Cap.12- Alpha

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De manhã acordei com o Embry a soprar-me no ouvido, coisa que era a única tática de me acordarem nas manhãs correspondentes às noites em que conseguia dormir.

-Bom dia maninha!

-Hmmm, bom dia...

-Deixa-me dormir só mais um bocadinho.

-Não posso, desculpa. O Sam disse para irmos lá ter todos. Agora.

-Está bem. Ffff...-disse eu limpando a baba seca no canto da boca.

Levantei-me e vesti-me. Quando saí do meu quarto o Embry já me esperava na cozinha com umas sandes na mão.

-Toma.- deu-mas enquanto olhava para mim.- Fogo, cresceste! Estás a ir rápido tu!

-Com o que como mal seria que ficasse pequenina. Às vezes acabo de comer mas ainda tenho fome, estou sempre com fome pensando bem!

-Tu vais-te habituar a isso. Vamos?

Abanei a cabeça confirmando enquanto dava uma dentada no meu pequeno-almoço.

Quando chegamos a casa do Sam ele olhou para mim e disse-me:

-Olá Ylva! Então esses ossos estão a esticar!

-Olá Sam.

Estaria a crescer assim tanto? A verdade é que tinha mais uns cm, mas também não parecia nada de mais, uns 5 para ser exacta desde a primeira transformação. Não queria crescer muito mais que aquilo, eu até gostava de ser a mais baixinha da alcateia com os meus 1,70m. Esta fase fazia-me lembrar o Seth, de um momento para o outro fico um monte de músculos enorme e ninguém lhe dava a idade que tinha... Lembrava-me das pessoas lhe dizerem "Pequeno Seth Clearwater, que já não é nada pequeno...", mudou imenso na forma física. Nós enquanto não tivermos poder suficiente para controlarmos as transformações, coisa que ainda nem o Sam conseguiu, paramos de envelhecer quando temos o aspeto de mais ou menos 25 anos. Por isso é que eu estava a crescer desde a minha primeira noite como lobisomem fêmea e não ia parar até ter esse aspecto jovem apesar dos meus frescos 15 aninhos.

-Desculpem ter convocado a reunião tão emcima da hora.- começou o alpha.

Ninguém respondeu e ele continou:

-Ontem avistaram um vampiro ao pé da praia de La Push.

-Vampiro, já formado?- perguntou o Jacob.

-Pois isso não sabemos, mas era mais provável ser um  recém-nascido. Era demasiado descontrolado para ser um sugador de sangue já com os pequenos neurónios no sítio.- brincou Paul.

Rimo-nos, incluindo o Sam que não ia muito nessas brincadeiras.

-E o que pretendes fazer, Sam?- perguntou o meu irmão.

-Se anda por aí algum recém-nascido, nós temos de o encontrar. Hoje e enquanto não o apanhar-mos vamos fazer turnos e se alguém vir alguma coisa chama os outros todos e nós arrancamos-lhe a cabeça.

Aquela frase arrepiou-me completamente, nunca tinha visto um vampiro, quanto mais um recém-nascido? E toda a gente incluindo eu, teria de fazer o turno.

-Sam, eu e a minha irmã podemos fazer o turno juntos?- perguntou o Embry.

O alpha pensou e respondeu:

-Não, tu já tens mais conhecimentos és capaz de te desenrascar sozinho enquanto nós não chegarmos, a Ylva é da idade do Seth são ambos maiores que o Collin e o Braddy...

-E então?- perguntou o Collin.

-Tu e o Braddy não vão fazer turno pensando melhor. Vocês têm 13 anos podem-se magoar a sério.- explicou o Sam.

-Mas nós estamos na alcateia há mais tempo que a Ylva! Não é justo ela ir e nós não!- reclamou o Braddy.

-Vocês não vão e pronto! Vão já para casa os dois não vos quero ver mais hoje.- gritou o Sam.

Eles pegaram nas coisas e sairam de casa respeitando o chefe.

-Continuando, o Seth e a Ylva fazem  turno juntos porque já estão praticamente a fazer dezasseis anos, já se sabem defender. E os dois juntos ficam melhores que sozinhos.-ordenou o alpha.

Olhei para o Seth, que se encontrava do outro lado da sala e sorri ao relembrar-me da frase que o Sam tinha acabado de dizer. O Seth olhou para mim e fez-me um sinal a apontar para a porta. Percebi que queria que eu saísse para conversar-mos.

-Bom dia lobinha.- disse ele dando-me um beijinho na testa, enquanto me enroscava nos seus braços.

-Bom dia.

-Vamos fazer o turno juntos já viste? Vai ser espetacular!

-Se não aparecer o tal recém- nascido...

-E mesmo que apareça nós arrancamos-lhe a cabeça, juntos ficamos melhor que sozinhos, não é?- disse ele sorrindo para mim.

Minha alcateiaOnde histórias criam vida. Descubra agora