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"Precisamos nos encontrar". — Digito uma mensagem para Aidan.

"Como?" — Logo alguns minutos depois Aidan responde.

"Na praça do centro da cidade, lá é bem longe daqui e não tem risco de alguém nos ver" — Mando a mensagem.

"Ok, te encontro lá" — Aidan manda.

Deixo o telefone em cima da cama e vou para o banheiro me banhar.

Depois do banho visto uma calça jeans, um moletom preto simples e uma touca, o tempo tinha esfriado bastante nesses dias, to achando até que vai nevar.

Saio do quarto pela primeira vez em dias, a casa estava silenciosa, provavelmente meus pais tinham ido trabalhar, como eu não estava saindo do quarto eles pensaram que eu não sairia de casa pra nada.

Pego a chave do meu carro e saio com ele pela garagem e dirijo até a praça, demoraria uns 30 minutos pra chegar por ser um pouco longe mas assim é mais seguro.

Ja dirigindo por uns 20 minutos chego no centro da cidade que vivia cheio, tem muitas lojas e restaurantes espalhados e assim dando clientes ou turistas, sem contar a praça que é gigante e tem várias atividades nela.

Estaciono meu carro em frente à praça mesmo, desço do carro e o tranco já descendo as escadas da praça.

E lá estava ele, sentado em um banquinho com um saquinho de pipoca na mão, chego perto do mesmo com cuidado e silêncio e coloco minhas mãos em seus olhos.

— Quem é? — Aidan pergunta mas não respondo. — Hm, não faço ideia de quem é.

Reviro os olhos rindo e tiro minhas mãos tendo a visão dos seus olhos verdes.

— Oi. — Digo sorrindo e me sento no seu colo de com as pernas de lado.

Só de ver-lo na minha frente minha felicidade tinha ido de 0 pra 100 em segundos.

Aidan não diz nada, apenas me da um abraço apertado, o abraço que eu senti tanta falta.

— Eu senti tanta saudades. — Aidan diz sussurrando no meu pescoço.

— Eu também, você não tem noção. — Digo saindo do abraço e acariciando seu rosto que ainda estava machucado.

Sua sobrancelha ainda estava um pouquinho inchada e o canto da sua boca tinha um arranhão.

— Por que você tá machucada? — Aidan pergunta percebendo meu rosto machucado.

Abaixo a cabeça lembrando do que aconteceu, só de pensar naquilo dava vontade de chorar novamente.

— S/n. — Aidan levanta meu rosto segurando meu queixo. — Seu pai te bateu?

Suspiro fechando os olhos para não me derrubar em lágrimas, assinto ainda sem olhar pra Aidan.

— Olha pra mim. — Aidan diz e eu abro os olhos. — Você não merece passar por isso, me desculpa.

— Não precisa pedir desculpas. — Digo. — O meu pai que é um babaca, a culpa é dele, isso sim.

Ficamos em silêncio por alguns minutos apenas aproveitando a companhia um do outro, Aidan fazia um cafuné em meu cabelo enquanto eu estava deitada em seu peito ainda no seu colo.

Até eu lembrar da nossa fuga, a coisa mais importante eu tinha esquecido de falar.

— Nós vamos embora amanhã. — Digo rapidamente.

— QUE? — Aidan grita e eu arregalo os olhos colocando a mão em sua boca.

— Não surta. — Digo ainda com a mão na sua boca a tampando. — Eu comprei as passagens e já reservei o hotel, nós vamos amanhã.

Tiro minha mão com calma.

— Por que não me avisou isso antes? — Aidan diz desesperado. — Eu não arrumei minhas malas, tenho que procurar meus documentos, eu tenho que ir no banco pegar o único dinheiro que eu tenho.

— Ei! — Digo segurando seu rosto. — Se acalma, nosso voo é só de madrugada, da tempo de fazer tudo que você quiser.

— Você é louca. — Aidan diz sorrindo. — Não acredito que a gente vai fugir mesmo.

— Eu não tenho mais motivos pra ficar aqui, eu quero viver os meus sonhos e você faz parte deles. — Digo e Aidan avança para os meus lábios me dando um beijo lento.

— Ta bom, eu vou arrumar tudo e a gente vai se encontrar no aeroporto, certo? — Aidan pergunta e eu assinto.

— To nervosa. — Digo rindo de nervoso. — Meus pais vão me odiar mas do que eles já tão odiando.

— Bom, nem pais eu tenho. — Aidan diz e eu o olho triste.

— Vamos comer em algum lugar? — Pergunto e Aidan assente.

Levanto do seu colo e fomos saindo da praça com as mãos entrelaçadas e logo entramos em uma lanchonete.

Espero que tudo dê certo amanhã!

Tʜᴇ sᴜʙsᴛɪᴛᴜᴛᴇ ᴛᴇᴀᴄʜᴇʀ ᵃⁱᵈᵃⁿ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora