POV EMMA
O que fazer quando constata que seu bem mais precioso está em perigo? Parece uma pergunta simples de responder, e posso afirmar que, na verdade, é mesmo, no entanto, sentir o peso disso na íntegra pode abalar qualquer conceito de estabilidade emocional. Quando enfim consegui alcançar o telefone a voz de Regina deu lugar ao som daquela que eu menos queria escutar. Lilith. Chamei incontáveis vezes pela minha morena, mas não foi alto o suficiente para que ela ouvisse.
- Anna, onde está Regina? Perguntei assim que a mesma atendeu o bendito telefone da Vogue.
- Oi, dona Emma. Ela já saiu. Disse que esperaria por sua irmã lá embaixo. Está tudo bem? Nem respondi, ligando direto para Zelena.
- Oi cunhada... Atendeu sorridente.
- Onde está Regina? Fui direta.
- Estou indo buscá-la na Vogue. Que aflição é essa?
- Ela não está lá, Zelena. Preciso saber pra onde ela foi.
- Eh... Eu não sei Emma. Dá pra me explicar o porquê de você estar desse jeito.
- Não posso fazer isso agora. Tenho que encontrá-la.
- Espera um instante. Tem uma mensagem dela aqui. Ficou em silêncio por longos segundos. - Ela está no apartamento de vocês.
- Não é possível. Joguei o aparelho na mochila e saí às pressas.
- Dona Emma, o que foi? Dorothy se assustou ao me ver sair correndo da sala.
- Liga pra polícia... Falei apertando desesperadamente o botão do elevador.
- Como assim? Pra dizer o que?
- Ela pegou a Regina. Essa porra de elevador... Larguei aquilo pra lá e desci de escada mesmo.
- Jesus, mulher, o que houve? Mary trombou comigo já quase no estacionamento.
- Ela a pegou. Liga pra polícia. Liguei o carro.
- Quem? Do que está falando, Emma?
- Lilith, ela pegou a Regina... Engatei a marcha, já me preparando para sair.
- O quê? Como isso?
- Mande a polícia para o meu apartamento. E rápido.
- Emma, espera... Ouvi sua voz ir sumindo aos poucos na medida que sai cantando pneus e avançando todos os semáforos de Los Angeles até chegar no prédio. Adentrei a portaria como uma bala e não perdi tempo esperando o elevador. A porta estava trancada e, ao ouvir o barulho de coisas caindo, soltei o pé, arrombando a mesa. Olhei e vi a Lilith com o nariz sangrando, mas não havia sinal de Regina. Quando ouvi sua voz senti um refresco na alma, mas tudo se dissipou quando vi aquela louca nos apontar uma arma. O instinto falou mais alto e fiz aquilo que tinha que fazer. O resultado foi uma costela quebrada e um tiro de raspão bem próximo ao local da fratura.
- Senhora Swan, está se sentindo melhor? O cirurgião de plantão chegou no leito onde eu estava.
- Ainda sinto um pouco de dor para respirar.
- Isso é absolutamente normal. A costela fraturada fica numa região pulmonar bastante ventilada, com isso, todas as vezes que inspirar, a região se movimenta. Vai sentir esse desconforto por alguns dias, mas já prescrevi um analgésico para te ajudar. No mais, está tudo sob controle. A lesão pelo projétil vai cicatrizar naturalmente, só será preciso fazer um curativo durante a noite por sete dias ou até que a ferida esteja bem sequinha e evitar pegar peso. Assentamos e ele saiu.
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É inevitável te amar
Roman d'amourAté que ponto suas escolhas podem te levar? Até que ponto é capaz de ir para alcançar seus objetivos? Até que ponto podemos chegar quando o amor nos arrebata? Regina e Emma sentirão e sofrerão na pele as nuances da descoberta de um amor verdadeiro.