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- Oikawa! Que prazer imenso te ver por aqui. - falo abraçando o mesmo.

- Eu que diga, querida. Como estão os negócios?

- Muito bons para falar a verdade. Soube que a Fly trocou de dono. Sabe quem é?

- Não sei. Nem tinha ouvido falar que o velho Hai tinha saído.

- Ele não saiu, morreu. Achei que iam vir atrás de mim por algum tempo, mas, até agora nada. Dizem que foi aquela empresa do norte, a nova. Infelizmente não descobrimos nada sobre ela.

- Já ouvi sobre essa empresa. Eles não trabalham com drogas que não são em comprimido. É bem estranho o jeito que trabalham mas não quis me aprofundar muito já que vi que não eram concorrentes. - deu uma longa pausa observando as pessoas de longe - S/n, poderia vir comigo?

- Claro!

Oikawa me puxava pelo braço em direção a um canto com poucas pessoas e barulho. Não sabia o que o moreno estava querendo fazer, mas, continuei o seguindo.

- S/n...- disse me encostando na parede - Faz um tempo que eu queria fazer isso mas não sabia se você iria querer. Tipo, desde aquele dia na festa e tals. Resumindo, sempre te achei bonita e queria muito ficar com você.

- Tudo bem então, podia ter me perguntado isso bem antes que eu aceitaria.

Quando ele ia me beijar, meu celular tocou. Pedi desculpas a ele e respondi que era urgente, já o nome no visor era de meu pai.

- Alô? Pai está tudo bem?

- Filha, venha rápido. Sua mãe piorou.

Não o deixei falar mais nada, apenas desliguei e fui atrás de Kenma para falar que pegaria o carro e que era uma coisa familiar urgente. Ele sabia o estado de minha mãe e concordou falando que não era para me preocupar e que ele voltaria com Kuroo.

Fui o mais rápido possível até minha cidade natal, afinal, eram 100 km até lá. Nunca odiei tanto morar longe. Liguei o rádio para ver se me distraía um pouco. Coloquei numa rádio local, estava tocando Black Out Days - Phantogram, felizmente, gostava dessa música e ela me animou um pouco, apesar de não parar de pensar em como minha mãe estaria.

Alguns meses depois de eu sair da casa dos meus pais, minha mãe descobriu uma doença. Infelizmente, já era meio tarde para conseguir resultados 100% positivos. Nesses dois últimos anos ela piorou muito mais do que antes, e o médico já tinha alertado sobre a possibilidade dela vir a falecer. Nunca quis acreditar nisso, mas essa noite, estou realmente com medo.

Apenas os que moravam lá em casa sabiam sobre minha mãe, nunca falei para os outros por que não achava que eles deveriam saber. As vezes Suga ou Kuroo iam comigo ou uma das meninas e raramente Kenma. Ele dizia não gostar muito de hospitais e nunca o pedi e nem o forcei a ir, então apenas respeitava, já que também não gostava mas era minha obrigação ir ver minha mãe.

Cheguei no hospital, meu pai estava me esperando.

- Filha, que bom que conseguiu chegar. Venha, sua mãe está nesse quarto.

- Por que trocaram ela de quarto? Aquele não era bom? Tinha tudo o que ela precisava lá.

- Ela quase não usava aquele filha, decidi que você não precisaria pagar por tudo aquilo por praticamente nada. Ela só fica deitada e poucas vezes fala.

Eu pagava o quarto de minha mãe já que quase não fazia diferença para mim. Via meu pai olhar para baixo segurando para não chorar. Eu não estava diferente. Imaginar minha mãe e ver meu pai neste estado, era deprimente. Decidi não tocar mais no assunto e fui ao quarto que ele tinha dito.

- Mãe? Como está? 

- Minha filha, que bom te ver. Chegou bem? - disse minha amada mãe quase sem voz.

- Bem mãe. Não estou aqui para falar de mim não é? Sente dor? O que aconteceu?

- Se acalme um pouco. As mesmas dores de sempre, apenas mais fortes. Pedi ao seu pai para passar naquela padaria onde tinha aqueles biscoitos que você amava. Queria eu mesma fazer, mas no estado que estou não consigo nem me levantar. - falou pegando os biscoitos com as mãos tremulas.

Agradeci a ela com os olhos marejados. Ela estava péssima. Pálida, com olheiras enormes, manchas nos braços e os cabelos grisalhos. Nunca achei que minha mãe, mulher tão vaidosa, deixasse aparecer um fio branco de seus cabelos. 

- Filha, quero que saiba que eu te amo muito. Você é a coisa mais importante pra mim no mundo, seja feliz, aproveite sua vida, faça tudo o que você tem vontade. Ame e odeie. Não sei se eu vou estar aqui da próxima vez que nos encontrarmos, mas não é um adeus, e você sabe disso.

- É um até logo. 

- Exatamente. Ainda bem que você se lembra, tinha que repetir isso toda vez quando você ia na casa das suas amiguinhas e tinha saudades de casa. - disse rindo - Então, tome muito cuidado e seja paciente. Antes de vir para o hospital deixei uma caixa no guarda roupa, ela é dourada e tem seu nome. Vá lá e pegue. Eu te amo.

- Eu também te amo muito mãe. Você é a pessoa mais importante pra mim, você e o papai. Todas as vezes que você me pedia para tomar cuidado e eu não escutava, todas as vezes que você reclamava da minha roupa ou por que eu escutava música muito alta no banho. As comidas que você fazia pra mim, tudo. Eu amo tudo isso e você. Até logo, mãe.



Primeiramente, desculpa.

Tive férias essa semana e o fim de semana e ontem eu dormi. Eu tava precisando muito. As semanas anteriores foram provas e trabalhos, então me perdoem!

Espero que estejam bem. Estava meio em duvida se eu ia ou não continuar com a fic por que vi aquela discussão sobre "quem definiu que o Suna fuma?" enfim, coisas assim. Mas não vou parar, ela está na metade do caminho e eu não quero abandonar ela.

Se hidratem e descansem.


Suna, come right back. - suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora