Amor Criminoso

Capítulo 013

Quando ouvi a porta da sala bater, eu entrei no banheiro.

Tomei um banho demorado desejando que aquela agua levasse cada problema meu.

Eu não desejo a morte do meu pai, não desejo a morte de ninguém.

Mas seria hipócrita se eu dissesse que eu tenho dó.

Pra mim, era insignificante.

Não iria querer nada dele, muito menos a casa, onde eu nunca nem fui convidada para entrar.

Desliguei a água e sai do box. Me secando e colocando meu baby doll.

Abri a porta do banheiro e levei um susto com o Cabelinho deitado na minha cama.

Auna: caralho filho da puta, não avisa mais não?

Cabelinho: tá com macho teu ai dentro? Demora do cacete. - dei risada e me deitei ao lado dele, colocando a cabeça no peito dele.

Ele me abraçou me fazendo cafuné.

Quem olhasse de longe achava que a gente era um casal

Mas esse arrombado era meu irmão. Eu mato e morro pelos meus.

Cabelinho: ele não falou por mal e tu sabe disso. - olhei pra ele confusa. - o Grego, ele falou pensando no teu bem. Só não usou as palavras certas. - suspirei fundo.

Ana: eu sei. Não fiquei brava com ele e sim com a situação toda. É chato isso e querendo ou não me magoa saber que eu não consigo nem sentir um pingo de pena. - Respirei fundo pq ja tava querendo chorar.

Esse assunto sempre me deixava emotiva.

Eu nunca pedi dinheiro pra ele ou pedia algo impossível.

Eu só queria amor. O amor de um pai.

E ser humilhada pela pessoa que deveria me amar é horrível.

Cabelinho: eu to aqui. - ele me abraçou mais forte.

Ana: soube que eu fiquei com ele? - ele me soltou um pouco o suficiente pra olhar pra minha cara. - com o Grego.

Cabelinho: Zeca deixa passar alguma? - dei risada. - por mim, tu não se envolvia com mais ninguém do movimento. Mas...- deu de ombros

Fiquei calada por um tempo.

Eu também não queria me envolver com gente do tráfico dnv.

Já bastava a experiência com o Foguinho, mas quando eu vi ja estava com a boca colada na do Grego.

E pqp, não me arrependo.