Capítulo 011

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Paulo: qualfoi, já tá metendo macha? - disse colocando minha irmã no chão que veio correndo até mim.

Ana: Amanhã é terça ainda pô, dou aula.

Clarinha: Mas você quase não vem aqui e quando vem vai embora mó rapido. - fez carinha de triste pra mim.

Me abaixei agarrando ela num abraço de urso.

Ana: semana que vem eu venho te buscar, vai passar o fim de semana comigo.

Ela abriu o sorrisao logo em seguida e saiu pra brincar na área.

Paulo: tu mima muito essa menina. - Mostrei língua pra ele que deu risada. - ih ala, cobra mãe e cobra filha.

Ana: e tu é corno, seu corno !

Ficamos nessa até minha mãe ameaçar bater na gente.

Peguei meu celular e vi que tinha uma mensagem de um número desconhecido.

+55 xx xxxxxxxx: tá por onde?

+55 xx xxxxxxxx: responde cadela.

Fui no perfil e vi a foto do abusado do Grego.

- pelo mundão.

Grego: pega visão, quero bater um papo contigo.

- marca dez que eu chego.

Ana: eae BK, bem que tu podia fazer a braba e me levar lá no morro.

Paulo: Moto táxi é lá em baixo po.

Ana: tu já foi um padrasto melhor - dei língua pra ele.

Cecília: leva a menina Paulo. - ele olhou indignado pra minha mãe e eu dei risada.

Paulo: Qualfoi mulher, essa baranga me chamou de corno e tu quer ainda que eu dê carona pra ela?

Ana: eu disse alguma mentira? - ele tacou uma almofada em mim.

Paulo: pirralha.

Cecília: eu não tenho paciência pra vcs dois juntos não, benza Deus. - revirou os olhos

Paulo: ai galinha, irritou ela e agora não vou ter o cuzinho a noite. - fiz careta.

Ana: você é nojento. Bora logo vagabundo.

Paulo: forgadona tu meno, bora - sorri - vai tirando esse sorriso do rosto, logo menos não vou te dar mais carona.

Ana: vai me dar uma moto ou um carro?! - ele gargalhou

Paulo: tu não passa nem do segundo poste. - dei dedo pra ele e abracei minha mãe.

Cecília: aparece mais vezes. - concordei com a cabeça.

Ana: vão me visitar mais vezes tbm, sei que o Paulo sempre por lá resolvendo as tretas dele. - a gente se despediu e eu chamei a Clara pra dar um abraço nela.

Ela me fez prometer que eu iria buscar ela semana que vem e que iriamos comer muitas besteiras.

Sai da casa da minha mãe sendo acompanhada pelo Paulo, que disse que iamos pegar a moto lá embaixo.

Descemos fofocando e rindo um do outro.

Paulo era um padrasto incrível e sempre esteve ao meu lado nos momentos difíceis.

Era um cara incrível.

Ana: não é possível. - disse chegando perto da barreira.

Junto com os meninos, tava o Grego em cima da sua moto trocando uma ideia tranquila com os meninos.

Paulo, que fora de casa mantia a cara de bravo, foi logo chegando perto.

Paulo: qual foi, pago vocês pra ficar trocando idéia ou pra trabalhar? - falou com os meninos que voltaram ao "serviço". - tá fazendo o que por aqui? - fez um toque com o Grego.

Grego: vim buscar a Ana.

Paulo: Ana? A minha afilhada? - concordou com a cabeça. - abre o olho Grego. - fez um toque com ele e se virou pra mim. - tudo bem cê ir com ele?

Ana: tudo, chegar em casa eu te aviso. - concordou com a cabeça e me deu um beijo na testa.

Paulo: fé pra tu.

Ana: fé.

Ele seguiu seu rumo e quando ele estava longe o suficiente eu cheguei perto do Grego.

Ana: não lembro de ter pedido pra vim me buscar e nem de ter falado onde eu estava. - arquei uma sobrancelha

Grego: tenho meus contatos. - tava com uma cara brava.

Ana: seus contatos se chama Victor?

Grego: Ana, bora, sobe logo. - revirei meus olhos.

Subi na moto e me agarrei na sua cintura.

Ja vi ele andando de moto várias vezes e sabia que Grego é perigoso a pé, imagine de moto.

Amor CriminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora