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Meus pés batiam constantemente no piso branco do hospital, eu estava nervosa e minha crise de ansiedade já batia na porta mas eu tinha que me acalmar, não aconteceria nada e ficaria tudo bem.

— Senhorita Leblanc? — O médico me chama e eu levanto da cadeira rapidamente.

— Ele tá bem? — Pergunto.

— Ele tá bem sim, os sintomas foram causados pela quimioterapia que ele anda fazendo, que são um pouco mais fortes da que ele fazia antes mas eu posso garantir que as mais fortes são as melhores. — O médico diz e eu suspiro aliviada.

— Eu posso ver-lo? — Pergunto.

— No momento ele tá sedado pelos remédios e tá descansando mas pode ver-lo. — O médico diz e eu assinto andando até o quarto.

Entro no quarto me deparando com Aidan deitado na maca de hospital com tubos ligados em seus braços e alguns negócios estranhos grudados em seu peito.

Puxo a poltrona no canto do quarto e me sento ao lado da cama e seguro sua mão gelada.

Com a mão desocupada vou para o seu cabelo fazendo carinho até eu sentir os mesmos soltos na minha mão, arregalo os olhos na mesma hora.

Seu cabelo estava caindo.

Limpo minha mão rapidamente e não consigo segurar minhas lágrimas só de imaginar a tristeza do Aidan quando fosse raspar o seu cabelo.

Sinto um aperto em minha mão, Aidan estava acordando.

— Aidan. — Levanto rapidamente da poltrona.

— O-oi. — Aidan diz com dificuldade e com a voz baixa.

— Você tá melhor? — Pergunto.

— Um pouco, mas vou melhorar amor. — Aidan diz e eu dou um sorriso aliviada.

— Eu tenho muito medo de te perder. — Digo sentando novamente e colocando minha testa na cama.

— Mas você não vai me perder, vou ficar no seu pé por muito tempo. — Aidan diz e eu dou uma risada.

— Você tá com fome? eu vou trazer algo pra você comer. — Digo levantando da poltrona e saio do quarto sem deixar ele responder.

Ele precisava comer, mesmo se ele dissesse "não" eu enfiaria a comida na garganta dele.

Chamo a enfermeira para dar a refeição a ele e a mesma leva uma bandeja com uma maçã, um sanduíche e um suco.

— S/n, não precisava. — Aidan diz emburrado.

— Para de ser teimoso e come. — Digo brava. — Se você comer tudinho eu te recompenso quando você receber alta.

Aidan sorri malicioso e pega o sanduíche na mesma hora e enfia na boca.

Esqueci que a enfermeira estava no quarto e acabei virando meu olhar para a mesma que tinha os olhos arregalados mas tentava disfarçar, dou uma risada e a mesma sai da sala.

— Tadinha. — Digo ainda rindo.

— Você vai passar a noite aqui? — Aidan pergunta e eu assinto. — Não vai não, vai dar uma volta e volta pro hotel, não vou deixar você dormir em uma poltrona desconfortável.

— E desde quando você manda em mim, hein? — Pergunto cruzando os braços.

— Eu não mando, você que manda em mim. — Aidan diz e eu dou um sorriso.

— Tudo bem, eu vou mas eu volto amanhã pra te buscar, ok? — Pergunto e Aidan assente.

Chego perto do moreno e seguro seu rosto lhe dando um selinho.

(...)

Resolvi andar pelas ruas de pedra movimentada com vários turistas, tinha vários restaurantes, lojinhas e mais outras coisas.

Resolvo comprar uns dois biquínis e algumas roupas chiques, depois fui até uma lanchonete simples e pedi um hambúrguer com batatas fritas. Não fiquei andando por muito tempo e logo voltei para o hotel, não dava pra se divertir muito sozinha com Aidan nessas condições, queria que ele estivesse comigo.

Entro no quarto de hotel largando as sacolas no canto do quarto e abro a porta da varanda junto com a cortina sentindo a brisa do mar, me deito na cama apenas observando a paisagem a minha frente e logo adormeço.

Tʜᴇ sᴜʙsᴛɪᴛᴜᴛᴇ ᴛᴇᴀᴄʜᴇʀ ᵃⁱᵈᵃⁿ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora