17. A dor do amor

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POV EMMA CONTINUAÇÃO

- Minha nossa, Emma... Isso é sangue? Mary, que tinha a chave do meu apartamento. Chegou e foi direto para meu quarto. Me encontrou enrolada no cobertor sentindo o cheiro de Regina. - Amiga, o que houve? Veio correndo, tirando os lençóis e viu que minha mão estava sangrando. - O que você fez? Me pegou pelo braço e me levou até o banheiro, sentando-me na tampa no vaso. - Emma, como se machucou? Apontei para o espelho quebrado. - Meu Deus, vou te levar para o hospital. Precisa dar pontos nisso. Onde estava com a cabeça? Perguntou brava.

- Não irei a hospital algum. Falei sem vontade.

- Eu não perguntei se quer ir. Você vai e ponto final. Ela saiu e quando voltou tinha uma muda de roupa nas mãos. - Levanta, me ajuda a te vestir com isso. Mesmo contra a minha vontade, preferi não contrariar. - Onde estava com a cabeça de socar o espelho?! Olha só pra sua mão, Emma. Olha sua cama cheia de sangue! Dizia enquanto fazia um rabo de cavalo nos meus cabelos. O curativo já não era mais branco e o sangue já escorria para meu antebraço. Mary pegou uma toalha limpa e enrolou. - Pressiona isso, por favor. Me ajudou a levantar e calçar um par de botas.

- Mary, vai ficar tudo bem... Resmunguei. - Não precisa disso. Foi só um acidente.

- Swan, só fale comigo se tiver alguma coisa com sentido a dizer. Não estou disponível para ouvir tolices nesse momento. Ela, realmente, estava preocupada. Saímos do meu apartamento e seguimos direto para o hospital mais próximo. Logo na chegada Mary foi até a recepção e explicou alguma coisa para a atendente que, logo, acionou via telefone, um médico.

- O que disse a ela? Perguntei quando a vi voltar com uma expressão que misturava preocupação e chateação.

- Que você surtou por causa de uma mulher que está enlouquecendo sua cabeça e socou o espelho. Ironizou. - Falei que você sofreu um acidente com o espelho do banheiro. Em menos de cinco minutos um enfermeiro apareceu e nos conduziu até o consultório médico.

- Olá senhorita... Conferiu no prontuário. - Swan. Podem se sentar. Sou o doutor Frederick. Me conta o que aconteceu...

- Eu... éh... o espelho... Não consegui falar nada.

- O espelho do banheiro dela se soltou enquanto ela escovava os dentes, doutor. Mary inventou uma explicação. O médico se levantou e veio até mim.

- Deixa eu dar uma olhada nisso. Calçou um par de luvas e foi tirando a tolha e as ataduras mal colocadas. - Isso está bem feito. Consegue abrir e fechar a mão? Fiz o que ele pediu. - Ótimo, não temos lesão de tendões. Deu muita sorte, senhorita Swan, porém, teremos que dar alguns pontos. Alguns cortes foram bem profundos.

- Ela perdeu muito sangue, doutor. Mary afirmou.

- Posso imaginar. Essas feridas foram feitas há algumas horas, já tem alguns pontos de coagulação. Deveriam ter vindo imediatamente.

- Por ela, nem estaríamos aqui. Mary me entregou. O médico, então, pegou o aparelho para aferir minha pressão.

- Senhorita Swan, vou deixá-la no soro por algumas horas. Sua pressão está bem baixa. Acredito que seja por isso que está tão pálida e fraca, perdeu muito sangue.

- Mas vai ficar tudo bem, doutor? Mary perguntou assustada.

- Vai sim. É só para reestabelecer seu quadro clínico. Enquanto isso faremos as suturas na mão. Disse enquanto escrevia alguma coisa. - Aqui está a receita para casa. Antinflamatório e analgésico. Trocar o curativo duas vezes ao dia e retornar aqui dentro de quinze dias para retirar os pontos. Já te adianto que não poderá trabalhar nesses dias e em fazer esforço excessivo.

É inevitável te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora