Capítulo 3

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O quê?

Abro a boca sem saber o que dizer.

Steve Rogers é insano ou o quê?

Realmente, era estranho ele ser tão perfeito, tinha que ter algum defeito!

— Oi? Isso é um pedido de casamento? Se for, não foi nada romântico!

— Sei que parece temerário, porém eu preciso manter essa farsa enquanto eles estiverem na cidade.

— Não… nem pensar!

Ok, eu estava louca por Steve Rogers e provavelmente tinha feito sexo com ele ontem, mesmo sem me lembrar de nada, daí a aceitar ser sua noiva de mentira para enganar sua família já era um pouco demais!

— Por favor. Será apenas enquanto estiverem aqui. É só fingir que é minha noiva e depois estará livre.

— Não pode me obrigar!

— Claro que posso.

— Claro que não!

— Eu sou seu chefe.

Arregalo os olhos, horrorizada.

— Está falando sério? Não tem medo que eu o processe por assédio ou algo do tipo?

— Não está sendo razoável. Ontem à noite, Erin York, sua supervisora, disse que ia te demitir na segunda-feira. Parece que ela não gostou nada de ter o vestido arruinado pelo champanhe.

— Ela disse?!

— Claro que não fazia ideia quem era a assistente dela. E nem que ia encontrá-la desacordada em meu carro quando chegasse em casa.

— Ah, meu Deus, então foi no seu carro que eu entrei?

— Ainda me pergunto o que pretendia.

Eu coro de vergonha.

— Eu estava bêbada.

— Isso eu percebi.

— E queria ir embora e tinha um cara chato atrás de mim. Abri a primeira porta que encontrei e entrei. Não sabia que era seu carro.

— Eu descobri seu nome ao olhar sua identidade e, como parecia muito mal, apenas te trouxe para casa e…

— Espere… Então foi só isso que aconteceu? — indago, surpresa.

Nem sei se me sinto aliviada ou decepcionada. Então eu não o tinha seduzido, como imaginei.

Ao mesmo tempo, do que adiantava ter dormido com Steve e não me lembrar de nada?

— O que imaginou que tivesse acontecido? — Ele levanta a sobrancelha, aguardando minha resposta.

Fico vermelha de vergonha.

— Achei que a gente tinha… tinha…

— Transado? — Ele agora parece horrorizado. Como se eu tivesse dito que fez sexo com um porco, como naquele episódio maluco de Black Mirror.

— Por que não? Era bem provável! — retruco, ofendida.

— Em que mundo algo assim seria provável?

— Por que não seria?

— Primeiro, eu nunca te vi antes.

— Eu trabalho para você, como nunca me viu? — Agora estou mais do que ofendida. Acho que estou até um pouco magoada.

— Eu administro uma empresa com centenas de funcionários, não conheço todo mundo! — responde, exasperado. — Segundo, não me aproveito de mulheres bêbadas e desacordadas.

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