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Até que a casa era grande mesmo, na minha casa antiga não tinha nem piscina e nessa tem uma gigante, a casa tinha um muro branco um portão de madeira enorme na frente com a inicial do nosso sobrenome, achei brega mas resolvi não questionar.

O jardim da frente era enorme, tinha um chafariz e árvores por todos os lados, no quintal de trás havia a piscina e a parte de festas, churrasqueira, algumas espreguiçadeiras e banquinhos no bar de bebidas.

Eu não tinha nem palavras pra descrever como era a casa por dentro, só sei dizer que é gigante, meu quarto é o dobro do antigo, tenho um banheiro maior com uma banheira e eu tenho paredes de vidro em uma parte inteira com cortinas enormes pra tampar a luz do dia, minha devia caber umas cinco pessoas, era bem alta e enorme.

Também tem um closet com minhas roupas antigas e roupas novas também, sapatos, jóias e maquiagens, aposto que meus pais compraram tudo novo pra me compensar, mas isso não me faria sentir menos raiva e nojo deles.

Na parede de frente para minha cama havia uma TV maior que meu banheiro antigo e a baixo havia um hacker com várias coisas para enfeitar o quarto da minha cor preferida.

Confesso que amei minha casa nova mas eu ainda não estava feliz, ficar no mesmo ambiente que meus pais, não era a mesma coisa de antes, não conversávamos mais como antes, não conto mais nada pra eles e nem peço mais nada, eles ficam me dando as coisas sem eu pedir como se isso fosse mudar minha vida.

Finalmente meu pai devolveu meu telefone, quer dizer, ele comprou outro telefone pra mim com tudo novo, não tenho mais minhas redes sociais e nem os números das minhas amigas e nem o do Aidan, ele comprou exatamente por isso.

Eu teria que arrumar um jeito de conseguir o número das minhas amigas e o do Aidan, faria redes sociais novas, eu não tinha problema com isso, eu nem mexia tanto no celular antes mas agora é diferente, eu continuaria sem sair de casa, estudando presa no meu quarto e não vendo ninguém, eu precisava das minhas amigas.

— Filha, eu trouxe uma coisa. — Minha mãe entra no quarto com um papel na mão.

— O que? — Pergunto indiferente.

— Não conte para o seu pai. — Minha mãe estica o papel em minha mão.

No papel estavam escrito vários contatos do meu celular antigo, principalmente os das minhas amigas, o único que não tinha era o do Aidan.

— Como conseguiu? — Pergunto.

— Tenho meus esquemas. — Minha mãe diz e eu faço uma careta.

— Ok, obrigada. — Digo largando o papel na cama.

— Filha, por favor, converse comigo. — Minha mãe diz. — A gente nunca mais conversou.

— Conversar o que? eu não tenho nada de bom pra falar, afinal, eu nem saio de casa pra contar alguma novidade. — Digo grossa.

Minha mãe suspira.

— Você quer voltar pra escola? — Minha mãe pergunta e eu viro meu rosto rapidamente encarando o seu.

— Quero. — Digo tentando não demonstrar animação.

— Eu vou conversar com o seu pai, eu não garanto nada mas eu vou tentar. — Minha mãe diz. — O seu professor ainda trabalha lá, então provavelmente seu pai vai dar um jeito de ele não trabalhar.

Eu não posso deixar Aidan ser demitido.

— Por favor, não deixa meu pai demitir Aidan, ele não merece. — Digo.

— Ta bom, agora vá descansar. — Minha mãe diz e sai do quarto.

Eu precisava voltar pra escola e passar o maior tempo possível com minhas amigas antes do meu plano, eu espero que de certo, e Aidan fazia parte dele.

(...)

Acordo vendo que já estava de noite, olho o telefone e vejo que já são 20:30 da noite, sinto o cheiro da comida da minha mãe de longe, eu estava morrendo de fome, desço as enormes escadas de vidro indo até a cozinha onde minha mãe preparava algumas coisas.

— O jantar tá pronto? — Pergunto.

— Sim, vamos jantar na mesa, seu pai quer conversar com você. — Minha mãe diz e eu assinto.

Vou até a mesa onde meu pai já estava sentado esperando a comida, me sento o mais longe possível dele, eu ainda tinha medo dele me bater de novo, o meu próprio pai me causou traumas.

Finalmente minha mãe vem trazendo a comida para a mesa e se sentando na cadeira para nos servirmos.

— Então, sua mãe conversou comigo sobre você voltar a escola. — Meu pai diz e eu levanto minha cabeça rapidamente.

— E então? — Pergunto esperançosa.

— Você vai voltar a escola. — Meu pai diz e eu respiro aliviada. — Mas com uma condição, você andara com um segurança e ele será contratado para não deixar você chegar perto daquele professor ou você chegar perto dele.

Me seguro para não revirar os olhos ou falar algum palavrão, olhar pra cara do meu pai me dava nojo e raiva, ele estava achando que eu tinha amolecido, que eu estava virando uma filha melhor, mais obediente e que não faria mais merda nenhuma.

Mal sabe ele o plano que corria em meus pensamentos, ele nunca vai ter a filha que ele sempre sonhou e nada e nem ninguém vai me mudar de um dia pro outro, eu estou quieta no meu canto apenas me preparando pro que vem depois.

— Ok. — Digo. — Aceito a condição.

o que vocês acham que a s/n ta planejando? 🤨

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o que vocês acham que a s/n ta planejando? 🤨

Tʜᴇ sᴜʙsᴛɪᴛᴜᴛᴇ ᴛᴇᴀᴄʜᴇʀ ᵃⁱᵈᵃⁿ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora