"O semi Deus Maui já deveria saber que esperar para contar a verdade não pouparia Moana da dor"Corte Noturna - Velaris - Prythian (Terras Feéricas)
A vida é passageira e para cada Grã-feéricos, feéricos ou espécies não humanas nascidas, não é diferente, independente da imortalidade.
Gwyneth Berdara olhou para a caixa na sua mão, entalhado na madeira as palavras brincavam na sua mente.
"Deusa da Morte"
Apenas uma fêmea foi chamada de Deusa da Morte. A mesma que o mar, a terra e o vento sussurraram. A mesma fêmea que o caldeirão temeu e cedeu.
"Assassina" "Princesa da Decadência" "Senhora da morte" "Rainha das Rainhas"
Nestha.
A sacerdotisa encarava Rhysand em sua mesa, imponente e resplandecedor.
Ainda molhada Gwyn tinha voltado para as margens da festa de casamento, ainda escondida nas árvores e abriu sua mente, os pesamentos revoltos e o chamado de auxílio não demorou a ser atendido pelo Grã senhor e a Grã senhora da casa noturna.
Ambos daemantis.
Feyre tinha encarado a guerreira abismada, o olhar correndo pelo cabelo ruivo molhado e grudado no rosto, a maquiagem escorrendo pela pele pálida, mas impressionantemente sem emoções.
Gwyn foi atravessada para a casa do lago, a moradia particular e privada dos seus senhores.
E ali estava, após ter contado para Rhysand e para Feyre o que acontecerá na floresta, aguardando.
-Rhys, acho que Nestha é a única resposta – A alta senhora argumentou com seu parceiro.
-Mesmo que seja, Feyre querida, podemos aguardar até amanha!
-Sim, acho que sim – A expressão da Grã senhora se fechou, ela fechou os olhos e levou as delicadas e belas mãos a têmpora.
Gwyn observou o momento em que Rhys se levantou da cadeira e foi até Feyre a puxando carinhosamente para os seus braços e como o corpo da grã senhora se acomodou, como se aquela fosse sua casa, seu pedestal de confiança.
Gwyn nunca teria aquilo com Azriel? Ainda mais agora que o guerreiro quebrou o coração da sacerdotisa.
"Nem sempre foi assim, se quer saber, até hoje não é fácil"
As palavras de Rhysander ressoaram na cabeça de Gwyn e ela percebeu que deixou a mente aberta, subindo sua parede mental, uma enorme onda, como um tsunami protegia sua mente.
Gwyn assentiu para Rhys, não culpava o Grã-Senhor pela invasão em sua mente.
Com uma última olhada para a caixinha de madeira em cima da mesa Gwyn se retirou da sala.
Assim que a guerreira deu o primeiro passo para fora da sala sentiu um puxão pelo laço, foi quando viu Azriel a esperando no final do corredor a expressão preocupada dominava seu rosto e seus olhos avelãs estavam nublados com emoções que Gwyn não reconheceu.
A fêmea suspirou e seguiu em direção ao encantador de sombras.
A mãe sabia como ela queria se afundar naquele corpo e não emergir por um bom tempo, no entanto, ambos precisavam conversar antes da missão nas próximas horas.
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Nestha estava deitada nos braços de Cassian, o corpo languido e satisfeito após a última rodada de sexo que compartilhou com seu parceiro, melhor amigo e agora marido.
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LIBERTA-ME
RomanceGwyneth Berdara, a fêmea, a sacerdotisa, a Carynthian e a valquíria, seguia trilhando seu caminho para fora da escuridão, do luto e da dor. Azriel, o mestre espião da corte noturna, que nasceu em volta à sombras e viveu por muito tempo na escuridão...