paredes em tom creme com detalhes em dourado, o lustre imponente centralizado até as vitrines que expõem peças de tecidos nobres com detalhes requintados.
Ben fez questão de nos trazer para acompanhar de perto a escolha de seu terno, porque, segundo o próprio, isso era um acontecimento que deveria ser apreciado e compartilhado, pois ele era um espetáculo de terno e gravata.
