Nada muito diferente aconteceu depois da conversa com Rin na sala. Almoçamos, conversamos sobre a grande volta da escola e tentei descobrir um pouco mais daquela mulher que entrou na vida do meu tio.
O nome dela era Haru, professora, dava aula para as criancinhas bem pequenininhas, aquelas do maternal, sabe. Achei fofo, pelo menos ela sabia cuidar de criança. Tinha 30 anos, um ano mais nova que meu tio. Tinham se conhecido em uma festa que um amigo em comum tinha dado, o mesmo apresentou os dois e eles foram conversando. Acharam que não ia resultar em nada, mas hoje completam um mês de namoro.
- Nossa tio, nem me falou né? Ok, eu entendo, nesses momentos a gente vê quem é de verdade...
- Você também não me contou que estava namorando mocinha! Nem venha.
- Ele não é meu namorado! - falei como se fosse uma criança birrenta, tirando algumas risadas da minha mãe, Haru e Rin, que ficou meio sem graça por conta do meu pai olhando pra ele como se fosse tirar pedaço.
Levei Rin ao meu antigo quarto daquela casa. Era cheio de desenhos que eu e meu tio fizemos, todos colados na parede, um edredom e fronha de unicórnio combinando, uma mesinha pequena rosa para fazer as "obras de arte" e um espelho com vários adesivos de arco-íris colados em volta.
- Você era uma criança bem... colorida. - parou para olhar pela janela que tinha a visão para a frente da casa - Posso fumar aqui, abro a janela, nada de mais.
Afirmei com a cabeça, meio preocupada se ele já não estava usando demais. Quando o conheci, gastava um maço por dia, hoje aumentou alguns de outra caixa, sem contar nos baseados que ele bolava de vez em quando.
- Rin... aconteceu alguma coisa? Sabe que pode me contar, né?
Ele ficou um tempo em silêncio, sentado na janela olhando para o nada.
- Nada que você deva se preocupar, princesa.
- Rin, não venha com isso, se você me contar a gente pode dar um jeito e...
- Não é dar um jeito, S/n! - disse se levantando bruscamente, apagando o cigarro - Isso é coisa minha e do meu pai.
Algum tempo depois, nos despedimos de Haru e meu tio, foi uma visita com muitas emoções, de fato.
No carro, novamente fui dormindo, dessa vez, dividindo o fone com uma playlist dele. A última música que eu me lembro antes de dormir profundamente no aconchegante ombro de Rin, foi Summertime Sadness - Lana Del Rey.
Rin - vizinho
Tá aí?
Eu passo dia todo no celular, você sabe disso
mas fala.
Vai ter um rolê com alguns amigos meus, quer ir?
Tá, eu vou
Beleza, te pego as 20
Bem, tinha uma hora e meia. Não demoro muito para me arrumar, já que uso praticamente a mesma roupa todos os dias, mas como ia ver gente nova, tinha que ir mais arrumadinha.
Coloquei um calção preto meio soltinho com uma meia arrastão e uma blusa por dentro do calção. Coloquei o coturno preto, meu maior companheiro em qualquer ocasião. Alguns anéis, uma correntinha prata com pingentes de borboleta e um brinco pequeno preto. De maquiagem, apenas passei corretivo em minhas olheiras e imperfeições, rímel e um delineado bem fininho, finalizando com um gloss.
Já era quase 20:00h, então mandei mensagem para Rin falando que estava pronto e avisando minha mãe que ia sair. A campainha tocou logo em seguida.
- Você está bonita, princesa. Quer dizer, você é bonita mas hoje se superou hein.
- Muito engraçado senhor Suna Rintarou, mas devo admitir que você está no mesmo nível de belezura que eu. - disse tirando uma risada dele.
Fomos a pé, não era muito longe do prédio, então estava tranquilo. Chegando lá, vi duas pessoas quase iguais, a não ser pela cor de cabelo, onde um tinha o cabelo loiro e o outro platinado.
- Suna, finalmente! - disse o loiro - E menina que veio junto com Suna também! Tem problema não viu, aqui é que nem coração de mãe, sempre cabe mais um! Eu sou o Atsumu, prazer.
- S/n. Rin disse que eu poderia vir, fico feliz de não ser um incomodo aqui.
- Você não vai ser nenhum incomodo, S/n, sou o Osamu.
Dei um sorriso para o platinado, descobrindo após algum tempo de conversa, que eram gêmeos.
Rin bolou um baseado com algumas coisas que trouxe de casa. Tinha falado com ele sobre eu estar preocupada, ele disse que já era bem grandinho e sabia se cuidar.
- Daqui a pouco os outros chegam - disse Rin - Princesa?
- Oi.
- Você nunca experimentou né? - falou se referindo ao baseado em mãos.
- Não, porque?
- Quer tentar? No começo é ruim, mas se depois da segunda você não gostar, eu não te ofereço mais, ok?
Fiquei pensando um pouco, mas o que custava experimentar? Igual, Suna não me faria mal algum, confiava nele nesse quesito. Afirmei com a cabeça, vendo ele me explicar como eu deveria fazer. Realmente, a primeira vez eu tossi um pouco pela fumaça, mas a segunda já não tinha tanto. Depois de um tempo começou a fazer efeito, tudo parecia mais leve.
Esse capítulo foi um pouquinho maior, mas espero que vocês gostem.
Desculpa os erros =D
Tomem água e beijão :^
VOCÊ ESTÁ LENDO
Suna, come right back. - suna rintarou
FanfictionS/n conheceu seu vizinho, depois disso sua vida se tornou cheia de drogas, bebidas, pessoas novas, traumas e amor. Ele é uma boa companhia para ela? Rintarou Suna, o exemplo da família por fora. Por dentro, o caos em forma de gente. Mas, ele só prec...