Capítulo 43

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Assim que Sirius desceu as escadas, os olhos de todos naquela família se voltaram para ele, descrentes que ele realmente estava fazendo parte daquele momento. Bellatrix logo ficou de pé, o rosto vermelho de raiva ia do primo para a tia, e quando ninguém disse nada, a prima Black foi a primeira a questionar:

-O que diabos ele está fazendo aqui?

-Estou tão feliz quanto você, Bella. -Sirius respondeu, se sentando ao lado do irmão.

Walburga Black andou até o filho mais velho, colocando as mãos nos ombros dele, que tremeu ao toque. Ele tinha medo do que ela poderia ou não fazer, mas respirou fundo e fez o possível para não demonstrar. Não daria aquele poder a eles quando sabia que era o que queriam.

-Ele é um de nós.

-Tem certeza? - Seu tio, Cygnus, perguntou.

-Ele fez por merecer o direito de estar aqui hoje. -Orion respondeu, dando o assunto como encerrado. Quando sua esposa o soltou, o garoto, que era o único daquela família a ir para a casa dos leões, finalmente pôde respirar normalmente, trancando todos os pavores que as mãos daquela mulher já haviam lhe causado em uma caixa que ele nunca mais queria abrir.

-Se essa informação se espalhar...

-Não vai. -Walburga decretou, interrompendo o irmão mais velho. -Eu tenho certeza disso.

-Bem, por mais que eu estivesse com saudade de estragar os jantares em família, será que eu posso comer no meu quarto? Eu tinha me esquecido o quanto vocês são insuportáveis, andaram praticando?

-Fique. -Orion Black mandou e Sirius, que estava prestes a se levantar, logo obedeceu. Sabia que seu pai não tinha muita paciência, e por isso sua mãe era quem sempre lidava com os filhos, mas tinha certeza que se o desrespeitasse teria que lidar diretamente com ele e ele era o pior.

-Por que não conta como foi com os alunos da escola, Malfoy? -Druella Black disse com um sorriso de orgulho nos lábios.

-Maravilhoso. O número de seguidores do Lorde das Trevas cresce a cada dia. -Começou, entusiasmado. -Vamos conseguir, eu tenho certeza. Em breve, nosso mestre colocará aqueles imundos no lugar certo e nenhum sangue-ruim ousará nem mesmo se aproximar do castelo.

-Muitos deles concordaram em participar da reunião? -Regulus questionou, interessado.

-Você sabia disso? -Sirius perguntou ao caçula, mas ele apenas evitou o olhar do mais velho.

-Praticamente todos. É o que eu disse, estamos todos de saco cheio! Nós não precisamos nos curvar a nenhuma regra estúpida que diz que devemos tratar como iguais os sangues-ruins. Nós somos melhores do que eles! -Sirius não conseguiu conter a risada. -Algum problema, Black?

-Ah, não era piada? -Disse, deixando Lucius vermelho de raiva. -Qual é, você não pode dizer que somos superiores aos nascidos trouxas quando não consegue nem mesmo realizar um feitiço ilusório decente e esperar que eu não ache engraçado.

-Imagino que isso seja pela sua amiguinha sangue-ruim. Sinto te decepcionar, Black, mas ela também vai ser colocada no lugar dela. Você pode tentar conversar com o mestre, talvez ele deixe você mantê-la como animalzinho de estimação, uma lembrança do seu amigo Potter. Eu sinceramente não acho que ele vai sobreviver.

-Com o talento daquela garota eu acho mais fácil ela transformar você e o seu tão amado mestre em poeira do que o contrário. -Sirius rebateu, tranquilamente.

-Farei questão de matá-la na sua frente. Ela não aguentaria nem mesmo até a metade do duelo.

-Só uma dica, Malfoy, e só estou fazendo isso porque morrer nos três primeiros minutos é humilhante: aprenda os feitiços básicos antes de duelar com Lily Evans, quem sabe assim você dure pelo menos cinco minutos, seis se tiver sorte.

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