Cap.13- Turno

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Quando conversava com o Seth, senti alguém ao meu lado:

-Ylva, Seth ficam com o turno das 2h até às 5h da manhã.- Era o Sam.-Pode ser?

-Sim.-respondeu o Seth.

Depois de todos os detalhes estarem marcados, fui para casa e fechei-me no quarto a ler. Quando dei por mim, ja eram horas do meu turno pois o Seth estava a bater à porta do meu quarto e em seguida abriu-a:

-São horas Ylva. Vamos?

Levantei-me e não respondi, estava a sentir-me cheia de medo e não queria falar para que este não se notasse.

Quando chegamos ao "posto de vigia" quem lá estava era o Embry e o Seth perguntou-lhe:

-Viste alguma coisa suspeita?

-Não. Mas tem atenção toma conta dela, se algo de mal lhe acontecer...

-Embry, eu sei cuidar de mim!-interrompi a frase dele antes que saísse asneira.

-Espero que sim.-encostou-se a mim e beijou-me a testa e foi-se embora.

O meu relógio já marcava as três e meia quando o Seth me disse:

-Está tudo bem? Ainda não disseste uma palavra.

-Sim, está.

-Não te preocupes, não vai acontecer nada lobinha. -pos o braço em volta de mim puxando-me na sua direção.

Passado uns minutos ele disse-me:

-Olha estou mesmo, mesmo, mesmo com vontade de fazer xixi.

-Não vás! Não me deixes aqui  sozinha.

-Eu volto já, prometo! Não vai acontecer nada relaxa.

Ele foi-se embora e apesar de me ter tentando tranquilizar, a cada segundo que passava sentia cada vez mais o meu peito pesado como se tivesse a certeza que alguma coisa de mal iria acontecer.

Ja tinham passado uns minutos e o Seth ainda não estava ao pé de mim e foi quando me estava a sentir fraca que senti um cheiro a aproximar-se, nunca tinha cheirado aquilo. Passados uns leves segundos vi uma sombra a passar mesmo a meu lado e foi ai que o cheiro se tornou mais intenso, apesar de nao conhecer o cheiro o meu sangue conhecia-o e senti o meu coração a começar a acelarar.

-SETH!- gritei instantivamente.

Foi nesse momento que senti umas mãos fortes que me empurraram fazendo-me bater contra uma àrvore, senti  a minha cara a sangrar e antes que me pudesse virar, senti umas unhas a entrenharem-se nas minhas costelas.

-Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh.- gritei enquanto choramingava.

Não tive hipótese de ver quem era, apenas de ouvir a sua voz sussurando no meu ouvido:

-Então, "lobinha" o que vais fazer agora? Depressa ou devagar?

Percebi que a intenção dele era matar-me e eu já me sentia a morrer. Senti a minha boca a encher-se de sangue e cuspi para o chão.

-Sethhhh-gritei mais uma vez desfalecendo.

E quando eu pensei que seriam os últimos minutos da minha vida, senti a alcateia saltando toda por cima de mim atacando o recém-nascido. A Leah veio ter comigo e virou-me fazendo-me gritar constantemente de dor. Da posição em que estava consegui ver o Jacob arrancando a cabeça ao sugador de sangue.

O resto da alcateia pegou em mim e levaram-me para casa, sofri imenso no percurso, sentia cada osso do meu corpo a estalar.

No meu quarto estava a Leah, o Seth, o Jacob e o Embry.

Devo ter desmaiado, porque quando acordei a Leah perguntou imediatamente:

-Como te sentes Ylva?

-As minhas... costelas.

-Ylva vais passar uns dias de cama, o recém-nascido partiu-te as costelas e deslocou-te a clavícula.- disse ela limpando a minha cara com água.

Olhei para o fundo do quarto e vi o Seth e o Embry a discutirem. O Jacob estava deitado ao meu lado agarrando a minha mão.

Virei-me para ele e disse devagar:

-Jacob... manda-os p.-interrompi.-parar.

Ele fez-me uma carícia na testa e gritou-lhes:

-Vão-se embora, não vêm que a Ylva está mal? Vocês só pensam em discutir! Saiam, já! Os dois!

Olharam um para o  outro e sairam sem contestarem, o Seth olhou para mim e pediu desculpa antes de sair definitivamente.

-Ylva, já te pusemos no sítio quase todos os ossos, mas tu desmaiaste e entretanto ainda falta por a tua clavívula no sítio.

-Põe, Leah.- disse eu com dificuldade.

Até a falar me doía todo o corpo.

Quando ela pousou as suas mãos em cima do meu ombro eu já sentia as dores que o deslocamento ia provocar. Mas o Jacob pôs a sua mão encima da dela e disse:

-É melhor dar-lhe alguma morfina primeiro, ela já sofreu demasiado esta noite.

Minha alcateiaOnde histórias criam vida. Descubra agora