POV EMMA
Se apaixonar notadamente leva a uma instabilidade emocional e fisiológica. Você salta entre alegria, euforia, aumento da energia, insônia, perda de apetite, tremores, coração acelerado, respiração acelerada, bem como ansiedade, pânico e sentimentos de desespero, e era exatamente tudo isso que eu estava sentindo trancada dentro daquele enorme banheiro. Saber que Regina é altamente atraente isso não dá pra negar, mas eu podia jurar que não era somente admiração o que estava se passando na minha cabeça. Lavei o rosto incontáveis vezes, mas, sempre que encarava o espelho, era a imagem dela que eu via.
- Emma está tudo bem? A voz de Mary soou atrás da porta. Ao abrir ela se assustou.
- Preciso sair daqui. Foi a única coisa que disse.
- Mas, Swan, Regina foi se trocar e pediu para que esperássemos. Engoli seco. - O que está acontecendo? Insistiu.
- Depois conversamos. Agora vamos voltar pra lá e encerrar por hoje. Quando voltamos, Zelena estava a nossa espera.
- Aí estão vocês! Se posicionou entre nós e segurou nossas mãos. - Preparei um lanche pra gente.
- Não precisava... Falei fraco.
- Imagina. Vai ser legal ter gente dentro dessa casa. Estranhei aquela frase.
- Já voltei. Mills estava mesmo disposta a acabar comigo. Veio pelo corredor vestindo um short de algodão preto com uma regata branca levemente decotada, mas que não tinha como passar despercebida.
- Irmã, preparei alguns quitutes pra gente beliscar. Zelena falou e ela abriu um lindo sorriso.
- Vocês vão ficar, não vão? Sua pergunta foi feita diretamente pra mim. Não tive como negar algo aqueles olhos.
- Não podemos demorar. Preciso levar esse material pra Life ainda hoje, unir com as demais do portfolio e preparar tudo pra amanhã.
- Então, sobre amanhã. Fez uma pausa. - Pensei em fazer as fotos da Vogue.
- Excelente ideia. Mary confirmou. - Ter um panorama de você na empresa será bem legal.
- O que me diz Swan? Ela parecia querer ouvir de mim sua resposta.
- Acho ótimo. Se não for atrapalhar sua agenda...
- Está tudo sob controle. Venham, vamos forrar os estômagos. Disse empolgada enquanto caminhava até a cozinha sendo seguida por nós. Confesso que comer era a última coisa que eu precisava fazer naquele momento. Ficar sentada à mesa tendo que observar àquela versão mais leve de Regina por um tempo além do necessário estava sendo um tipo de missão quase impossível. Engasguei algumas vezes quando meu olhar desceu para seu decote e tive que balançar a cabeça por várias vezes na tentativa falha de afastar os pensamentos luxuriosos que surgiam sem parar. - Tem algum problema com o suco, Emma? Ouvi-la me chamar pelo primeiro nome não ajudava muito. - Talvez um pouco sem doce... Posso pegar um pouco de açúcar pra você? Ela perguntou. Sinal de que, também, estava me observando.
- Não está ótimo. Bebi um pouco mais para reforçar minhas palavras.
- É que você está se engasgando todo hora.
- Swan tem refluxo quando está nervosa. Mary me entregou.
- Posso imaginar... Você já fez várias referências a importância desse trabalho. Disse meio triste e aquilo fez doer meu coração.
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É inevitável te amar
RomanceAté que ponto suas escolhas podem te levar? Até que ponto é capaz de ir para alcançar seus objetivos? Até que ponto podemos chegar quando o amor nos arrebata? Regina e Emma sentirão e sofrerão na pele as nuances da descoberta de um amor verdadeiro.