-Então vamos!
-Só vou lá dentro vestir o bikini e já venho.
-Está bem!
No espaço de 10 min já estavamos a caminhar sobre a areia, conversando:
-Eu queria perguntar-te uma coisa Ylva...
-Diz Seth.
-Queres ser o meu par no Baile de Inverno?
-Ainda nem começou a escola, já estás a pensar no Baile de Inverno?
-E depois sou eu que respondo com outras perguntas...
-Sim Seth, adorava!
Ele olhou-me nos olhos, desabotou a camisa e correu para a àgua. Sorriu-me e disse:
-Então "lobinha" não vens?
Levei aquilo como uma provocação, tirei a camisola e os calções e mergulhei. Quando vim à tona não vi o Seth em parte nenhuma, chamei por ele, nada e foi no preciso momento em que ia mergulhar que senti umas mãos quentes na minha cintura, um respirar no meu pescoço que arrepiou todo o meu corpo.
Ficamos uns segundos assim até que sem me mexer, eu sussurei:
-Seth...
-Ylva...
Aquelas palavras ressoaram na minha cabeça como se fizessem ricochete no meu cérebro.
-Quero tanto que o tempo pare agora...
-...que possamos ficar assim para sempre Seth, sem compromisso.
-"Sem compromisso"?
Com as mãos fortes dele pôs-nos frente a frente ao mesmo tempo que fazia esta pergunta.
-Sim, Seth.
-Também acho Ylva.
Abriu os braços musculados dele e apertou-me contra o seu peito de forma a sentir o seu calor que vinha de dentro e o seu coração a bater.
Naquele caloroso silêncio lembrei-me do que tinhamos acabado de fazer, o que eu tinha dito tinha sido genuíno, no momento em que lhe dirigi aquelas palavras não pensei no Embry, no Jacob ou na Renesmee, pensei somente nele, em nós... Tinhamos acabado de admitir que estavamos juntos (sem compromisso), tinha acabado de perceber os meus sentimentos por ele. Éramos os dois lobos, os dois lobinhos apaixonados que apesar das pessoas desconfiarem ninguém sabia, nem saberia.
-Estás a ferver Seth!
-Tu não podes falar muito...
-Eu não me sinto quente.
-Eu também não! É o que dá sermos lobisomens... Tens de te habituar.
-Eu habituo, não te preocupes.
-Ylva, namoras comigo?
-Não sei Seth.
-Ylva, namoras comigo "sem compromisso"?
-Oh lobinho, lobinho...
-Responderes-me não?
-Não sei Seth.
-Não te vou pressionar, sabes disso certo?
-Sei.
A manhã passou rápido como um carro de F1 em competição, o tempo passava a voar quando estava nos braços de Seth.
No almoço o meu irmão perguntou-me:
-Onde andaste a manhã toda?
-Fui dar um mergulho com o Seth.
-E à tarde vamos falar com o Sam?
-Já te tinha dito que sim Embry.
Por volta das 15h quando nos dirigiamos para a casa do chefe, eu disse-lhe:
-Vou passar na casa do Seth, vai andando que nós já vamos lá ter.
-Está bem maninha.
Bati à porta e quem abriu foi a Leah.
-Leah! Boa tarde.- cumprimentei-a.
-Olá Ylva. Tudo bem?
-Sim, vim chamar o Seth.
-Eu já o chamo princesa, SETH! A YLVA ESTÁ AQUI.
-Já vou Leah.
Demorou uns minutinhos e chegou à porta dizendo:
-Vamos Ylva.
-Sim. Adeus Leah.
-Xau maninha.
-Portem-se bem meninos!
Piscou-me o olho e fechou a porta.
Fui com o Seth até à casa do Sam e lá já nos esperavam o alpha e o meu irmão.
-Boa tarde Ylva! O teu irmão já me falou da tatuagem.
-Sim, ele lembrou-se disso hoje de manhã.
-Podemos faze-la hoje se quiseres.
-Por mim pode ser...
-Seth vai chamar os outros e diz-lhe para irem ter à garagem do Quil, eu, a Ylva e o Embry já vamos para lá para o pai dele ir preparando a máquina de tatuar...
Quando chegamos a casa do Quil, o pai dele abriu-nos a porta sorridente e disse-me:
-Também já es?
-Parece que sim!
-Sam, isto está a tornar-se uma epidemia! Ahahahaha.
O Sam riu com ele enquanto nos convidava para entrar. Dirigimo-nos para a garagem e ele mandou-me sentar. Pôs o modelo da tatuagem, o esterilizante, a máquina de tatuar, a tinta, a gilete e compressas em cima da mesa.
Passados uns 10 min toda a alcateia estava com os olhos postos no meu braço atentos a todos os movimentos do pai do Quil.
Puxou-me a camisola cavada ainda mais para trás, esterilizou-me o braço, passou uma gilete ao de leve para retirar os minúsculos pêlos que lá se encontravam, pôs o modelo e cima, fazendo com que a forma da tatuagem ficasse lá marcada, pegou na máquinha de tatuar, molhou-a na tinta e perguntou:
-Posso?
-À vontade.
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Minha alcateia
WerewolfChamo-me Ylva Call, irmã de Embry Call, vivo na reserva dos Quileute, com 15 anos eu quero juntar-me à Alcateia. Mas enquanto não chegar a Lua Cheia...