Capítulo 42

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Lily abriu a porta de casa com um sorriso no rosto, ainda que a conversa da noite passada estivesse passando repetidamente em sua cabeça. Tudo o que foi dito, tudo o que ela viu nos olhos dele. O seu maior desejo naquele momento era correr para os braços de James Potter e beijá-lo de novo e de novo, mas não podia fazer isso, não enquanto ele não entendesse que não podia fazer escolhas por ela.

Ela não o viu no trem para casa, mas encontrou Remus e eles conversaram a respeito da poção polissuco. Para que nenhum deles precisasse passar as férias de Natal na escola, Remus iria até lá por uma das muitas passagens secretas que conhecia e cuidaria para que ela continuasse sendo feita naquele período. Ela também perguntou a ele como James estava naquela manhã e a única coisa que o monitor respondeu foi:

-Quieto. Imagino que vocês não tenham se acertado no baile ontem.

Evans não disse nada, não sabia como explicaria a situação para ele e o motivo de ser tão complicado. Agora ela era recebida em casa por uma mãe sorridente e uma irmã que apenas revirou os olhos ao vê-la entrar, já que naquele dia apenas o pai da ruiva havia ido até a estação. Ela não ligava. Não mais.

-Lily, querida, como eu estava com saudades! -A senhora Evans se levantou, correndo em direção à sua caçula.

-Também estava morrendo de saudades, mamãe.

-Nós íamos buscá-la também, mas precisei ficar para ajudar a Tuney com os últimos detalhes da festa de aniversário.

-Está tudo bem, mãe, eu entendo. -Lily sorriu. -Precisam de ajuda com alguma coisa?

-Por hora nada, querida, ainda estamos terminando os preparativos para a ceia de Natal.

-Me diz o que precisa.

-Você deve estar cansada. Nós assumimos daqui. -O senhor Evans disse, acariciando os cabelos da filha.

-Bobagem, dormi a viagem toda. -Ela se levantou, sorrindo. -Eu quero ajudar.

-Sendo assim, venha. Tenho tanto pra te contar, meu amor, nós finalmente conhecemos o namorado da Tuney.

-Tenho certeza que ele deve ser encantador. -Lily disse sorrindo.

-Realmente, mas nem adianta, ele não gosta de anormais como você. -Petunia retrucou, desviando sua atenção do telefone pela primeira vez naquele dia.

-Petunia! -Jason Evans a censurou, não que isso adiantasse de algo.

-Deixa, pai. -A caçula disse. -Eu não me importo com os comentários dela.

-Ainda sobre a festa da sua irmã, Lily, você pode receber seus amigos aqui também.

-Ah não, mãe, por favor! Eu não quero aqueles esquisitos aqui! Eles vão assustar os meus amigos e o Vernon! Imagina o que o Vernon vai pensar! -Petunia começou. -Eu te ligo depois, Hannah, a minha mãe só pode ter enlouquecido.

-Isso não está aberto a discussões, Petunia. -Violet Evans disse alto.

-Quem sabe a gente se junte pra fazer um número de mágica em sua homenagem? -Lily provocou e Petunia bufou, subindo as escadas resmungando. Ainda que estivessem no primeiro andar foram capazes de ouvir a porta do quarto dela bater no segundo.

-Vem comigo, querida. -A mãe se levantou, puxando a filha em direção a cozinha. -Além da Lene e do Severus, você pode convidar...

-Não, dessa vez o Severus não vem.

-Ainda não se resolveram?

-Não acho que consigo perdoar ele enquanto ele não me provar que realmente é diferente daqueles idiotas da escola. Eu sei que ele se arrepende, mas isso não faz diferença nenhuma se ele continuar com eles. Quero dizer, se fosse outro nascido trouxa ele também se arrependeria do que disse?

Ignore The EndOnde histórias criam vida. Descubra agora