POV EMMA
- Parece que tudo está fluindo melhor. Observou Dorothy.
- Tem toda razão. Se eu soubesse que Regina faria tamanha diferença eu não teria sido tão cabeça dura antes. Olha pra isso! Apontei para minha mesa.
- Eu nunca vi tão organizada. Disse num tom divertido. - Quando ela vai sair da Vogue?
- Não sei ao certo. Regina é muito coesa com tudo e deve cumprir o aviso até o final do mês.
- Que bom tudo ter ficado resolvido.
- Também estou mais feliz do que imaginei que ficaria. O celular tocou. - É a Ingrid. Alô...
- Vou te deixar à vontade. Dorothy sussurrou antes de sair.
- Ei, Emma, bom dia. Tudo bem com você?
- Está tudo em ordem. E quando virá prestigiar nossa casa? Teremos um show épico neste sábado.
- Estou sabendo. Não se fala em outra coisa nas redes sociais.
- Regina tem feito um trabalho de publicação muito forte.
- E está funcionando. Por falar nela, sabe me dizer se vocês duas teriam um tempinho para virem até o fórum?
- Fórum? Por qual motivo? Aconteceu alguma coisa?
- Uma coisa maravilhosa se assim posso descrever.
- Pois então diga, está me deixando com os batimentos acelerados. Ela gargalhou.
- O doutor Benjamin assinou uma petição extraordinária que autoriza sua esposa a registrar a filiação das crianças na certidão de nascimento nova.
- Não pode estar falando sério... O pessoal da imigração afirmou que isso só iria acontecer quando eles completassem a idade mínima. Está na lei.
- Eu conheço muito bem o estatuto e estou tão surpresa quanto você.
- Mas como isso se deu, Ingrid? Perguntei eufórica.
- Eu não sei os detalhes. A assistente social do orfanato recebeu uma ligação do gabinete do juiz solicitando minha presença aqui para tratar de um assunto. Quando cheguei fui informada da decisão e orientada a ligar pra você. Pus as mãos na cabeça tentando não gritar de alegria. - Ele quer vocês duas aqui o mais rápido possível para formalizar a decisão. Desliguei o telefone sentindo as pernas formigarem e perder as forças, por sorte a cadeira estava próxima, mas o gesto abrupto fez várias coisas caírem no chão e o barulho chamou a atenção de quem passava por ali.
- Emma do céu!!! O que houve? Está mais pálida do que o habitual. Dorothy correu em minha direção e começou a abanar meu rosto. - Diz alguma coisa ou eu vou chamar uma ambulância. A notícia tornou meu cérebro incapaz de formular nenhuma palavra. - Alguém ajuda aqui! Gritou dando tapinhas na minha bochecha.
- Ei, o que houve? Isadora apareceu.
- Eu não sei... Pega um copo com água, por favor.
- Aqui está... No desespero de não saber como agir, minha secretária jogou o conteúdo no meu rosto.
- Oh, merda!!! Está gelada. Falei limpando os olhos.
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É inevitável te amar
RomanceAté que ponto suas escolhas podem te levar? Até que ponto é capaz de ir para alcançar seus objetivos? Até que ponto podemos chegar quando o amor nos arrebata? Regina e Emma sentirão e sofrerão na pele as nuances da descoberta de um amor verdadeiro.