Capítulo 5

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Natasha


Por um momento não consigo emitir um som sequer.

Na verdade, não consigo nem pensar direito.

Minha mente apenas repete as palavras mágicas de Steve Rogers.

“Eu aceito.”

Puta que pariu!

Ele aceitou! Tenho certeza que meu coração parou de bater, tamanha a emoção. Sinceramente, enquanto tomava banho analisei minha insólita conversa com Steve e, tipo, que diabos eu estava pensando?

Achava mesmo que o CEO da DBS Enterprises, aquele cara lindo, rico e mais inacessível que um príncipe iria aceitar dormir comigo?

Tudo bem que ele parece meio sem noção por inventar aquela farsa maluca de noiva de mentira, daí a aceitar transar comigo para que eu finja por algumas horas ser a tal noiva era ir longe demais.

Mas eu tinha que tentar, não é?

A única coisa que fiz a semana toda foi sonhar com ele, então como é que poderia deixar passar a oportunidade? Porém, até alguém otimista como eu sabia que as chances eram quase nulas. Steve deixou claro que não se envolvia com funcionárias.

E pior, ele não havia demonstrado nenhum interesse em mim. Essa era a triste verdade.

Chegar a essa conclusão me deixou com uma dorzinha boba no peito e um nó na garganta, mas precisava ser realista: tive sorte de ele não ter rido da minha cara ou me colocado para fora do seu apartamento a pontapés.

E, enquanto voltava para o quarto sem saber o que iria acontecer, me questionava se ainda teria um emprego. Duvidava muito.

No entanto, cá estou eu, segurando a toalha contra o corpo e com a boca aberta em choque, enquanto Steve Rogers, no alto de toda sua perfeição, aguarda minha reação.

Ruborizo quando me dou conta de como estou exposta e, agora que o impacto da resposta positiva está passando, começo a perceber que Steve está me medindo. E com interesse bem masculino.

Oh, Deus. Coro inteira agora e nem é mais de vergonha.

Sinto um formigamento que vai da ponta dos pés até a raiz dos cabelos e começo a ter problemas para respirar.

Steve Rogers está olhando pra mim. Realmente olhando!

Daquele jeito que eu imaginei nos meus mais loucos sonhos.

De repente me sinto como uma criança na manhã de Natal quando abre seu presente tão esperado, aquele que sonhou ganhar o ano inteiro.

O Natal chegou mais cedo para mim esse ano.

Melhor Natal de todos!

E ainda faltava uma semana!

Obrigada, Papai Noel.

Porra, muito obrigada!

E em meio a minha epifania, percebo que Steve, provavelmente, está esperando que eu diga alguma coisa.

Limpo a garganta, tentando achar as palavras certas para se dizer nessas situações.

O que poderia ser?

“Quando é que vamos fazer”?

Ai, caramba, será que aquele silêncio esquisito e seu olhar sedento me diziam que íamos fazer, tipo assim, agora?

Agora?

Perco o ar e meu cérebro vira gelatina.

O pobre coitado vai entrar em colapso. E talvez meu corpo inteiro entre em colapso também, tamanho é o calor que estou sentindo.

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