Capítulo 016

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Zeca: Nunca vi finalidade dessa porra de guerra que rola no morro. - Disse enquanto comia um pedaço de pizza.

Eu tinha vindo pra casa do Grego. Eu tinha finalmente conseguido falar com a Larissa que explicou que não atendeu porque o postinho está lotado, por conta da operação.

Victor tinha nem dado sinal de vida, mas Grego disse que ele estava bem. Algum tempo depois, Zeca desceu do quarto e ficou conversando com a gente.

Minutos depois Grego disse que precisava sair, ficando assim eu e Zeca conversando.

Ana: Eu sei que você está triste. - Ele me olhou serio.

Zeca: Ih, qual foi, não to triste isso é coisa de mulherzinha. - Dei risada.

Ana: Eu te conheço Zeca e não é de hoje. - Ele abaixou a cabeça. - Demonstrar sentimentos nunca vai ser um sinal de fraqueza e nem ser coisa de mulherzinha. Você perdeu um colega, um parceiro, é normal ficar triste.

Zeca: Em pensar que era pra ser eu. - O olho encheu de lagrima. Abracei ele de lado.

Ana: eu só conseguia rezar para que você estivesse bem.

Zeca: quer dizer que você gosta de mim ?

Ana: eu acho você legalzinho. - O soltei e fiz marra

Zeca: Legalzinho meu pau, eu sou foda piranha. - Dei risada.

Ele riu mas logo ficou pensativo de novo.

Eu sempre quis deixar claro para o Zeca que o caminho que o irmão foi, não era o caminho ideal, e que ele merecia mais.

Mas como vou explicar para uma criança, que os policiais, que sobem o morro atirando em qualquer um, é os herois e que os envolvidos no traficos é os vilões ?

Ana: não pense tanto no futuro. Pense no agora. O que você quer, agora, pra você? Mas você tem que lembrar que tudo tem a sua consequência. Mas de qualquer jeito, eu vou tá aqui pra te apoiar. - Fiz um carinho na cabeça dele. - Não só eu, DK, sua mãe e o Grego. Estamos todos aqui.

Amor CriminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora