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— Eu quero sair daqui! — Grito no brinquedo que me girava de cabeça pra baixo. — É serio Aidan.

— Calma princesa. — Aidan ri segurando minha mão.

— Não tem graça. — Digo nervosa.

Finalmente o brinquedo estava parando.

— Eu nunca mais vou nisso. — Digo suspirando aliviada.

As grades do brinquedo se abrem e eu desço rapidamente mas quase caio no chão de tontura, sorte que Aidan me segurou.

— Vamos em qual agora? — Aidan pergunta.

— Que tal um mais leve, uh? — Pergunto. — Roda gigante.

— Tudo bem, vamos. — Aidan entrelaça nossas mãos e fomos andando até a roda gigante que tinha uma fila pequena.

A roda gigante era linda, tinha luzes azuis por todo o lado, um brinquedo bem romântico.

— Proximos! — O carinha da roda gigante diz.

Entramos na cabine e sentamos um do lado do outro.

— Ufa, ficamos sozinhos. — Aidan diz malicioso e eu retribuo o sorriso.

Ficamos olhando a paisagem lá de cima e trocando alguns beijos, nada demais.

— Agora vamos na montanha russa. — Aidan diz puxando meu braço para o brinquedo.

— Eu vou passar mal. — Resmungo mas não neguei de entrar, amo montanhas russas.

A montanha russa era bem grande, tinha até uma volta que fazia a gente girar de cabeça pra baixo, quase morri mas estou bem.

— Aidan, eu vou vomitar. — Digo saindo do brinquedo e correndo até uma lixeira.

E eu vomitei mesmo.

Aidan vem atrás de mim e segura meu cabelo em um rabo de cavalo para não sujar.

— Você precisa comer algo. — Aidan diz pegando uma toalhinha e limpando minha boca. — Vamos.

To tonta.

Fomos até aquelas lanchonetes que ficavam em volta do parque, sentei em uma mesa enquanto Aidan foi pedir algo pra comer.

O mesmo volta alguns minutos depois com um pratinho de batata frita, outro com dois hambúrgueres e dois refrigerantes.

— Hmm. — Digo olhando as comidas chegando até mim.

Pego meu hambúrguer e dou uma mordida generosa e pego algumas batatas.

— Ta com fome mesmo em. — Aidan diz e eu o olho com a boca cheia.

Pareço um esquilo.

— Claro, a gente não come isso todo dia, eu tava morrendo de vontade de comer um hambúrguer. — Digo bebendo o refrigerante. — E essa coquinha gelada então.

Aidan dá uma risada e começa a comer também.

(...)

Depois de irmos em quase todos os brinquedos e comermos algumas besteiras, fomos embora pra casa.

— Eu to muito cansada. — Digo me jogando na cama.

— Toma um banho e descansa, daqui a pouco eu vou sair para ir no hospital. — Aidan diz e eu nego.

— Não, eu vou com você. — Digo. — Ja disse.

— Você é muito teimosa. — Aidan diz revirando os olhos e eu dou de ombros.

(...)

— S/n. — Ouço alguém falar baixinho.

Abro os olhos vendo Aidan sentado na ponta da cama.

— Eu to indo pro hospital, você desmaiou ai na cama, vai vir comigo mesmo? — Aidan diz e eu assinto logo levantando da cama mas sinto uma tontura que me fez quase cair se Aidan não tivesse me segurado.

— Ei, não levanta tão rápido assim, a pressão cai. — Aidan diz rindo.

Coloco um moletom e uma calça jeans e um tênis, entramos no carro e Aidan foi dirigindo já que eu estava quase desmaiando de sono.

Em alguns minutos já tínhamos chegado no hospital, o médico falou conosco dizendo que hoje era o último tratamento de Aidan e que ele passaria por alguns exames pra saber se o câncer tinha sido curado.

Aidan estava sentado na poltrona tomando soro e eu estava ao seu lado.

Me distrai em alguns segundos fechando os olhos e me encostando na poltrona quando vejo Aidan com os olhos fechados.

— Aidan, você não pode dormir se não o tratamento não dá certo. — Digo mas Aidan não responde.

— Aidan. — Balanço seu corpo mas o mesmo estava mole e quase tombando para o lado.

— Meu deus. — Levanto no desespero e chamo alguma enfermeira.

A mesma checa o seu pulso e me olha com pena.

— O que foi?? — Pergunto nervosa.

— O coração dele tá batendo muito fraco, precisamos levar ele para um quarto. — A enfermeira diz.

— Então chamem. — Grito já com os olhos marejados.

Apareceram na sala alguns enfermeiros trazendo uma maca e o médico.

— Doutor, ele não tá bem. — Digo já chorando. — Cuida dele, por favor.

— Eu vou fazer o possível senhorita. — O médico diz. — Levem ele.

E a última coisa que eu vi foi ele indo para um quarto com outros enfermeiros atrás e o seu corpo totalmente pálido e mole.

Tʜᴇ sᴜʙsᴛɪᴛᴜᴛᴇ ᴛᴇᴀᴄʜᴇʀ ᵃⁱᵈᵃⁿ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora