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Infelizmente acordo ouvindo o meu despertador apitar, hoje era domingo e eu não sei porque ele estava ligado.

— Ah, finalmente acordou, já estava na hora. — Vejo Aidan na minha frente com uma roupa de academia.

— Por que tá vestido assim? — Pergunto.

— Pra gente correr pelo quarteirão, faz bem para nossa saúde. — Aidan diz e eu reviro os olhos.

Olho para o despertador e eram 7 horas da manhã.

— VOCÊ ME ACORDOU 7 HORAS DA MANHÃ DE UM DOMINGO? — Grito levantando da cama rapidamente.

Aidan arregala os olhos assustados.

— Vou te matar. — Digo avançando em Aidan.

— Não me mata não, fiz isso pro nosso bem. — Aidan diz se afastando até ficar encostado na cama.

— Vou matar sim. — Digo tentando ameaçar-lo.

Empurro Aidan na cama e subo no seu colo, aperto seu pescoço para enforcar-lo de brincadeira.

— Socorro, vou chamar a polícia. — Aidan diz fingindo que está morrendo e ao mesmo tempo rindo.

— Não tem ninguém por perto pra te salvar. — Digo dando socos fracos em seu peito.

Aidan fingiu desmaio.

Em um momento inesperado, Aidan levanta ficando sentado comigo ainda no seu colo, o mesmo me gira na cama me deixando por baixo dele e segura meus pulsos a cima da cabeça.

— Agora eu te peguei. — Aidan diz e eu reviro os olhos.

Ficamos em silêncio, eu odeio esse silêncio.

Aidan olhava diretamente pra mim, e eu o encarava de volta, nossas respirações estavam fortes, o cabelo de Aidan estava bagunçado e suas pupilas bem dilatas, aposto que meu cabelo também estava um ninho no momento.

Até eu ouvir a voz na minha cabeça "Você não pode beijar-lo" e como parecia um pensamento compartilhado, Aidan sai de cima de mim e sai do quarto.

Sento na cama com o coração acelerado e os pensamentos inadequados na minha cabeça, Merda s/n.

Levanto da cama e vou até o meu banheiro tomar um banho e colocar uma roupa de correr, já que Aidan disse que era para nossa saúde.

Coloco uma saia preta de academia e um top preto também, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e desço as escadas vendo Aidan bebendo café.

Vou até a fruteira e pego uma maçã verde, minha preferida.

Aidan nem disfarçava o quanto tava olhando para o meu corpo como se ele fosse me comer ali mesmo.

— Quer uma foto? dura mais. — Digo o provocando.

— Vamos logo. — Aidan coloca a xícara na pia e abre a porta de casa.

Fomos correndo pela rua inteira, Aidan tinha um relógio nos pulsos para ver os batimentos cardíacos, e eu não sabia o motivo, aquilo servia apenas para pessoas que tinham doenças.

Eu já estava ficando cansada e soada, já estávamos perto da praça que ficava bastante cheia a noite por sempre ter barraquinhas de comida e show ao vivo, mas de manhã não tinha ninguém.

— Aidan, vamos descansar. — Digo colocando as mãos no joelho.

— Falta mais um pouco s/n, vamos descansar na praça lá na frente. — Aidan diz e eu bufo voltando a correr.

Começo a correr mais rápido que Aidan o passando.

— Ei, assim não vale. — Aidan diz correndo mais ainda.

— Corre mais, frangote. — Digo correndo mais rápido ainda.

Eu estava ganhando a corrida, até sentir duas mãos em minha cintura me puxando pra cima.

— SOLTA. — Digo.

Aidan estava comigo em seu colo, novamente.

— Você perdeu. — Aidan diz e eu começo a rir cansada.

— Você roubou. — Digo.

Aidan me solta do seu colo e desce até a praça.

Essa praça é tão linda, sempre amei vir aqui.

Vou até a ponta do lado que haviam patinhos nadando com seus filhotes e me sento na grama.

— Aqui é lindo. — Aidan diz sentando ao meu lado.

— É sim. — Digo olhando para o lago.

Eu e Aidan ficamos conversando sobre vários assuntos aleatórios até vermos que algumas pessoas já tinham vindo para a praça, provavelmente já era a hora do almoço.

— Vamos pra casa, temos que almoçar. — Digo levantando da grama e passando a mão nos lugares sujos.

Dessa vez, fomos andando e não correndo até em casa, chegamos e eu fui direto para o banho.

Enquanto eu me secava no quarto, sentia um cheiro muito bom de comida fresca.

Coloco um vestido soltinho e meu chinelo e desço as escadas sentindo o cheiro ficar mais forte.

— Tá fazendo o que? — Pergunto entrando na cozinha.

— Arroz, feijão, frango empanado e batata frita. — Aidan diz mexendo nas panelas.

Meus olhos brilham na hora, era simplesmente a melhor comida do mundo.

— Como você sabe que é minha comida preferida? — Digo chegando perto do fogão.

— Na verdade, eu não sabia, só fiz porque é minha comida preferida também. — Aidan diz e eu arregalo os olhos sorrindo.

— Simplesmente a melhor comida. — Digo.

— Pode se servir, tá pronta. — Aidan diz.

Coloco comida no meu prato, eu não como muito mas quando é esse tipo de comida, eu até repito o prato.

(...)

Como, esperado eu havia comido duas vezes e agora eu estava esparramada no sofá com a barriga cheia.

Resolvi colocar supernatural na TV, meus olhos estavam quase fechado de sono, sempre sinto sono depois de almoçar, e de bônus eu tinha acordado cedo então meu sono tava o dobro.

— Vai dormir? — Aidan aparece na minha frente.

— Eu vou, to morrendo de sono. — Digo.

— Vai pra cama então. — Aidan diz e eu assinto.

Levanto do sofá cambaleando de sono e subo as escadas, entro no meu quarto e fecho as cortinas, ligo o ar-condicionado e a led roxa.

— Nossa, que maneiro. — Aidan diz olhando para a led. — Bom, eu vou descansar também.

Por que eu estou com vontade de chamar-lo pra dormir aqui?

— Quer dormir aqui? — Pergunto rapidamente e depois arregalo os olhos com a minha pergunta.

Merda!

— Sério? — Aidan pergunta.

Assinto envergonhada.

Minha cama era gigante, então não tinha problema nenhum ele dormir aqui, podíamos dormir afastados.

Aidan tira seu chinelo e sobe na minha cama se deitando no canto, eu simplesmente odeio deitar no canto de qualquer cama, eu me sinto sufocada e com falta de ar.

Me viro de lado e me cubro fechando os olhos, e por incrível que pareça eu não estava me sentindo desconfortável e sim segura.

Tʜᴇ sᴜʙsᴛɪᴛᴜᴛᴇ ᴛᴇᴀᴄʜᴇʀ ᵃⁱᵈᵃⁿ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora