Capítulo 10

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O dia do primeiro treino da Sonserina finalmente havia chegado e durante o café todos estavam animados. Ou pelo menos tentando. Há três dias ninguém no castelo via Lily Evans ou ao menos sabia aonde ela estava. James estava preocupado, mas tentou guardar aquilo para si, afinal procurar por ela não o ajudaria em nada a esquecê-la, embora todos soubessem que ele daria tudo por qualquer informação.

Para piorar as coisas, Marlene McKinnon estava muito irritada com ele e ninguém sabia dizer o motivo. Começou a questionar o motivo do sumiço de Lily e agora até os professores começaram a se preocupar com a aluna mais inteligente da turma, fazendo perguntas sobre ela em todas as aulas para as garotas com quem dividia o quarto. Aparentemente nenhuma delas sabia o que dizer quando isso acontecia. Mas decidiu não pensar mais nela e focar no que fariam após o café da manhã.

Quando acabaram de comer eles se reuniram em uma sala vazia para pegar a mochila com o que precisariam e Peter tocou o mapa com a varinha, pronunciando alto e claro "Juro solenemente não fazer nada de bom". Acompanharam o momento em que o time deixou o salão comunal e esperaram até que cruzassem o corredor para descer em direção ás masmorras. Era o horário vago, então teriam o caminho livre para ir até o quarto de Malfoy.

Olharam no mapa mais uma vez e, com a certeza de que não havia ninguém para interrompê-los, os quatro pararam diante do quadro, que não pareceu nem um pouco feliz em vê-los lá.

-O que estão fazendo tão longe da toca, leões? -Questionou.

-Altiorem. -Remus disse e ele revirou os olhos, lhes dando passagem.

-Estes alunos insolentes continuam dando a senha para idiotas de outras casas... -Resmungou, logo fechando a passagem e impedindo-os de ouvir o resto.

Os quatro riram e subiram as escadas em busca do quarto do capitão do time da Sonserina. Não demorou muito tempo até que finalmente o encontrassem e entrassem. A decoração em tons de verde e prata não eram a única coisa diferente do dormitório da Grifinória. As camas eram maiores e mais luxuosas e o lugar era muito mais escuro, eles repararam.

Sirius colocou a mochila no chão e tirou os pacotes com pó de mico trouxa, entregando um para cada dos amigos. Cada um deles se posicionou ao lado de uma cama e jogaram sobre o colchão.

-Aposto que está se divertindo, Moony.

-Você não imagina o quanto, Padfoot. -Respondeu, rindo.

-Não se esqueçam dos feitiços ilusórios ou eles vão perceber e vai perder toda a graça. -Prongs avisou.

Depois que Remus ajudou Peter com os feitiços era hora das bombas de bosta. Haviam perdido a conta de quantas haviam colocado lá e elas seriam ativadas no exato momento em que os quatro sonserinos passassem pela porta e a fechassem, criando uma explosão enorme.

Infelizmente não poderiam assistir o que aconteceria a seguir, mas sabiam que ficariam sabendo o desfecho da história. Quando cruzaram o corredor, eles gargalharam tanto imaginado que ficaram com lágrimas nos olhos. E continuaram rindo, até que McGonagall ameaçou transfigurá-los em alguma coisa durante a aula.

James, Remus e Lupin se sentaram na grande mesa dos leões durante o almoço e o sorriso de Sirius ao entrar no salão foi o suficiente para que todos começassem a rir. Nenhum deles havia aparecido ainda, então Black havia ido conseguir informações com Eleonora Yaxley.

-Parece que exageramos no número de bombas e a coisa se espalhou por alguns quartos. -Contou, fazendo-os gargalhar da mesma forma que todos os alunos das outras casas fizeram quando ficaram sabendo, enquanto as serpentes apenas estavam irritadas com o cheiro insuportável no salão. -Ela disse que o professor Slughorn ainda está lá tentando melhorar a situação para que os alunos possam dormir e que ele não demorou muito a descobrir que aquilo vinha do quarto do Malfoy. Acabou culpando o Fisher quando encontrou algumas bombas dentro da mala dele, mas disse que o cheiro seria punição suficiente.

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