Capítulo 31

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Lily, Sirius e Peter estavam de pé do lado de fora daquela enfermaria muito antes de todos os outros alunos acordarem. Remus não quis ir até lá quando os amigos o chamaram, permaneceria trancado no quarto por mais um dia. Madame Pomfrey liberou a passagem dos três e lhes indicou a cama aonde James permanecia dormindo.

Evans colocou as flores que havia levado no vaso ao lado da cama dele, próximas aos óculos recém concertados. Flores que ela mesmo havia colhido. As orquídeas brancas formavam uma combinação maravilhosa e diferente junto com as tulipas vermelhas e os lírios amarelos.

-Quando ele vai acordar? –Peter perguntou a enfermeira.

-Logo. –Ela respondeu. –Hoje vamos diminuir a dose da poção para dor, já que ele está respondendo bem às outras. Provavelmente amanhã vocês consigam falar com ele.

-E os ferimentos? –Lily questionou.

-Ele está se curando rápido. A recuperação das costelas pode ser um pouco mais demorada, mas se ele ficar de repouso estará bem melhor para o feriado.

-Temos sorte dos jogos antes do Natal já terem acabado ou veríamos o Prongs enlouquecer por ficar de fora. –Sirius falou.

-Ele vai voltar a jogar, não é? –Evans perguntou a enfermeira, sabendo o quanto era importante para ele.

-Claro. –Ela sorriu, tranquila. –Ele vai ficar bem, quase como se não tivesse acontecido, mas tenho que dizer, haverá cicatrizes.

-Desde que ele possa jogar não acho que vai se importar. –O Black disse, dando de ombros.

-Agora se não me engano vocês têm uma aula para ir, então é bom se apressarem. –Os três reclamaram, recebendo o olhar que significava de que o tópico não estava aberto para debates, então saíram, indo em direção a sala de defesa contra as artes das trevas.

-O feitiço que vou ensinar a vocês hoje é bastante complicado, por isso preciso de sua total atenção. –O professor começou, recebendo toda a atenção da turma. Sirius estava sentada ao lado de Peter enquanto Remus manteve-se afastado dos outros alunos, sozinho na última carteira. Lily se apressou para tomar o lugar ao lado dele. –Quem pode me falar a respeito do feitiço do patrono? –Questionou, mas como estava acontecendo frequentemente naquela semana, nem mesmo Remus ou Lily disseram nada. –Senhor Snape?

-É como um guardião feito de energia positiva. Para conjurá-lo você precisa se concentrar na sua lembrança mais feliz.

-Precisamente, dez pontos para a Sonserina. –O professor sorriu. –É também o único feitiço capaz de repelir dementadores e mortalhas-vivas. Vamos lá, quero que repitam em alto e bom som "expecto patrono".

-Expecto patrono! –Todos disseram juntos.

-Mais uma vez, por favor.

-Expecto patrono!

-Excelente. Agora quero que pensem em sua lembrança mais feliz. A mais feliz de todas. Precisa ser realmente forte para conseguir.

Remus não conseguiu evitar pensar em seus quatro melhores amigos e o sentimento de aceitação que ele não sentia nem mesmo dentro de sua própria casa. Se lembrou do quanto foram compreensivos e de todas as vezes que foram pacientes quanto aos efeitos da lua cheia e também de como passaram anos tentando se transformar em animagos apenas para não deixá-lo sozinho.

Pensou em como se sentiu ao vê-los se transformar pela primeira vez. Aquela era uma lembrança forte e ele teve certeza de que conseguiria executar o feitiço se tentasse, invocar um guardião para protegê-lo como seus melhores amigos faziam, protegendo-o até de si mesmo quando ele achava que não era bom o suficiente ou não era capaz. Eles acreditavam nele.

Ignore The EndOnde histórias criam vida. Descubra agora