Capítulo Cinco.

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-James, preciso que você confie em mim, para eles não apagarem sua a mente novamente você vai precisar agir o mais desligado da vida o possível, quando estivermos no mesmo ambiente com outras pessoas, não faça nenhum contato visual comigo, e pelo amor de Deus não fala nada e não faça nada que te prejudique. -Olhei-o fixamente nos olhos.

-Porque isso agora? -O que aconteceu? -Ele me pergunta um tanto confuso com tudo que eu havia dito.

-Meu amor, se eles souberem que você se lembrou de tudo eles iram apagar a sua memória e você vai se esquecer de mim, do Steve e de todos que você já conheceu.

-Tudo bem, vou fazer tudo isso, assim não vão levantar suspeitas. -Ele pega em meu rosto fazendo carinho.

Infelizmente naquele dia, mais tarde, levaram ele para outra missão. Ele estava demorando, e eu estava sem respostas e confusa pela sua ausência. Um aperto me veio ao meu peito novamente, tinha tanto medo de perde-ló, aquela angústia só aprisonava cada vez mais.
Eu estava cansada precisava dormir, mas a insônia havia me acompanhado até a cama naquela noite gelada sem o Bucky para me esquentar e me acalmar, me pego chorando acordado de um pesadelo que eu tive com ele. Ele havia sido congelado vivo e eu não estava lá pra ajudá-lo.

Levanto da cama, caminho até o banheiro me despido, e assim tomo um longo banho quente para me acalmar. Caminho até a cozinha e faço um chá e tento pensar menos nesse pesadelo.
Caminho de volta ao meu quarto o quanto antes e acabo dormindo mais uma vez.
07:40 da manhã, meu despertador tocou, eu estava fraca pra me levantar. Minha respiração estava abafada e eu estava confusa, me encontrava com uma dor insuportável no estômago, mal conseguia respirar direito. Levanto da cama com dificuldade caminho até a pia do banheiro e jogo uma água em meu rosto.
Me olho no espelho sinto minha respiração normalizando novamente.
Estava eu, tendo uma crise? De novo me vejo passando por isso?

Tomo um banho quente, o dia estava chuvoso e cinza, assim como o meu dia de hoje. Minha cabeça doía como se eu estivesse de ressaca, e aquela maldita dor de estômago estava me matando.
Me arrumo, vou até a cozinha e como uma maçã, eu estava sem fome mas não poderia sair totalmente em jejum.
Chegando na base, vejo uma movimentação estranha.

-Olá, o que está acontecendo? -Perguntei a um dos guardas que ali estavam.

-Olá doutora, o James não voltou da missão, estamos tentando encontra-ló urgente. -Dias o guarda a mim. Saindo logo depois.

-Droga! Bucky onde você se meteu?

-A senhorita disse algo? -Me perguntou um dos guardas que haviam ali.

-Ah, n-não. -Eu pensei alto apenas, continue com o seu trabalho soldado. -Olho-o me retirando do local.

Corro até a minha sala, e por um minuto de coragem insana, me pego com o soro do super soldado em minhas mãos. Fico olhando até que eu tenho a não tão brilhante ideia de aplicá-lo em mim. Loucura? Talvez! Mas eu precisava ir atrás de James e encontrá-lo.

Apliquei o soro em mim, no começo não senti nada de diferente, estava tudo tranquilo demais. Até que, senti meu coração pulsar cada vez mais rápido fiquei um pouco tonta quase não consegui me segurar e caí no chão.

Acordei com uma enxaqueca sem saber o que havia acontecido ou que horas eram.

-Droga que merda eu fiz?- Pergunto a mim mesma levando minha mãos a minha cabeça.

Ótimo agora vou precisar fazer exames em mim mesma sem que ninguém soubesse. E assim fui eu, fiz todos os exames que precisava e o soro tinha reagido bem ao meu organismo.

Agora preciso ir atrás de James caso ele não volte daqui em dois dias. Não sei onde foi a missão que ele teve que ir fazer, talvez demorasse mesmo, mas de qualquer forma o caos que havia na base de manhã já havia cessado. Acho que o encontraram por não estarem mais falando nada sobre ele.

Saio da minha sala e caminho até o hall, e vou a caminho de um dos guardas.

-Soldado, vocês tem alguma notícia sobre o James?- Pergunto-o tanto curiosa.

-Sim doutora, encontramos ele, a missão pelo visto está correndo muito bem. -Respondeu-me olhando fixamente.

-Suspiro aliviada. -Quem bom que está tudo nos eixos. -Dou um leve sorriso e volto caminho da minha sala.

Será que fiz o certo ter aplicado esse soro em mim? A chance de descobrirem é baixa então não tem o porquê eu temer isso.

E SE EU FICAR?Onde histórias criam vida. Descubra agora