E se... elas me segurarem?

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  Mãos emergiram da espessa fumaça que cercou tudo ao meu redor, além delas não havia mais nada a não ser a escuridão angustiante

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  Mãos emergiram da espessa fumaça que cercou tudo ao meu redor, além delas não havia mais nada a não ser a escuridão angustiante. Essas mesmas mãos avançaram em minha direção rápidas e certeiras. De repente várias outras a seguiram.

O desespero tomou conta do meu ser, dentro de minha mente a palavra "corra" piscou em letras garrafais. Mas, mesmo que eu realmente conseguisse raciocinar e fazer isso, eu não poderia.

O medo já havia me paralisado e como uma garantia de que eu me manteria imóvel no lugar, mãos surgiram abaixo de mim e fixaram-se em meus calcanhares. 

Mãos pálidas emergiram da escuridão por entre a espessa fumaça que cercou tudo ao meu redor. Além delas não havia mais nada a não ser a angústia crescente em meu peito. Essas mesmas mãos logo avançaram em minha direção, rápidas e certeiras. De repente, várias outras a seguiram.

O desespero tomou conta de mim, dentro de minha mente a palavra "corra" piscou em letras garrafais. Mas mesmo que eu realmente conseguisse raciocinar e tentar fazer isso, eu não poderia, muito menos conseguiria.

O medo já havia me paralisado. E como uma garantia de que eu me manteria imóvel no lugar, mãos surgiram por debaixo de mim e fixaram-se em meus calcanhares, joelhos e coxas.

Eu estava perdida, imóvel, e sem a menor chance de defesa. 

Logo outras mãos começaram a se enroscar por outras partes do meu corpo. Um par delas tapou meus ouvidos, outro os meus olhos. Minhas mãos formigam e eu senti cada parte do meu corpo arrepiar e tremer em horror. Eu quis gritar, gritar até que minha voz fosse tomada  de mim. E, então, por fim, um último par de mãos se colocou em meu rosto, abafando qualquer som que pudesse sair da minha boca.

Abri os olhos ofegante e dei de cara com o teto branco do meu quarto, iluminado precariamente pelo feixe de luz que escapava da porta entreaberta do banheiro. 

Saltei da cama jogando os lençóis de lado e correndo em direção ao interruptor, pondo fim a penumbra. Com todas as lâmpadas acesas analisei cada canto com cuidado, como sempre e, felizmente, não havia nada lá. Conferi também embaixo da cama e no banheiro, apenas por precaução. Nada!

Suspirei de alívio. 

Deitei novamente na cama tentando acalmar os golpes violentos do meu coração. Checando o celular percebi que ainda faltam mais de cinco horas até que outro dia se iniciasse. 

Eu poderia simplesmente fechar os olhos e voltar a dormir novamente. Porém, flashes de meu sufocante sonho ainda rondam minha mente e, meu corpo, que é completamente traiçoeiro e desregulado, não permitiria. Na verdade, eu sou desregulada, em um todo. Então, não como se eu pudesse arriscar ou esperar muito de mim mesma nesse sentido. 

Prova disso tudo é a minha imensa vontade de comer, logo após ter um pesadelo às duas da manhã. Se bem que não posso me culpar por isso, não consegui comer absolutamente nada desde que saí de Sweet Caroline's e voltei para casa. A fome simplesmente não veio, até agora pelo menos. 

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