Mason e a aposta

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Procurei meu amigo durante o intervalo e o olhei no mezanino, conversando com as líderes de torcida; bufei, quase batendo o pé com birra, porque eu odiava sentar ali com todas as minhas forças, mas Heath era paquerador quando queria e adorava as líderes de torcida. Subi como se tivesse um gigantesco peso em cima dos meus ombros e pedi licença para sentar ao seu lado, mas logo algumas as meninas se levantaram e foram embora: elas não gostavam muito da minha presença.

— A Dove me chamou pra sair — ele disse, radiante.

— Meus parabéns, agora podemos descer?

— Não, já estamos aqui. Anda, come — ele disse, enfiado um pedaço de maçã na minha boca. — Escuta, eu queria falar com você... Eu fui no seu trabalho ontem pra encontrar aquela garota do meu curso de culinária e eu vi aquela sua colega de trabalho...

— Lisa? — Disse, quando ele fez uma cara feia ao tentar lembrar o nome dela. — É, eu sei, ela odeia delinquentes juvenis e...

— Eu a conheço de algum lugar, Mason — ele me cortou. — Eu realmente a conheço de algum lugar por aí, mas eu não sei de onde.

— Impossível, Heath — disse, desacreditado. — Você viveu praticamente do outro lado do país esse tempo todo, como pode conhecer ela?

— Eu sei... — Ele disse, mas logo colocou o dedo pra cima, convicto de si. — Mas eu nunca esqueço um rosto, eu vou descobrir de onde ela é.

— Por que não pergunta pra ela? — Indaguei, roubando um pouco do refrigerante dele.

— Eu já perguntei, ela disse que era de Michigan. Mas eu nunca pisei em Michigan. Tudo bem, eu vou descobrir, estou decidido. Além diss-

Heath parou de falar e esticou a cabeça por cima de mim e depois distribuiu tapinhas pelo meu braço, quase tendo um surto e então, segurou meu rosto com as duas mãos e virou. E eu o vi.

— Olha como seu namorado tá super lindinho naquele moletom que quase faz as mãozinhas sumirem... Que coisa mais fofa... — Ele dizia com uma voz fina e uma expressão, sinceramente falando, hedionda, como se tivesse vendo um bebê recém-nascido sorrindo.

— Para de surtar, ele não é meu namorado, que chatice.

— Vocês ainda não conversaram, não é? Quando vai falar com ele?

Olhei para Jude, mas não prestei atenção na pergunta do meu melhor amigo, mas sim na expressão do menor, que parecia preocupado e estressado com alguma coisa; ele estava longe, praticamente não notou a minha presença. E sinceramente, eu mal notei as pessoas ao redor, pois caso tivesse notado, teria prestado atenção em Max que vinha de braços dados com uma Megan envergonhada.

— Bom dia, Mason — ela disse, sorrindo; a boca vibrante e um vermelho intenso e os olhos penetrantes com aquele olho de gato muito bem feito. Quem dissesse que Max não era estonteante estava com inveja.

— Oi, Mason — Megan disse e eu a cumprimentei. Ela estava envergonhada e se escondia atrás de Max, me deixando desconfortável com a situação; nosso encontro ela naquela noite, depois do jogo de futebol. Para que o clima não ficasse muito estranho, combinamos de comer no Teddy's e depois seguiríamos juntos para a festa na casa do Boston, porque ele estava certo de que venceríamos o próximo jogo.

— Oi, Megan — disse, forçando um sorriso.

— Escuta Mason, quer sair comigo na semana que vem? — Engasguei com o suco que bebia, tossindo logo em seguida; desconfiando, lancei um olhar a Megan.

— Max! — Exclamou Megan, sem entender aquela situação. — Meu Deus, você é muito cretina. Pra que eu fui confiar em você de novo?

Megan se levantou, mas Max foi mais rápida, puxando-a pelo braço, dizendo que ela iria gostar do final; Megan me encarou, e eu sinceramente não sabia como reagir àquilo, então apenas consegui segurar o olhar para ela por mais alguns segundos.

Quem Vai Conquistar Mason Harris? - Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora