Capítulo 38

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Os alunos tomavam o café da manhã normalmente, alguns conversavam sobre o baile que se aproximava, lamentando não terem sido convidados, enquanto Narcisa realmente andava pelos corredores como se fosse a rainha da escola. Lily não se importava muito, apenas iria porque devia isso ao professor Slughorn e sabia o quão empolgado ele estava para o evento.

O vestido de baile de Marlene havia servido perfeitamente. O pai da amiga, um dos médicos cirurgiões mais famosos do mundo trouxa costumava comparecer a jantares de gala com frequência e por isso sua amiga lhe deu várias opções de vestidos que ela poderia pegar emprestado.

As corujas com o correio atraíram toda a atenção dos alunos, ainda parecendo atordoados devido ao sono. Lily pegou seu jornal, curiosa para ler as notícias e sentiu seu coração apertar ao ver a manchete principal. O número de bruxos nascidos trouxas brutalmente assassinados aumentara e todos os corpos, sem exceção, foram encontrados com a marca de Você-Sabe-Quem sob suas cabeças. Ela sentiu o olhar de James em si por um momento. Ele também tinha um dos exemplares em mãos, mas ela decidiu não olhar de volta.

Potter manteve os olhos nela até sua atenção ser atraída para o pacote que era entregue a Sirius pela coruja da família Black. Ele deixou a mesa imediatamente, sendo seguido de perto pelos três amigos até o dormitório. O animago colocou a caixa sobre a cama e a encarou com medo de abrir.

-O que é? –Peter perguntou.

-Está fechado. –Sirius respondeu.

-Abre logo. –James mandou, preocupado.

-Eu não. E se for uma bomba ou algum objeto amaldiçoado?

-Sua mãe não faria isso, faria, Padfoot? –Pettigrew perguntou, com medo e recuando.

-E tem algo que ela não faria? –Lupin disse.

-Se eu morrer digam a minha mãe que eu a amo. –Potter pediu, antes de pegar o embrulho.

-Posso dizer isso pra Evans. –Black rebateu. Ainda não havia se conformado com o fato de que os dois ainda não haviam se acertado.

Os quatro encararam o embrulho nas mãos do capitão do time da Grifinória e, quando tiveram a certeza de que ele não explodiria, Sirius o puxou das mãos do amigo e abriu a caixa rapidamente. Eles se depararam com uma carta e o broche com o brasão da família Black que ela havia arrancado do uniforme do filho nas últimas férias.

Sirius abriu o envelope apressado, devorando cada palavra daquele pedaço de pergaminho. Quem será que havia morrido? Era isso o que havia acontecido, certo? Esse era o único motivo possível para ele receber uma carta de casa. A última delas havia sido entregue no dia em que Regulus havia chegado ao castelo e apenas dizia o quanto Sirius era uma decepção se comparado ao irmão.

Sirius,

Espero que possamos contar com sua presença no jantar de Natal deste ano. Sei que geralmente passa essa data comemorativa fingindo que é parte de outra família, mas você não é. Você é um Black e acho que finalmente está pronto para aceitar isso. Seu pai e eu estamos muito felizes. Seu tio Alphard e sua nova tia Constance estão vindo de muito longe para nos fazer uma visita após o Natal, então não se comporte como o garoto sem honra que eu com certeza não o criei para ser. Este é um jantar importante. Espero que as coisas no castelo estejam indo bem para você e seu irmão.

Atenciosamente, Walburga Black, sua verdadeira mãe.

Ele encarou aquele pergaminho por mais um tempo enquanto pensava no que aquilo significava. James, impaciente, tomou a carta de suas mãos e rapidamente os outros integrantes do grupo se juntaram ao redor dele para ler, todos ficando bastante surpresos.

Ignore The EndOnde histórias criam vida. Descubra agora