Capítulo 47

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As coisas na festa da escolinha em que a mãe de Lily lecionava não poderiam ter sido mais mágicas e encantadoras para James Potter. O jogador de Quadribol encarava todos os objetos completamente maravilhado, com os olhos brilhantes tais quais os da ruiva na primeira vez que havia colocado os pés em Hogwarts.

E ao observá-lo ela sentiu seu coração dando piruetas, o sentimento tomando-a de uma maneira tão intensa que ela poderia chorar.

Considerando tudo o que havia passado no mundo bruxo, ver James Potter, alguém com o "sangue-puro" empolgado ao aprender mais a respeito dos trouxas e como eles vivem, apenas havia provado que ele era a pessoa com quem ela queria passar o resto de seus dias.

E ainda que ele tivesse feito todo aquele discurso a respeito de crianças, o grifinório sabia exatamente como lidar com elas, e a ruiva pôde assisti-lo dançar com um garotinho que estava sozinho e envergonhado demais para ir até a pista, tudo isso com um sorriso no rosto.

No final da noite, a senhora Evans não poderia amá-lo mais, e Lily sabia que durante todo o seu período em casa, o garoto cujos cabelos eram um verdadeiro caos seria o único assunto que sua mãe teria - e tudo bem, porque ela também não queria falar sobre outra coisa.

E então eles se despediram na varanda da casa da ruiva. A luz das estrelas iluminava a noite, mas não era tão brilhante quanto os olhos de ambos. Potter beijou a testa da garota demoradamente e ela sorriu, passando suas mãos em torno da cintura dele.

-Vai me ensinar a jogar futebol, né? -Ele perguntou e ela riu.

-Claro. -Ele sorriu, empolgado. -Quando Madame Pomfrey disser que está tudo bem, eu ensino.

Ele revirou os olhos, soltando o ar.

-Não vou conseguir te convencer antes disso, né?

-Não mesmo.

-Mas eu já estou bem! -Resmungou.

-Você disse isso uma vez sobre quando quebrou o pulso jogando Quadribol e Sirius achou que seria uma boa ideia testar suas habilidades como batedor. -Lily respondeu. -Eu nunca imaginei que o pulso de alguém poderia ficar com aquele ângulo.

-Por Merlin, você tem argumento pra tudo? -James resmungou e ela balançou a cabeça concordando. E então ele bufou.

-O que foi?

-Parece que estamos sendo observados. -Disse e ela olhou para a direção que ele indicava com a cabeça, encontrando Snape sentado na varanda da própria casa, com os olhos fixos nos dois.

-Quer entrar? -A ruiva disse, voltando os olhos para ele, um tanto abalada. Ela sempre ficava assim quando o assunto era Severus Snape.

-Não, tudo bem. -Murmurou. -Preciso ir antes que o Padfoot apareça aqui chorando de saudades da moto dele.

-O que vai fazer amanhã?

-Provavelmente ficar sentado pensando no quanto você é a pessoa mais linda do universo, ou seja, o mesmo de sempre. -Brincou e ela revirou os olhos, rindo. -Eu quero ver você.

-Será que depois de tudo nós finalmente teremos o nosso primeiro encontro? -A ruiva disse, com os olhos arregalados e ele riu também.

-Se você disser sim. -Ele deu de ombros.

-Como se fosse possível dizer outra coisa pra você.

-Olha, eu já ouvi diversas variações de respostas para essa pergunta, ruiva. A mais usada delas, foi "eu prefiro a lula gigante", inclusive. -Implicou e ela gargalhou.

-Você nunca vai se esquecer disso, não é? Vai usar contra mim para sempre!

-Você me torturou por três longos anos! É claro que vou usar isso contra você!

Ignore The EndOnde histórias criam vida. Descubra agora