James Potter acordou um tanto atordoado. Todo o seu corpo estava dolorido e ele sentia-se fraco. Aos poucos ele foi se lembrando do que aconteceu na noite de lua cheia e abriu os olhos, demorando um pouco para se acostumar com a claridade. Respirou fundo e sentiu cheiro de uva, o que não fazia o menor sentido, assim como a cabeleira ruiva ao seu lado na cama que ele reconheceu ser da ala hospitalar.
O que ela estava fazendo ali? Se perguntou, esticando o braço que estava bom para pegar seus óculos que milagrosamente foram concertados. Olhou bem para Lily Evans e sorriu ao constatar que sim, ela estava bem e descansava tranquila ao seu lado.
Tentou não se mover. Não queria tirá-la daquele mundo em que ela havia mergulhado, tão tranquilo e cheio da paz que ela nunca encontraria acordada. Os longos e lindos cabelos ruivos se misturavam com a luz do sol, que batia em seu rosto e só o fazia ter ainda mais certeza de que sim, ela era a mulher mais linda que ele já conhecera, tão encantadora que ele mal conseguia desviar o olhar.
A porta da enfermaria se abriu e Madame Pomfrey entrou, andando prontamente até a cama dele e arqueando suas sobrancelhas ao ver a garota ali.
-Posso saber o que a senhorita Evans está fazendo na sua cama, senhor Potter? –Questionou, cruzando os braços.
-Xii, vai acordá-la. –Ele a censurou, deixando-a chocada com o atrevimento. Essa era a pergunta que ele também estava fazendo a si mesmo, mas com certeza não seria a resposta que daria a mulher. –Não consegui dormir então pedi que ela viesse.
-Está me dizendo que deixou a enfermaria? –Ela ficou ainda mais irritada, se apressando para ir até ele ver os danos que o pequeno passeio havia causado.
-Não, não, não. –Se apressou em negar. –Mandei um patrono.
-Um patrono?
-É.
-Está falando de uma magia bastante avançada, principalmente se usada para mandar mensagens.
-Eu sei, eu sou um bruxo excepcional. Palavras da McGonagall, pode perguntar se quiser.
-Sei. –Respondeu, nem um pouco convencida.
-Não podemos deixá-la dormir mais um pouco? –Pediu. –Por favor, Poppy, prometo que vou ser um bom menino, não é como se eu conseguisse fazer alguma coisa também. –James fez bico e piscou os olhos como um filhote implorando por comida. –Por favor?
-Só mais um pouco. –Ele sorriu. –E nunca mais me chame de Poppy.
-Ah, mas nós já temos intimidade. Eu sempre venho te visitar com o Remus e agora você está até cuidando de mim.
-Estou fazendo o meu trabalho.
-Tenho certeza de que nunca vi você fazer o seu trabalho tão feliz. Vamos, você até pode me chamar de Prongs.
-Eu não acho que seja apropriado. –Revirou os olhos. –Vejo que está se sentindo muito melhor. Em uma escala de um a dez, o quanto está doendo?
-E quem disse que está doendo?
-O senhor fraturou o braço em dois lugares diferentes, além disso, teve seu tórax esmagado e quebrou quatro costelas, sem falar que perdeu muito sangue com o corte no pescoço. É óbvio que está doendo, o senhor quase morreu.
-E o Moony?
-O senhor Lupin não me deixou examiná-lo, mas tenho certeza de que está bem. Tudo o que pude ver foram novas cicatrizes no rosto. –Ele balançou a cabeça, pensando no amigo.
-E eu quebrei o meu chifre também ou foi só isso?
-Em uma escala de um a dez, senhor Potter. –Madame Pomfrey ignorou a gracinha.
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Ignore The End
Fanfiction"-Por favor, me diz o que está acontecendo? - James pediu, baixinho. -Você não vai acreditar em mim. -Lily falou e um soluço escapou de seus lábios. -Então tenta. -Pediu, se sentando diante dela e secando seu rosto delicado. Aquele toque arrepio...