POV EMMA
Acordei naquela quinta-feira com o corpo dolorido em virtude dos vigorosos exercícios que eu e minha morena tínhamos feito na noite passada. Regina era uma mulher extraordinária em muitos aspectos, porém, no sexo, ainda não tinha encontrado um adjetivo adequado para descrevê-la. Seu perfume matinal parecia misturado a outro e só constatei o motivo quando abri os olhos e a vi abraçada com Lívia. Mas como a pequena foi parar aí? Deixei a resposta dessa pergunta para depois, afinal, a cena estava linda demais para ser interrompida. Enquanto ajeitava a mesa do café da manhã, encontrei Henry descendo as escadas com um olhar curioso.
- Bom dia!!! Falei encostando na beirada da porta. Veio até mim e me abraçou.
- Emma, onde está a Lívia? Sua expressão havia ficado preocupada.
- Está dormindo com a Regina no nosso quarto. Você quer subir até lá?
- Não precisa. Eu não a encontrei e fiquei com medo. Puxei uma das cadeiras para ele se sentar e me acomodei na outra.
- Eu sei que passaram por muita coisa, Henry, e sei o quanto gosta da Lívia, mas agora não precisa mais ter a responsabilidade de cuidar dela. Regina e eu vamos fazer esse papel para que vocês possam ser crianças de verdade como deve ser.
- Como uma família, não é?
- Exatamente, garoto. Uma família. Agora o que me diz de dar uma forcinha aqui e preparar algo bem gostoso para as duas? Ele sorriu e me ajudou no que pôde.
- Olha isso Lívia, temos dois cozinheiros nessa casa. Eu estava vestindo um avental azul marinho e improvisei outro para Henry com um pano de prato. - Mas, o que é isso? Regina riu ao constatar minha façanha.
- Precisamos de mais aventais nessa casa. Ela o abraçou e veio até mim.
- Bom dia, meu amor. Você está ótima nesse avental sujo de panqueca.
- Eu falei que a farinha estava caindo, mas ela não me ouviu... Henry disse.
- Está me entregando? É isso mesmo, garoto? Falei num tom divertido e os dois começaram a rir.
- Deixa eu tirar isso de você. Regina me virou de costas para desatar o nó e retirar o avental. - Senta lá que eu termino essa salada de frutas.
- Ainda vamos conversar sobre isso. Falei com Henry e ele continuava rindo.
- Foi uma ótima ideia passar no mercado e comprar pelo menos algumas coisas para agora de manhã. Disse enquanto cortava a banana.
- Podemos almoçar fora e à noite pedir uma pizza. Sugeri.
- Ebaaa, pizza. As crianças comemoraram.
- Nem pensar. Já comeram isso ontem. Não podemos viver de pizza, meus amores.
- Mas é tão gostoso. Disse Henry.
- Muito, muito mesmo. Lívia afirmou lambendo os beiços como se estivesse diante de uma fatia.
- Eles tem razão amor, é tão bom...
- Estou diante de um complô? Ergueu a sobrancelha e pôs as mãos na cintura. - Podem ir desmanchando essas carinhas porque não vão me convencer. Podemos pedir outra coisa. Pizza não. Trocamos os olhares e ninguém disse nada até cairmos na gargalhada. - Vamos fazer o seguinte. Podemos pedir uma massa à bolonhesa com salada de legumes. O que me dizem? Os pequenos ficaram com o olhar confuso. - Vocês não entenderam nada do que eu disse, não é? Ambos balançaram a cabeça que não e Regina se virou para mim com aquela cara debochada. - Fala. O que sugere?
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É inevitável te amar
RomantikAté que ponto suas escolhas podem te levar? Até que ponto é capaz de ir para alcançar seus objetivos? Até que ponto podemos chegar quando o amor nos arrebata? Regina e Emma sentirão e sofrerão na pele as nuances da descoberta de um amor verdadeiro.