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Já estávamos no hospital, Aidan estava sentado em uma poltrona fazendo seu tratamento enquanto eu estava sentada ao seu lado.

— Vou buscar algo pra comer. — Digo e Aidan assente fraco.

Ele estava com a cabeça deitada na poltrona e os olhos fechados, esse tratamento deixava ele bem fraco e cansado.

Vou até uma máquina de biscoitos e doces no corredor e pego um pacote de Doritos e ao lado outra máquina com refrigerantes, resolvo pegar uma Pepsi.

Vejo o médico saindo da sala e vou até o mesmo.

— Oi doutor. — Digo.

— Oi, s/n né? — O médico diz e eu assinto. — O tratamento de Aidan já está acabando, mais um e ele ja está livre.

— Ai que bom. — Suspiro aliviada.

— Porém, o câncer ainda não saiu totalmente do corpo dele, ainda deve ter uns 10%, isso é bem pouco mas pode ser bem perigoso também. — O médico diz e eu já fico apreensiva.

— Mas não tem risco dele?...você sabe. — Pergunto.

— Eu queria dizer que não, mas não sabemos, é pouca a chance dele ter complicações mas ainda sim, pode acontecer. — Ele diz.

Suspiro chateada.

— Mas vai ficar tudo bem, Aidan é um homem forte e vai superar. — O médico diz e eu assinto dando um sorriso fraco.

— Obrigada Doutor. — Digo e volto para a sala onde Aidan estava.

— Oi. — Aidan diz.

Ele já estava melhor e não estava mais fraco da quimioterapia

— Tá melhor? — Pergunto.

— Sim, o tratamento acabou por hoje. — Aidan diz enquanto uma enfermeira tirava uma agulha de seu braço. — Você quer sair pra algum lugar hoje?

— São três horas da manhã Aidan. — Digo rindo.

— Idai? — Aidan diz dando de ombros. — Eu to com vontade de sair.

— Eu tive uma ideia. — Digo sorrindo.

(...)

— Por que estamos subindo um morro? — Aidan pergunta confuso.

— Você vai ver. — Digo.

Antes de vir-mos para cá, voltei pra casa e peguei algumas coisas para trazermos, a três semanas atrás eu aluguei um carro até eu conseguir comprar um, não dava pra ficar gastando dinheiro com Uber toda vez então preferimos alugar um carro.

Paro o carro no morro, na ponta dele.

Deixo o carro de costas para a cidade a baixo do morro e abro a mala do carro, eu trouxe um colchão inflável de casal, cobertores e comidas.

— A gente vai dormir na mala do carro de frente para a cidade e olhando o céu? — Aidan pergunta com os olhos brilhando e eu assinto.

— Bom, eu sempre quis fazer isso mas eu não tinha ninguém especial pra fazer. — Digo. — Agora eu tenho.

— Meu deus, eu te amo demais, você é a mulher da minha vida. — Aidan diz e me pega no colo me rodando.

— Aidan! — Dou um gritinho assustada mas começo a rir. — Me solta.

(...)

— O céu tá lindo demais hoje. — Digo deitada no colchão dentro da mala.

— Tá sim! — Aidan diz mas eu tenho certeza que ele não estava olhando pro céu.

— Para de olhar pra mim, eu tenho vergonha. — Cubro meu rosto com o cobertor.

Aidan dá uma risada.

— Acho melhor a gente se vestir, já está ficando frio. — Digo sentando no colchão levando o cobertor comigo já que eu estava nua.

Um céu bonito, um momento romântico e algumas cervejas, não conseguimos evitar as vezes.

— Não se veste não, eu gosto de te ver assim. — Aidan diz malicioso.

— Gosta é? — Digo deitando novamente e avançando para os seus lábios.

E lá vamos nós novamente.

(...)

— Eu to morta Aidan, chega. — Digo respirando forte e totalmente suada. — Já transamos cinco vezes.

— Acho que a gente se empolgou. — Aidan diz abraçando meu corpo nu e eu me deito em seu peito.

— Você acha? — Pergunto rindo.

Aidan se senta no colchão e pega suas roupas para colocar de volta, menos a blusa já que eu roubei do mesmo pra usar.

Visto minha calcinha de volta e a blusa gigante do Aidan.

— To morrendo de fome e sede. — Digo.

Aidan pega uma bolsa térmica que tinha algumas garrafas de água e refrigerantes e outra bolsa com comidas.

Pego uma garrafa de água que estava geladinha e a bebo em segundos, sexo dá muito sede, até parece que ficamos 5 anos sem beber nada.

Pego um sanduíche natural e o como sem pressa dessa vez.

Depois de comermos, deitamos novamente no colchão e ficamos olhando o céu em silêncio, um silêncio confortável.

Me agarro ao corpo de Aidan e enfio meu rosto em seu pescoço sentindo seu cheiro de bebê, ele literalmente tinha cheiro de bebê.

Depois de alguns minutos, já tínhamos adormecido.

Tʜᴇ sᴜʙsᴛɪᴛᴜᴛᴇ ᴛᴇᴀᴄʜᴇʀ ᵃⁱᵈᵃⁿ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora